Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Rio Solimões

O rio Solimões é um curso d’água importante para o Norte do Brasil, utilizado para transporte e abastecimento local, que se une ao rio Negro para dar origem ao rio Amazonas.

Embarcação navegando no encontro das águas do rio Solimões com o rio Negro.
As águas do rio Solimões têm cor de areia, que contrasta com a cor escura das águas do rio Negro.[1]
Crédito da Imagem: Commons
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

O rio Solimões é um curso d’água brasileiro que banha municípios do estado do Amazonas, na região Norte do país. Trata-se de um rio de 1.700 quilômetros de extensão que nasce no território vizinho do Peru, e recebe o nome de Solimões apenas quando entra no Brasil. Apresenta um extenso trecho navegável e é muito importante para os transportes, para a economia e para o abastecimento urbano e das comunidades tradicionais. Por conta das suas características, dá origem ao fenômeno do Encontro das Águas em Manaus (AM), onde se une com o rio Negro e forma o rio Amazonas.

Leia também: Por que as águas do rio Negro são escuras?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre o rio Solimões

  • Rio Solimões é um curso d’água que banha parte do estado do Amazonas, na região Norte do Brasil.

  • Nasce no Peru, com o nome de rio Marañón. Após adentrar no território brasileiro, recebe o nome de Solimões.

  • Entre seus afluentes estão os rios Purus e Japuruá.

  • Tem 1.700 quilômetros de extensão, maioria dos quais são propícios para a navegação.

  • Apresenta águas com coloração de areia e temperatura elevada quando comparado ao rio Negro. Além disso, sua velocidade é maior.

  • Encontra-se com o rio Negro próximo a Manaus (AM), formando o fenômeno que ficou conhecido como o Encontro das Águas.

  • A confluência de ambos os rios dá origem ao rio Amazonas.

  • Forma uma das maiores bacias hidrográficas do mundo junto do rio Amazonas.

  • É importante para a economia e o turismo locais, além de garantir o abastecimento de cidades e a subsistência de comunidades tradicionais.

Dados gerais do rio Solimões

  • Comprimento do rio Solimões: 1.700 quilômetros.

  • Nascente do rio Solimões: rio Marañón, no Peru.

  • Principais afluentes do rio Solimões: Javari, Purus, Içá, Japuruá.

  • Foz do rio Solimões: rio Amazonas.

  • Onde o rio Solimões deságua: próximo de Manaus (AM).

  • Delta do rio Solimões: não possui.

  • Caudal médio: 210.000 m³/s (rio Amazonas).

  • Área da bacia: 2.200.000 km².

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Localização do rio Solimões

O rio Solimões fica localizado na região Norte do Brasil, percorrendo um total de 13 municípios pertencentes do estado do Amazonas (AM). Veja, no mapa a seguir, a situação geográfica desse curso d’água:

Mapa da localização dos rios Solimões, Negro e Amazonas.
O rio Solimões nasce no Peru. Na altura de Manaus, ele se une ao rio Negro, dando origem ao rio Amazonas.

Características do rio Solimões

O rio Solimões é um curso d’água que percorre unicamente municípios amazonenses, situados na região Norte do território brasileiro. O Solimões nasce, na verdade, fora do Brasil, mais precisamente no Peru, onde recebe o nome de rio Marañón, que é proveniente de uma geleira situada na Cordilheira dos Andes a mais de 1.600 metros de altitude. Uma vez que adentra o estado do Amazonas, o curso d’água passa a ser conhecido como rio Solimões.

Esse rio percorre aproximadamente 1.700 quilômetros desde o seu ingresso no Brasil até desaguar na altura de Manaus. Na verdade, o rio Solimões se junta com o rio Negro na capital amazonense, e juntos eles dão origem ao maior curso d’água brasileiro e mais extenso do mundo: o rio Amazonas. Portanto, pode-se dizer que o rio Solimões recebe o nome de Amazonas após confluir com o Negro, motivo pelo qual ele é tão importante para a região por ele banhada.

Confluência do rio Solimões com o rio Negro.
Confluência do rio Solimões com o rio Negro.[2]

O Solimões é um rio intermitente, que apresenta água em seu leito durante todo o ano, e que banha uma região de elevada umidade do ar. Tal umidade é decorrente tanto do clima equatorial quente e úmido quanto da vegetação densa que está presente no Amazonas: a Floresta Amazônica. Assim sendo, o Solimões fornece água para a principal floresta equatorial do mundo, e garante a manutenção dos ecossistemas locais. Aliás, a respeito da temperatura, pode-se dizer que o Solimões apresenta águas relativamente quentes, com média de 28º C.

As planícies são as formas de relevo predominantes nas áreas cortadas pelo rio Solimões, motivo pelo qual mais de 1.600 quilômetros desse curso d’água correspondem ao seu trecho navegável. Outro aspecto a ser ressaltado do Solimões é a velocidade de seu curso, que fica entre 4 e 6 km/h, sendo quase duas vezes mais rápido do que o rio Negro.

A profundidade desse curso d’água, por sua vez, varia entre 6 metros em seu trecho mais raso e 20 metros nas áreas mais profundas. Quando se torna Amazonas, sua profundidade aumenta para 50 metros. É, também, quando o rio Solimões conflui para formar o maior rio do mundo que ele atinge seu ponto de maior largura, chegando a 2 quilômetros.

Veja também: Quais são os rios que formam a Bacia Amazônica?

Afluentes do rio Solimões

Afluentes da margem esquerda do Solimões

Afluentes da margem direita do Solimões

Rio Icá

Rio Javarí

Rio Juruá

Rio Japurá

Rio Jutaí

Rio Purus

Encontro do rio Negro com o rio Solimões

O encontro das águas do rio Negro com as águas do rio Solimões é um fenômeno natural que acontece na altura da cidade de Manaus (AM). Trata-se de uma ocorrência resultante das diferentes características desses cursos d’água, entre as quais estão inclusas: velocidade, temperatura das águas e pH. Enquanto o rio Negro, de águas escuras, é mais lento e mais frio, com pH relativamente menor, o rio Solimões, de águas bege, corre mais rapidamente e apresenta temperatura maior.

Encontro das águas do rio Solimões com o rio Negro.
Além de mais claras, as águas do rio Solimões são mais quentes e correm mais rapidamente do que as do rio Negro.[3]

Como as imagens mostram, o Encontro das Águas é um fenômeno bastante peculiar e que proporciona uma bela paisagem natural. Em função disso, tornou-se um grande atrativo turístico da capital amazonense, atraindo pessoas de todo o território nacional. Para além disso, é a partir do encontro do rio Negro com o rio Solimões que nasce o rio Amazonas.

Saiba mais: Quais são os rios mais importantes do Brasil?

Importância do rio Solimões

Crianças em uma canoa no rio Solimões.
O rio Solimões possui extensos trechos navegáveis, usados para o deslocamento e a subsistência dos ribeirinhos.[4]

O rio Solimões e, mais precisamente, a bacia hidrográfica do Solimões-Amazonas, banha uma área que, embora seja uma das menos densamente povoadas do Brasil, ainda assim abriga uma população de milhões de habitantes que é abastecida pelas águas do Solimões. Essa população inclui tanto habitantes dos centros urbanos quanto as comunidades tradicionais, a exemplo dos indígenas (o que abrange aqueles que vivem em terra indígena demarcada e reconhecida) e dos ribeirinhos, que habitam o meio rural e que dependem do rio Solimões para a sua subsistência.

Por possui extensos trechos navegáveis, o rio Solimões é importante para os transportes entre diferentes cidades da região Norte, mais precisamente do Amazonas. Essa via é utilizada para o deslocamento de pessoas e também de cargas e mercadorias, sendo, portanto, de relevância para o dinamismo econômico regional. Falando em economia, atividades como a pesca e o turismo, com destaque para o Encontro das Águas, reforçam a importância desse rio para os municípios por ele banhados.

O Solimões faz parte de diversos ecossistemas locais, tanto terrestres quanto fluviais (que se formam no curso do rio). Então, esse rio é fundamental, também, para o equilíbrio ambiental e para a manutenção das diferentes formas de vida presentes no interior de sua bacia hidrográfica.

Curiosidades sobre o rio Solimões

  • Embora seja um rio intermitente, trechos do rio Solimões secaram entre outubro e novembro de 2023. Isso aconteceu por conta de um evento climático extremo vivido no Brasil naquele ano, com secas severas que afetaram o estado do Amazonas. Com isso, parte dos rios Solimões e Negro se transformaram em campos de areia, prejudicando a população local, interrompendo o transporte de embarcações e causando a morte de animais da fauna fluvial.

  • O nome desse curso d’água vem de Sorimões, um povo indígena que vivia na região banhada pelo rio Solimões.

  • Junto do rio Amazonas, forma a maior bacia hidrográfica do mundo. A bacia formada por todo o Amazonas, que compreende o rio Solimões, compreende uma área de mais de 7 milhões de km².

Créditos das imagens

[1] Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

[3] Wikimedia Commons

[4] Wikimedia Commons

Fontes

COSTA, Rafael. Por que as águas dos rios Negro e Solimões não se misturam? Mundo Estranho, 22 fev. 2024. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-as-aguas-dos-rios-negro-e-solimoes-nao-se-misturam.

NETO, Antônio. Fotografia: rio Negro : rio Solimões : Manaus, AM. Catálogo IBGE, [s.d.]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html?view=detalhes&id=442616.

REDAÇÃO. Dificuldade de locomoção, busca por água, desemprego: a seca no Amazonas e os impactos na vida dos ribeirinhos. Profissão Repórter, 01 nov. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2023/11/01/dificuldade-de-locomocao-busca-por-agua-desemprego-a-seca-no-amazonas-e-os-impactos-na-vida-dos-ribeirinhos.ghtml.

SASSINE, Vinícius; ALMEIDA, Lalo. rio Solimões vira deserto e indígenas adoecem bebendo água contaminada. Folha de S.Paulo, 15 out. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/10/rio-solimoes-vira-deserto-e-indigenas-adoecem-bebendo-agua-contaminada.shtml.

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Rio Solimões"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/rio-solimoes.htm. Acesso em 22 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Artigos Relacionados


Amazônia

Conheça mais sobre a Amazônia e as particularidades sobre sua vegetação, fauna, flora, hidrografia, clima e relevo. Saiba também sobre o desmatamento no bioma.
Geografia do Brasil

Bacia Amazônica

Clique e veja as características da Bacia Amazônica e seus principais afluentes. Entenda também a importância econômica dessa bacia.
Geografia do Brasil

Floresta Amazônica

Clique e saiba tudo sobre a Floresta Amazônica! Conheça a composição da fauna e da flora. Entenda sua importância e os principais problemas ambientais da Amazônia.
Geografia do Brasil

Região Norte

Conheça a região Norte e seus aspectos gerais. Entenda a importância dessa região para o restante do país. Saiba sobre clima, relevo e hidrografia da região Norte.
Geografia do Brasil

Rio São Francisco

Saiba mais sobre o Rio São Francisco, suas principais características, sua importância para o Nordeste brasileiro e também sobre projeto de transposição do rio.
Geografia do Brasil

Rios

Saiba mais sobre as características dos rios. Entenda a importância desses reservatórios de água. Conheça os principais rios do Brasil, e do mundo.
Geografia

Rios do Brasil

Clique aqui, saiba quais são os principais rios do Brasil e conheça suas características gerais.
Geografia do Brasil

Rios do mundo

Clique aqui e conheça as características dos principais rios do mundo.
Geografia

Rios voadores da Amazônia

Você já ouviu falar em rios voadores? Sim, eles existem! Leia e descubra como eles funcionam!
Geografia do Brasil

Transporte fluvial

Clique aqui, saiba quais são as características do transporte fluvial e descubra como se deu a evolução desse tipo de transporte realizado através dos rios.
Geografia