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Os rios do Brasil são fundamentais para o abastecimento dos biomas nacionais, para o fornecimento de água para a população e agentes econômicos e também para os transportes. Rico em recursos hídricos, o país possui uma densa rede de drenagem que cobre todas as regiões. A maioria dos rios brasileiros são rios perenes que, favorecidos pelo clima, não secam durante o período sem chuvas. Além disso, as características naturais dos rios do Brasil proporcionam alto potencial hidrelétrico, que é bastante aproveitado em diversas partes do país.
Existem milhares de rios no Brasil. Abaixo elencamos apenas nove dentre os principais deles:
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rio Amazonas;
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rio Madeira;
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rio Xingu;
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rio Tocantins;
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rio Araguaia;
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rio São Francisco;
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rio Parnaíba;
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rio Paraná;
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rio Paraguai.
Leia também: Quais são os principais rios do mundo?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre os rios do Brasil
- 2 - Quais são os rios do Brasil?
- 3 - Características dos principais rios do Brasil
- 4 - Mapa das regiões hidrográficas brasileiras
- 5 - Qual o maior e o menor rio do Brasil?
Resumo sobre os rios do Brasil
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O Brasil é um país com abundância hídrica, detendo um terço das águas superficiais do continente americano e pouco mais de 12% da água potável do mundo.
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O país dispõe de uma ampla e densa rede hidrográfica que atende todas as regiões.
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Os principais rios do Brasil são: rio Amazonas, rio Madeira, rio Xingu, rio Tocantins, rio Araguaia, rio São Francisco, rio Parnaíba, rio Paraná e rio Paraguai.
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Os tipos de clima do Brasil favorecem a ocorrência de rios perenes, em sua maioria, que são caracterizados pela presença de água em seus leitos durante todo o ano, mesmo durante a estiagem.
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Os rios do Brasil apresentam elevado potencial para a geração de energia elétrica e para a navegação interior.
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Milhares de rios atravessam o território brasileiro, mas ao menos nove deles chamam a atenção pelas suas dimensões e importância ambiental, social e econômica.
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Os rios do Brasil se dividem em 12 regiões hidrográficas, e cada uma delas possui uma ou mais bacias hidrográficas.
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O rio Amazonas, que corre pelos estados da região Norte do Brasil, é o mais longo e caudaloso do mundo.
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O rio Azuis, no estado do Tocantins, é o menor do Brasil e um dos menores do mundo.
Quais são os rios do Brasil?
O Brasil é um dos maiores detentores de recursos hídricos do planeta Terra. Aproximadamente 13% das águas superficiais do mundo estão concentradas no território brasileiro. Esse montante representa um pouco mais de um terço de toda a água doce superficial contida nas Américas. Esse fator, somado à ocorrência de climas predominantemente úmidos e chuvosos, condicionam ao Brasil a existência de uma densa rede hidrográfica formada por milhares de cursos d’água que drenam o país de norte a sul. Listamos, a seguir, alguns dos principais rios do Brasil:
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rio Amazonas;
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rio Madeira;
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rio Xingu;
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rio Tocantins;
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rio Araguaia;
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rio São Francisco;
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rio Parnaíba;
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rio Paraná;
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rio Paraguai.
Características dos principais rios do Brasil
→ Rio Amazonas
O rio Amazonas é o mais extenso e o mais caudaloso (maior vazão de água) rio do mundo, estendendo-se por 6.992 km desde a sua nascente na parcela peruana da cordilheira dos Andes até a sua foz na ilha do Marajó, entre os estados brasileiros do Amapá e do Pará.
O trecho exclusivamente brasileiro do rio Amazonas tem mais de três mil quilômetros e banha diretamente os estados do Amazonas, do Pará e do Amapá. Junto de seus mais de mil afluentes, entre os quais se destacam os rios Purus, Madeira e Negro, esse importante curso d’água forma a bacia do Amazonas, considerada também a maior do mundo, com área de 7 milhões de quilômetros quadrados que abrange oito territórios sul-americanos e sete estados brasileiros.
As águas do rio Amazonas, em território brasileiro, percorrem áreas de planície, o que as torna propícias para a navegação. Com isso, o rio Amazonas é uma importante via de transporte de cargas e também de passageiros, principalmente em regiões de difícil acesso. Além de ser fundamental para o transporte, o rio Amazonas fornece água para milhares de pessoas e alimenta a região com a maior biodiversidade do mundo, que é a Floresta Amazônica.
→ Rio Madeira
O rio Madeira é um curso d’água de 3.315 km de extensão que percorre os estados de Rondônia e do Amazonas, na região Norte do Brasil. Ele é considerado o maior afluente do rio Amazonas, onde deságua. A nascente do rio Madeira fica situada em uma região montanhosa na Bolívia, e, antes de adentrar no Brasil, esse curso d’água banha também o território peruano.
A declividade e a ampla vazão do rio Madeira conferem a esse curso d’água um grande potencial para geração de eletricidade, que é aproveitado nas usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, ambas localizadas no trecho rondoniense. O rio Madeira é de grande importância para o abastecimento urbano e para os transportes, sendo muito utilizado para o deslocamento de cargas pesadas, como grãos. Além disso, abriga uma enorme biodiversidade em suas águas e alimenta parte do bioma amazônico.
→ Rio Xingu
O rio Xingu é um curso d’água que nasce a uma altitude de 600 metros na confluência entre os rios Culuene e Sete de Setembro em uma área de planaltos no estado de Mato Grosso, na região Centro-Oeste. A partir daí, ele percorre aproximadamente 1.980 km pelo estado do Pará, na região Norte, até desaguar no rio Amazonas na altura da cidade de Porto de Moz.
Esse curso d’água banha trechos de dois dos mais importantes e ameaçados biomas brasileiros, o Cerrado e a Amazônia. Suas águas são fundamentais para a manutenção da biodiversidade desses ecossistemas, bem como para o uso da população das inúmeras cidades que ele atravessa. Entre essas populações estão as comunidades tradicionais, notadamente os indígenas e os ribeirinhos.
Na altura da cidade paraense de Altamira foi construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que é a maior hidrelétrica exclusivamente brasileira. Apesar de sua importância para a geração de energia no território nacional, a Usina de Belo Monte provocou sérios impactos socioambientais.
→ Rio Tocantins
O rio Tocantins é um curso d’água que nasce no Centro-Oeste do Brasil, mais precisamente entre os municípios goianienses de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás, a uma altitude de 1.100 metros. Ele percorre 2.416 km entre essa área e as regiões Norte e Nordeste do país, passando por quase 30 municípios nos estados do Tocantins e Maranhão até desaguar na baía de Marajó, no Pará. Seu principal afluente é o rio Araguaia.
Embora seja um rio perene, cujas águas não secam no período seco, a redução do nível de suas águas forma ilhas e praias de água doce durante a estiagem, o que favorece o turismo no estado do Tocantins. Na bacia hidrográfica formada por esse rio vivem mais de 8 milhões de pessoas que dependem diretamente das águas do Tocantins e de seus afluentes para o abastecimento doméstico. Ainda, é importante para a manutenção da biodiversidade local e por seus aspectos naturais, que proporcionam a ocorrência de longos trechos navegáveis e elevado potencial hidrelétrico.
→ Rio Araguaia
O rio Araguaia é um curso d’água que nasce no planalto da região Centro-Oeste do Brasil, percorrendo 2.115 km pelos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará até a região do Bico do Papagaio, onde se encontra com o rio Tocantins. Junto deste, ele forma a segunda maior bacia hidrográfica localizada integralmente no território brasileiro, que é a bacia do Tocantins-Araguaia. O Araguaia, na maior parte de sua extensão, serve de divisa natural entre os estados pelos quais ele atravessa, somando um total de 55 cidades banhadas por esse rio.
O grande potencial elétrico do rio é aproveitado principalmente pela Usina de Tucuruí, que é a terceira maior central hidrelétrica brasileira. Os extensos trechos navegáveis do Araguaia são utilizados para o transporte de pessoas e de cargas, em especial cargas volumosas como grãos e minérios. Ainda na economia, a pesca e o turismo são duas atividades econômicas desenvolvidas no Araguaia. No segundo caso, destaca-se a formação de ilhas devido à estiagem, como acontece no curso do rio Tocantins.
→ Rio São Francisco
O rio São Francisco, apelidado de Velho Chico, é um curso d’água que nasce no Parque Estadual da Serra da Canastra, no estado de Minas Gerais, mas pode ser descrito como um dos principais rios da região Nordeste do Brasil. O curso do São Francisco tem aproximadamente 2.700 km e percorre mais de 500 municípios entre Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, onde deságua no oceano Atlântico. Além disso, as águas do São Francisco alimentam três grandes biomas brasileiros, que são o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica.
O São Francisco tem grande importância para o abastecimento residencial e urbano, em especial na região Nordeste. Em 2008, tiveram início as obras de transposição do curso do São Francisco para que suas águas chegassem a uma população ainda maior, visando suprir a demanda por esse recurso em regiões de maior escassez em quatro estados do Nordeste.
O rio São Francisco é fundamental também para o sustento econômico de muitas famílias, que dependem da atividade pesqueira, e para o transporte de cargas e de pessoas. Ainda, cinco hidrelétricas fazem uso do potencial desse rio, com destaque para as usinas de Sobradinho e Paulo Afonso, ambas na Bahia.
→ Rio Parnaíba
O rio Parnaíba é o segundo maior rio do Nordeste brasileiro. Ele nasce na chapada das Mangabeiras, na divisa entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, e atravessa o território piauiense até desaguar no oceano Atlântico, percorrendo um total de 1.400 km e beneficiando quase 300 municípios inseridos em sua bacia hidrográfica.
O rio Parnaíba é fundamental para o abastecimento residencial, principalmente nas cidades da região do semiárido, e fornece água também para a irrigação de áreas agrícolas situadas nos estados pelos quais passa e que constituem uma importante região de expansão da fronteira agrícola brasileira. Os produtores locais utilizam o rio Parnaíba para o escoamento de cargas, visto que ele apresenta extensos trechos navegáveis. As águas do rio Parnaíba são utilizadas, ainda, para a geração de eletricidade na Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, instalada em Guadalupe, no Piauí.
→ Rio Paraná
O rio Paraná é um curso d’água que percorre 4.880 km desde a sua nascente, na divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, até a sua foz, no rio da Prata, em território argentino. Em seu trajeto ele atravessa duas das regiões mais populosas do Brasil, que são o Sudeste e Sul, até chegar à fronteira do país com o Paraguai e com a Argentina. A bacia do rio Paraná abastece mais de 60 milhões de habitantes e desempenha papel fundamental para as atividades econômicas desenvolvidas na região, como a agricultura e a indústria.
Os declives encontrados em diversos trechos do rio Paraná conferem a ele um elevado potencial hidrelétrico, que é bastante aproveitado para a geração de eletricidade na Usina de Itaipu Binacional, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, que está localizada na fronteira do estado do Paraná com o Paraguai. Além disso, esse rio possui amplos trechos favoráveis à navegação. Sua hidrovia é importante para o transporte de mercadorias e cargas entre os países do Mercosul, além de escoar parte da produção agrícola das regiões Centro-Oeste e Sul.
→ Rio Paraguai
O rio Paraguai é um curso d’água que nasce no município de Alto Paraguai, no estado de Mato Grosso, e segue curso por 2.695 km até sua desembocadura em território argentino. Nesse trajeto, o rio Paraguai alimenta o sistema do Pantanal, bioma brasileiro situado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e contribui para a manutenção dos ecossistemas do Cerrado brasileiro. Esse curso d’água faz parte da vida cotidiana das populações tradicionais, como os indígenas que vivem na região, e alimenta os principais centros urbanos de Mato Grosso.
Em função do relevo predominantemente plano e de outros aspectos naturais favoráveis, o rio Paraguai é muito utilizado para o transporte de passageiros e também para o escoamento de mercadorias e de cargas derivadas da produção agropecuária da região Centro-Oeste.
Veja também: Quais são os biomas brasileiros?
Mapa das regiões hidrográficas brasileiras
Qual o maior e o menor rio do Brasil?
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Maior rio do Brasil: rio Amazonas, que possui extensão de 6.992 km e banha os estados do Amazonas e do Pará, na região Norte do Brasil. Possui mais de 1.000 afluentes e é considerado o mais longo e mais volumoso rio do mundo.
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Menor rio do Brasil: rio Azuis, cujas águas cristalinas percorrem um trecho de apenas 147 metros na cidade de Aurora do Tocantins, no estado localizado também na região Norte do Brasil. O Azuis é considerado o terceiro menor rio do mundo.
Crédito de imagem
[1] Edivaldo Alves de Sousa / Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
ANA. Panorama das águas. Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), [s.d.]. Disponível em: https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-aguas/panorama-das-aguas.
ANA; SNIRH. Atlas geográfico digital de recursos hídricos do Brasil. Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), 2013. Disponível em: https://portal1.snirh.gov.br/atlasrh2013/.
IBGE. Rios do Brasil. IBGE Educa, c2023. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18305-rios-do-brasil.html.
REDAÇÃO. Com 147 metros de comprimento, o Rio Azuis, no Tocantins, é o menor do Brasil. Portal Amazônia, 2021. Disponível em: https://portalamazonia.com/estados/tocantins/com-147-metros-de-comprimento-o-rio-azuis-no-tocantins-e-o-menor-do-brasil.
VELASQUEZ, Cristina; QUEIROZ, Heber; BERNASCONI, Paula. (Orgs.) Fique por dentro: a bacia do rio Xingu em Mato Grosso. São Paulo: Instituto Socioambiental; Instituto Centro de Vida, 2010. (Série Cartô Brasil Socioambiental). Disponível em: https://www.icv.org.br/noticias/fique-por-dentro-a-bacia-do-rio-xingu-em-mato-grosso-2/.