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Regiões hidrográficas são espaços territoriais que compreendem uma bacia hidrográfica ou um conjunto de bacias com características naturais e socioeconômicas semelhantes. A região hidrográfica do Paraná é uma das doze regiões hidrográficas do Brasil, classificadas pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) com o intuito de planejar o uso racional dos recursos hídricos.
Ocupando uma área de aproximadamente 880 mil quilômetros quadrados, a região hidrográfica do Paraná abrange porções dos territórios dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal. A população total dessa área, que abriga cidades como São Paulo, Campinas, Goiânia, Curitiba, Campo Grande, Brasília, Uberlândia, entre outras, é superior a 54,6 milhões de habitantes.
A vazão média de água da região hidrográfica do Paraná responde por 6,5% do total do país. Os rios que compõem essa região são o Paraná, Paranaíba, Grande, Paranapanema, Tietê, Iguaçu, Ivaí, Aporé, Pardo, Amambaí, Sucuriú, Dourados, Verde, entre outros. O principal rio é o Paraná, com extensão de 2.570 quilômetros, cuja foz é no Rio da Prata. O Rio Paranaíba é o segundo maior, percorrendo uma distância de 1.170 quilômetros
Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo
As águas desses rios abastecem milhões de habitantes, além de serem utilizadas nas atividades industriais e agrícolas. Outra função importante desses corpos d’água é a produção de eletricidade, por meio da instalação de usinas hidrelétricas. O potencial hidrelétrico é bastante aproveitado, gerando energia para quase todo o país. O grande destaque é a Usina Hidrelétrica de Itaipu, construída em uma parceria entre Brasil e Paraguai, sendo considerada uma das maiores do mundo.
No entanto, a expansão urbana, o crescimento populacional (aumentando o consumo de água), as atividades agrícolas e industriais têm desencadeado uma série de problemas socioambientais na região hidrográfica do Paraná. Os maiores impactos são o desmatamento de áreas de Cerrado e Mata Atlântica, déficit nos serviços de saneamento ambiental, poluição e assoreamento dos rios
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola