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A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com um dos maiores potenciais hídricos do planeta. Está localizada no Brasil e em mais sete países da América do Sul, sendo eles:
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Bolívia;
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Colômbia;
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Guiana;
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Guiana Francesa;
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Peru;
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Suriname;
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Venezuela.
Um dos principais rios dessa bacia é o Rio Amazonas, que é o maior e mais volumoso rio do mundo, sendo resultado do encontro do Rio Negro e Solimões. Outros rios importantes dessa bacia são o Rio Madeira e o Rio Xingu. A Bacia Amazônica tem potencial gigantesco e ótimos aproveitamentos para a agricultura, pecuária, abastecimento e geração de energia elétrica.
Leia também: Rio São Francisco – um dos maiores e mais importantes rios do Brasil
Tópicos deste artigo
- 1 - Características da Bacia Amazônica
- 2 - Rios que formam a Bacia Amazônica
- 3 - Importância da Bacia Amazônica
Características da Bacia Amazônica
A bacia do Rio Amazonas possui cerca de sete milhões de metros quadrados. É a bacia com maior volume de água doce do planeta, sendo composta pelo maior rio do mundo, o Amazonas.
O Rio Amazonas possui cerca de 7 mil metros de extensão e volume de água de 210.000 metros cúbicos, despejando aproximadamente 31 toneladas de sedimentos no Oceano Atlântico a cada segundo. O rio também se encontra na maior planície fluvial do Brasil e é do tipo meandro (apresenta tortuosidades ao longo do seu curso), podendo ser utilizado amplamente para a navegação. São cerca de 20 mil quilômetros aptos à navegação na região do Rio Amazonas e adjacências, além de um excelente potencial hidrelétrico.
A região abriga também a maior floresta equatorial e tropical do mundo, a Floresta Amazônica, que é extremamente rica em biodiversidade, fauna e flora, sendo responsável pelo equilíbrio ambiental e climático mundial, além de ter um excelente aproveitamento econômico e social. Também se destacam as várias espécies endêmicas, ou seja, encontradas apenas naquele bioma, que são importantes para a produção de medicamentos, cosméticos, alimentação, etc.
O Rio Amazonas nasce na Cordilheira do Andes, no Peru, e tem sua bacia finalizada no Oceano Atlântico, no Brasil. É o único rio do mundo com uma foz mista. Grande parte do território da bacia encontra-se em áreas de planícies e planaltos na Região Norte do Brasil, que abrange sete estados:
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Acre;
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Amapá;
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Amazonas;
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Pará;
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Rondônia;
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Roraima;
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Tocantins.
Vale dizer que esse rio só apresenta relevo montanhosos na sua nascente, no Peru. Além disso, ele recebe vários nomes até ser conhecido como Rio Amazonas. Ao entrar no Brasil, ele recebe o nome de Solimões no município de Tabatinga (fronteira brasileira), no estado do Amazonas, onde segue seu curso até encontrar o Rio Negro, próximo à cidade de Manaus, quando passa a ser conhecido como Rio Amazonas.
Rios que formam a Bacia Amazônica
A bacia do Rio Amazonas é formada por mais de 1.000 afluentes, que vêm dos países onde ela se encontra, os quais possuem rios menores e outros mananciais de água que drenam seu volume para a bacia.
Os afluentes do Rio Amazonas estão em ambas as margens, tanto direita quanto esquerda, e contribuem para manter o grande volume de vazão do Amazonas. Os principais rios e afluentes que compõem a Bacia Amazônica são:
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Rio Madeiras;
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Rio Xingu;
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Rio Trombetas;
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Rio Branco;
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Rio Purus;
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Rio Tapajós;
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Rio Içá;
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Rio Japurá;
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Rio Jari;
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Rio Javari;
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Rio Tarauacá;
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Rio Itacuaí;
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Rio Iriri.
Veja também: Rio Tietê – rio de grande importância econômica e cultural
Importância da Bacia Amazônica
A Bacia Amazônica possui inúmeras utilidades, como o abastecimento de cidades e populações ribeirinhas, com uso da água para atividades domésticas, e também o desenvolvimento da agricultura e pecuária local, com produção de insumos para consumo imediato nas cidades e criação de rebanhos.
Também se destaca na região a navegação. São mais de 20 mil quilômetros navegáveis, com uso de embarcações de pequeno, médio e grande porte, transportando tanto pessoas quanto mercadorias. Além do mais, são encontrados vários serviços e amplo comércio, que atuam de cidade em cidade, no curso desses rios navegáveis, passando nas vilas e povoados ribeirinhos.
Além dos serviços desenvolvidos nos rios pelas populações ribeirinhas, elas também desenvolvem a pesca, tanto para consumo e sustento de diversas famílias quanto para o comércio local e de outras regiões, havendo, inclusive, exportação para outros mercados consumidores.
Outra atividade de destaque na bacia fica por conta do turismo nas áreas de praias de água doce, muito comuns na região do Rio Amazonas. Destaca-se também o turismo ecológico, promovido por atividades hoteleiras, como resorts instalados próximos ao rio, e que conta com amplo desenvolvimento de serviços ligados à área.
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Hidrelétricas
Por deter um dos maiores e mais volumosos rios do mundo, entende-se que a região da Bacia Amazônica possui um grande potencial hidrelétrico, certo? Errado. Essa bacia encontra-se em um relevo pouco acidentado — áreas de planícies —, o que gera, por consequência, pouco potencial para a produção de energia elétrica.
Muito se fala do volume dos rios e da produção de eletricidade, mas o debate deve girar em torno do impacto ambiental que essa atividade gera e da pouca produtividade na região. Um exemplo clássico fica por conta da Hidrelétrica de Balbina, no Rio Uatumã. Essa usina tem uma área de inundação semelhante à da Usina de Itaipu, porém sua produção não é eficiente, pois a usina de Balbina não consegue abastecer nem mesmo a cidade de Manaus, enquanto Itaipu gera 14.000 MW de potência e fornece 17,3% da energia consumida no Brasil.
As principais usinas hidrelétricas em funcionamento na Bacia do Amazonas são:
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Belo Monte, com 11.233 MW de potência instalada;
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Jirau, com 3.750 MW;
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Santo Antônio, com 3.568 MW;
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Teles Pires, com 1.819 MW.
Créditos das imagens
[1] Caio Pederneiras / Shutterstock
Por Gustavo Henrique Mendonça
Professor de Geografia