O território brasileiro possui uma ampla extensão territorial, com uma área superior a 8,5 milhões de km², o que indica a ampla variedade de aspectos fisiográficos que compõem as paisagens brasileiras. Portanto, para melhor compreender a dinâmica territorial do Brasil, é necessário estudar e analisar os fenômenos naturais do espaço brasileiro, tanto em suas características quanto em suas relações de interdependência.
Portanto, a Geografia Física do Brasil objetiva estudar e enumerar as compreensões descritivas e analíticas dos elementos naturais do território brasileiro, operando a partir de quatro campos de estudos distintos, a saber: a litosfera, a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera. É claro que as inter-relações entre esses elementos são de fundamental importância.
A litosfera, ou seja, as dinâmicas estruturais do relevo brasileiro, revela o caráter geologicamente antigo das formações rochosas no Brasil. Com isso, nota-se que o espaço geográfico no país já foi muito modificado ao longo das eras pelos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo. Tal fator, somado à localização do país no interior da placa tectônica sul-americana, contribuiu para a ausência de elevadas altitudes no país.
O ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina, situado na região Norte, quase na fronteira com a Venezuela. Os tipos de relevo mais predominantes são os planaltos e as planícies, além das depressões relativas observadas em algumas áreas, como é o caso do sertão nordestino. Já as estruturas geológicas presentes são os crátons e as bacias sedimentares, onde nessas últimas se verifica a existência de petróleo ao longo do litoral do país.
A hidrosfera brasileira destaca-se pela abundância dos recursos hídricos. O país apresenta o maior rio do mundo em volume, o Amazonas, que é o principal curso d'água da Bacia Amazônica, uma das mais extensas bacias hidrográficas do planeta. Além de rios de planície, favoráveis a navegações, há os rios de planalto, mais acidentados e propícios para a produção de hidroeletricidade, principal matriz energética do Brasil.
A atmosfera relaciona-se com os climas do Brasil. Em função do fato de o país encontrar-se quase que totalmente localizado em uma faixa intertropical, com a maior parte do território posicionada ao norte do Trópico de Câncer e ao sul da Linha do Equador, o clima brasileiro apresenta relativas variações, sendo predominantemente quente. De acordo com a classificação climática de A. Sthahler, os climas brasileiros são: equatorial úmido, tropical alternadamente úmido e seco, tropical tendendo a seco, litoral úmido e subtropical úmido.
A biosfera do Brasil apresenta uma ampla diversidade, com grandes domínios morfoclimáticos e tipos distintos de biomas. Nota-se também o elevado grau de devastação da Mata Atlântica e do Cerrado, bem como várias áreas naturais da região Sul. Os biomas do Brasil são: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e o Pampa, com uma ampla diversidade de fauna e flora.
A seguir, você poderá conferir textos mais aprofundados sobre as diferentes dinâmicas do espaço natural do nosso país. Esperamos, com esta seção, oportunizar a criação de um espaço para ampliar os conhecimentos de Geografia Física do Brasil entre estudantes do ensino básico e também entre professores da área.
Boa leitura!
Por Rodolfo Alves Pena
“O território brasileiro é formado por estruturas geológicas antigas. Com exceção das bacias de sedimentação recente, como a do Pantanal mato-grossense, parte ocidental da bacia amazônica e trechos do litoral nordeste e sul, que são do Terciário e do Quaternário (Cenozoico), o restante das áreas tem idades geológicas que vão do Paleozoico ao Mesozoico, para as grandes bacias sedimentares, e ao Pré-cambriano (Arqueozoico-Proterozoico), para os terrenos cristalinos”.
(ROSS, J. Os fundamentos da Geografia da Natureza. In: ROSS, J. S. (org). Geografia do Brasil. 5ª ed. EdUSP, 2005. p.45).
Conforme as considerações acima a respeito da idade geológica do território brasileiro, podemos concluir que o meio físico do Brasil:
a) é predominantemente composto por formações orogenéticas, como as cadeias montanhosas.
b) foi bastante alterado pelos agentes exógenos de transformação do relevo, com baixas altitudes.
c) é alvo de intensos processos vulcânicos, responsáveis pela elevada concentração de rochas basálticas na região Centro-Oeste.
d) apresenta todos os tipos de estruturas geológicas, com cadeias de montanhas, escudos cristalinos e bacias sedimentares.
e) não possui condições geologicamente estáveis, isto é, é fruto das interferências dos elementos endógenos de transformação do relevo.
“Essa região climática, situada próxima ao Equador, apresenta elevadas temperaturas e grande umidade durante todo o ano. Caracteriza-se pela baixa amplitude térmica e pelas chuvas de convecção, uma vez que as elevadas temperaturas dessas regiões provocam um processo contínuo de evapotranspiração, ascensão do ar úmido, resfriamento nas altitudes mais elevadas, condensação e precipitação”.
(Lucci, E. A. et. al. Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. Editora Saraiva, 2005. p.524 [adaptado])
A descrição acima se refere às características atmosféricas predominantes em um domínio morfoclimático brasileiro, o(a):
a) Amazônico
b) Cerrado
c) Caatinga
d) Pradarias
e) Mares de morro
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