Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Rio Amazonas

Rio Amazonas banha três países em seu percurso da cordilheira dos Andes até sua foz, na ilha de Marajó. Forma, junto de seus afluentes, a maior bacia hidrográfica do mundo.

Vista aérea da Floresta Amazônica, com foco no rio Amazonas.
O Amazonas é o maior e mais caudaloso rio do mundo. Ele nasce no Peru e deságua no litoral norte do Brasil, passando também pela Colômbia.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Rio Amazonas é o mais extenso do mundo, percorrendo 6992 km desde a cordilheira dos Andes, no Peru, até a região da ilha de Marajó, no norte do estado brasileiro do Pará. Esse curso d’água possui milhares de afluentes, que formam uma enorme bacia hidrográfica de sete milhões de km² de área, estendendo-se por sete diferentes territórios da América do Sul.

O rio Amazonas é importante porque atravessa a Floresta Amazônica, que abriga a maior biodiversidade do mundo. Além disso, ele fornece água para uma grande população, que também tira dele o seu sustento, e é utilizado como via de transporte.

Leia também: Rio Tietê — um dos rios mais conhecidos do Brasil

Tópicos deste artigo

Resumo sobre o rio Amazonas

  • É o maior e mais caudaloso rio do mundo.

  • Possui 6992 metros de extensão e uma vazão média de 210 mil m³/s.

  • Possui cerca de 1100 afluentes.

  • Sua nascente fica na cordilheira dos Andes, no Peru.

  • Sua foz está localizada no norte do estado do Pará, na ilha de Marajó.

  • Percorre três países: Peru, Colômbia e Brasil.

  • É o rio principal da bacia do Amazonas, cuja área de drenagem é de sete milhões de km².

  • Sua bacia hidrográfica compreende sete territórios da América do Sul.

  • Atravessa a área com a maior biodiversidade do planeta, a Floresta Amazônica.

  • É muito utilizado para o transporte de pessoas e mercadorias. Sua importância compreende também a pesca, o fornecimento de água para a população e a atividade turística nele desenvolvida.

  • Seu principal problema observado hoje é a poluição de suas águas.

  • A bacia Amazônica apresenta um grande potencial hidrelétrico, mas o rio Amazonas propriamente dito dispõe de baixo potencial para geração de energia por percorrer áreas de planície.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Informações gerais sobre o rio Amazonas

  • Comprimento: 6992 km

  • Posição: América do Sul

  • Nascente: cordilheira dos Andes, no Peru

  • Altitude da nascente: 5300 metros

  • Caudal médio: 210.000 m³/s

  • Foz: ilha de Marajó, no estado do Pará

  • Área da bacia: 7.000.000 m²

  • Delta: delta do Amazonas

  • País(es): Peru, Colômbia e Brasil

Etimologia do rio Amazonas

O nome do rio Amazonas foi atribuído pelo explorador espanhol Francisco de Orellana (1490-1546), conhecido como um dos primeiros europeus a navegarem por esse curso d’água. Orellana deu início à sua expedição no ano de 1542, partindo do Peru e seguindo até a foz do Amazonas, na ilha de Marajó, cerca de seis meses depois.

Nesse longo percurso, o espanhol encontrou diversos povos e aldeias indígenas, algumas das quais entraram em confronto com os expedicionários. Em uma dessas aldeias, as mulheres foram as principais responsáveis pelo embate com os colonizadores, sendo por eles comparadas com as guerreiras da mitologia grega que recebem o nome de amazonas. Então o nome do rio deriva da comparação feita entre as guerreiras indígenas e as amazonas gregas. As guerreiras indígenas sul-americanas são comumente conhecidas pela terminologia coniupuiaras.

→ Variações do nome de acordo com o trecho do rio Amazonas

Nota-se que o nome do rio varia de acordo com o seu trecho, embora se convencionou chamar toda a sua extensão de Amazonas. Próximo de sua nascente, no Peru, o curso d’água recebe o nome de Marañón. Ao adentrar no território brasileiro, na altura do município de Tabatinga, no Amazonas, ele recebe o nome de Solimões, em trecho que vai até a região de Manaus. Nessa área ele se encontra com o rio Negro, dando origem então ao trecho que recebe o nome de Amazonas.

Encontro das águas dos rios Solimões e Negro.
Encontro das águas dos rios Solimões e Negro. Esse fenômeno se tornou um atrativo turístico da cidade de Manaus, já que ocorre nas suas proximidades. [1]

Características do rio Amazonas

  • Bacia: bacia Amazônica (ou bacia do rio Amazonas)

  • Barragens: mais de 221 em atividade na área da bacia

  • Área de drenagem: sete milhões km²

  • Afluentes: 1100 afluentes

  • Pororoca: janeiro a maio|1|

O Amazonas é o maior e mais caudaloso rio do mundo. Ele se estende por 6992 km desde a cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz, na ilha de Marajó, no litoral do estado brasileiro do Pará. O Amazonas é o rio principal da bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica da América do Sul. Levando em consideração todos os afluentes do Amazonas, além dos três países que esse curso d’água percorre, a área de drenagem da bacia compreende também a Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela.

A vazão média do Amazonas é de aproximadamente 210.000 m³/s, o equivalente a 210 mil litros de água por segundo que são descarregados no oceano Atlântico. Junto da água, estão também os sedimentos que vão sendo levados pela corrente ao longo do seu curso, e o volume despejado chega a 1,3 mil toneladas todos os dias.

O rio Amazonas possui cerca de 1100 rios afluentes, situados tanto na sua margem esquerda quanto na sua margem direita, compreendendo toda a área de drenagem da bacia Amazônica. Entre os principais afluentes do Amazonas, estão:

Rio Madeira

Rio Juruá

Rio Coari

Rio Paru

Rio Purus

Rio Içá (ou Putumayo)

Rio Jutaí

Rio Tefé

Rio Negro

Rio Javari

Rio Napo

Rio Jari

O curso do Amazonas fica em uma região de clima equatorial, em que o índice de umidade é elevado e as chuvas são volumosas e bem distribuídas durante todo o ano, além das elevadas temperaturas. Em termos de relevo, o rio Amazonas tem a sua nascente localizada em uma área montanhosa, mas segue o seu curso em direção à extensa planície amazônica, caracterizada por terrenos planos e de baixa altitude, que não ultrapassa os 100 metros.

Além de plano na maior parte de sua extensão, o Amazonas possui uma largura que pode chegar a 50 quilômetros durante o período das cheias. Essas características o tornam propício para a navegação. Já a sua profundidade é de 60 metros em média, com uma extensão vertical máxima de 120 metros.

O rio Amazonas deságua no litoral norte do Brasil, na região da ilha de Marajó, no estado do Pará. A sua desembocadura consiste em uma foz mista, isto é, apresentando características de delta e de estuário, uma vez que o seu curso chega até a área de deságue na forma de um único canal e, ao mesmo tempo, dispõe de uma área formada por uma série de ramificações que formam canais secundários.

É na região da foz do Amazonas que acontece o fenômeno conhecido como pororoca. A pororoca tem origem natural e é decorrente do encontro das águas dos rios com as águas dos oceanos, sendo caracterizado por ondas que podem chegar a seis metros de altura, atingindo velocidades de 30 km/h. Outro aspecto marcante da pororoca é o som muito forte que ela gera. O fenômeno ocorre comumente do período que vai de janeiro a maio.

Veja também: Rio Tocantins — o principal rio da bacia do Tocantins-Araguaia

Importância do rio Amazonas

O rio Amazonas percorre e também se caracteriza como uma das áreas de maior biodiversidade do planeta Terra, a Floresta Amazônica, habitat de milhares de espécies de animais e plantas, além de que as próprias águas do Amazonas abrigam pelo menos 1800 espécies de peixes continentais.|2|

Isso sem considerar aquelas ainda não identificadas, além de milhares de anfíbios, mamíferos, répteis, crustáceos e outros animais. Entre a fauna do Amazonas se encontram botos-cor-de-rosa, piranhas, peixes-boi, enguias-elétricas, tartarugas-da-amazônia, ariranhas, lontras, jacarés e outros.

Boto-cor-de-rosa no rio Amazonas.
O boto-cor-de-rosa é um dos animais que compõem a fauna do rio Amazonas.

Ele é responsável pelo fornecimento de uma parte da água desses ecossistemas, além de promover a manutenção climática da região. A sua importância em termos de fornecimento de água é ainda maior quando se leva em consideração que ele representa 20% de toda a água doce continental do mundo que flui em direção aos oceanos.

Devido ao relevo predominantemente plano, o Amazonas é um rio navegável. As hidrovias nele presentes são utilizadas tanto para o translado de uma localidade a outra, especialmente em áreas onde não há estradas disponíveis, quanto para o escoamento de cargas e mercadorias. Entre as principais hidrovias do rio Amazonas, está a Hidrovia do Solimões-Amazonas, com 1630 km de extensão.

O Amazonas é uma importante fonte de água para as populações que vivem ao longo de seu curso, especialmente as comunidades ribeirinhas e indígenas. Além da sua utilização nas atividades cotidianas, a água é empregada na agricultura e criação de animais, fonte de renda e subsistência, assim como a atividade pesqueira. Esse curso d’água constitui ainda um atrativo turístico para muitas cidades por ele banhadas, como o caso de Manaus.

Rio Amazonas atualmente

Diversas atividades econômicas são realizadas tanto nas proximidades do curso do Amazonas quanto nos limites de sua bacia hidrográfica, algumas delas de caráter extrativo e que fazem uso intensivo dos recursos da natureza. As duas principais atividades são mineração e agropecuária voltadas para a exportação. No segundo caso, tem-se observado a expansão de cultivos, como o da soja, para a região Norte do Brasil.

Ambas as atividades são responsáveis por uma parte da poluição hoje observada no rio Amazonas e em alguns de seus afluentes, onde se constatou a presença de produtos químicos como agrotóxicos e metais pesados. A contaminação se estende para os resíduos derivados das indústrias e das atividades urbanas de modo geral.

Elementos como o plástico e o microplástico já são hoje encontrados nas águas do Amazonas, além de lixo descartado de forma irregular, prejudicando o ecossistema fluvial e impactando diretamente a fauna e a flora desse rio, além de modificar a qualidade da água. É importante considerar, além disso, que a construção de barragens gera impacto na atividade pesqueira e também no equilíbrio ecossistêmico do Amazonas.

Confira nosso podcast: Desmatamento na Amazônia

Usinas hidrelétricas na Amazônia

A bacia Amazônica concentra mais de 40% do potencial de geração de energia hidrelétrica do território brasileiro. De fato, algumas das principais usinas hidrelétricas do país estão localizadas na Amazônia, sendo elas as usinas de Belo Monte e Tucuruí, ambas no estado do Pará. Embora inseridas na região, suas turbinas são movimentadas pelas águas dos rios Xingu e Tocantins respectivamente.

Entre as unidades de grande porte, como as duas citadas, e aquelas com menor capacidade, estima-se que haja pelo menos 221 usinas hidrelétricas na Amazônia|3|, com planos para a instalação de novas unidades nas décadas seguintes, especialmente na região do litoral paraense.

Apesar do enorme potencial hidrelétrico na região, o rio Amazonas apresenta características que não lhe conferem essa mesma propriedade. Isso porque não há muitas quedas d’água e o relevo de planície não condiciona maior força para a corrente, que seria fundamental para a geração de energia. Em contrapartida, existem dezenas de usinas termoelétricas instaladas nas proximidades do rio Amazonas e de seus tributários.

Curiosidades sobre o rio Amazonas

  • Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado em 2008, concluiu que o Amazonas é o rio mais extenso do mundo, título até então do rio Nilo.

  • O Amazonas nem sempre correu no sentido oeste–leste. Estudos feitos por geólogos indicam que, no passado geológico, há cerca de 10 milhões de anos, as águas do rio fluíam de leste para o oeste, em direção ao Pacífico.

  • A bacia do Amazonas ocupa uma área equivalente a 40% da superfície da América do Sul.

  • Em 2007, o nadador esloveno Martin Strel fez a travessia do rio Amazonas a nado em um período de 66 dias, indo do Peru até a cidade de Belém (PA).

Notas

|1| PINHEIRO, Karina. Pororoca: o fenômeno que cria ondas dignas das Olimpíadas. Portal Amazônia, 07 ago. 2021. Disponível aqui.

|2| ISPN. Fauna e flora da Amazônia. ISPN, [s.d.]. Disponível aqui.

|3| BOURSCHEIT, Aldem. Amazônia livre das grandes hidrelétricas? InfoAmazônia/RAISG, 06 ago. 2018. Disponível aqui.

|4| JULIÃO, Marina. Sobre a origem do rio Amazonas. UnB Ciência, 19 jul. 2019. Disponível aqui.

Crédito de imagem

[1] Arnika Ganten / Shutterstock

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Rio Amazonas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/rio-amazonas.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Com aproximadamente 6,4 mil quilômetros de extensão, o Rio Amazonas é o segundo maior do planeta. Esse fato faz com que o rio esteja presente em vários países. Portanto, marque a alternativa que indica os países banhados por esse rio.

a) Peru, Brasil e Venezuela

b) Argentina, Uruguai e Paraguai

c) Brasil, Bolívia e Chile

d) Venezuela, Guiana e Brasil

e) Peru, Colômbia e Brasil 

Exercício 2

Marque a alternativa que corresponde ao país onde se localiza a nascente do Rio Amazonas.

a) Peru

b) Brasil

c) Venezuela

d) Colômbia

e) Guiana