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A China é uma das principais nações do mundo atual, e a presença humana naquela região remonta ao período Neolítico. A Antiguidade chinesa foi marcada pela existência de diversas dinastias que governaram o país até o começo do século XX. As primeiras três dinastias da China foram as seguintes: Xia, Shang e Zhou.
Na história recente, a China ficou marcada pelas interferências britânicas durante o avanço imperialista sobre a Ásia no século XIX e pela invasão japonesa na década de 1930. A Revolução Chinesa de 1949 fez com que os comunistas, liderados por Mao Tsé-Tung, tomassem o poder após anos de guerra civil.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a história da China
- 2 - China na Antiguidade
- 3 - História moderna da China
- 4 - República Popular da China
- 5 - Curiosidades da China
Resumo sobre a história da China
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A presença humana na China remonta ao período Neolítico, e as primeiras vilas começaram a surgir em 5000 a.C.
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As primeiras três dinastias chinesas foram Xia, Shang e Zhou.
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No século XIII, a China foi conquistada pelos mongóis, liderados por Kublai Khan.
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No século XIX, a China sofreu com as interferências imperialistas que tiveram nas Guerras do Ópio o seu grande símbolo.
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A Revolução Chinesa de 1949, liderada por Mao Tsé-Tung, levou o Partido Comunista da China ao poder.
China na Antiguidade
A presença humana na China remonta ao período do Neolítico, e os historiadores apontam que por volta de 5000 a.C. surgiram as primeiras vilas e aldeias naquela região. Acredita-se que as primeiras vilas tenha surgido na região do vale do rio Amarelo, um dos mais importantes do território chinês.
À medida que as vilas chinesas cresceram e desenvolveram uma estrutura melhor para a sobrevivência dos grupos humanos, novas formas de organização se estabeleceram e levaram à centralização do poder. Em outras palavras, começaram a surgir governos no território chinês, os quais foram se sucedendo uns aos outros e formando dinastias, pois seus governantes, em geral, possuíam parentesco.
Assim, Antiguidade chinesa ficou marcada pela existência de várias dinastias que foram substituindo umas às outras com o passar dos anos. As primeiras dinastias chinesas foram as seguintes:
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dinastia Xia (2070–1600 a.C.);
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dinastia Shang (1600–1046 a.C.);
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dinastia Zhou (1046–256 a.C.).
Cada uma delas ficou marcada por desenvolvimentos em diferentes áreas, como a metalurgia e a cerâmica. Além disso, as povoações humanas aprenderam a estabelecer formas de conter as cheias do rio Amarelo e impedir que elas destruíssem vilas e plantações. Foi durante essas dinastias que viveram personalidades importantes da história chinesa, como Confúcio e Sun Tzu.
Em 221 a.C., teve início um período conhecido como Era Imperial, em que novas dinastias governaram sobre o território chinês, cada uma delas em um período específico. Elas foram as seguintes:
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dinastia Qin (221–206 a.C.);
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dinastia Han (206 a.C.–220 d.C.);
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dinastia Jin (266–420);
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dinastias do Norte e do Sul (420–589);
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dinastia Sui (581–618);
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dinastia Tang (618–907);
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dinastia Yuan (1271–1368);
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dinastia Ming (1368–1644);
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dinastia Qing (1644–1912).
O período de 907 a 1271 ficou marcado pela fragmentação política, e, por isso, o território da China foi dividido em diversos reinos que eram governados por diferentes dinastias. A unificação territorial e política da China só aconteceu novamente quando os chineses foram conquistados pelos mongóis liderados por Kublai Khan, neto de Gêngis Khan, um dos grandes conquistadores mongóis.
Uma importante fonte que os historiadores possuem sobre o período em que Kublai Khan governava a China é um viajante italiano que viveu nos séculos XIII e XIV. Esse viajante foi Marco Polo, que nasceu em Veneza e passou 17 anos na China trabalhando para Kublai Khan. Marco Polo escreveu importantes relatos sobre o que viu na China e outros locais da Ásia.
Leia também: A máquina de guerra de Gêngis Khan — como o imperador mongol construiu um vasto império?
História moderna da China
A partir do século XIX, a industrialização do planeta e o avanço do imperialismo sobre a Ásia trouxeram profundas transformações para o país. As potências industrializadas desse período, sobretudo o Reino Unido, ocuparam partes do território chinês como parte de concessões que cediam vantagens comerciais a essas potências.
Um dos símbolos da fraqueza da China perante as nações ocidentais nesse período foram as Guerras do Ópio, conflitos iniciados pelos britânicos contra a China para impedir que o comércio de ópio fosse proibido. Naquele século, os britânicos lucravam bastante com a venda de ópio, uma droga altamente viciante, na China. A droga causava muitos problemas na sociedade, e o governo chinês tentou proibir sua venda.
A medida tomada pelo governo chinês gerou uma reação do governo britânico, que declarou guerra à China para continuar vendendo a droga. Os britânicos venceram as duas guerras e impuseram obrigações pesadas à nação derrotada, como a obrigação de pagar uma indenização de terras e de ceder territórios aos britânicos.
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Revolução Chinesa de 1949
Em 1911, iniciou-se a Revolução Xinhai, evento que resultou na derrubada da monarquia, em 1912. Uma república se estabeleceu na China, e houve um período de instabilidade, com uma série de aristocratas conhecidos como Senhores da Guerra tomando conta de diferentes partes do território chinês.
A unificação da China por meio de um governo centralizado foi um trabalho realizado pelo Kuomintang, o Partido Nacionalista. Uma liderança muito importante nesse momento foi Sun Yat-sen. Os nacionalistas procuraram se unir com um partido em ascensão na China naquele momento, o Partido Comunista da China (PCCh).
Depois da morte de Sun Yat-sen, em 1925, a aliança entre nacionalistas e comunistas foi abalada profundamente. O novo líder do Kuomintang, Chian Kai-shek, decidiu se voltar contra os comunistas depois que os Senhores da Guerra foram neutralizados, entre 1927 e 1928. Isso marcou o início da Guerra Civil Chinesa, evento que se estendeu por duas décadas.
A década de 1930 teve início com o conflito travado entre nacionalistas e comunistas, sendo que a perseguição aos comunistas os enfraqueceu consideravelmente. Uma das lideranças do PCCh nesse período era a de Mao Tsé-Tung, nome de grande importância na história chinesa do século XX.
Um dos momentos mais marcantes desse conflito foi a Longa Marcha, fuga dos comunistas chineses pelo interior do território do país, que aconteceu entre 1934 e 1935. A Guerra Civil Chinesa foi interrompida parcialmente quando o território chinês foi invadido pelos japoneses em 1937. Depois da derrota do Japão, em 1945, a guerra foi retomada com toda a força e se encerrou em 1949 com a vitória dos comunistas.
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Invasão Japonesa
Na segunda metade do século XIX, o Japão passou por uma grande modernização, que transformou esse país asiático em uma potência imperialista regional. As intervenções japonesas no território chinês já se manifestaram no final do século XIX, quando houve a Primeira Guerra Sino-Japonesa pelo controle na península da Coreia.
A situação entre as duas nações se agravou a partir da década de 1930, quando o governo militarista do Japão resolveu intensificar suas interferências na China. Em 1931, os japoneses invadiram a Manchúria (uma região chinesa) e criaram um Estado satélite que era governado por um imperador chinês leal aos interesses do Japão.
Em 1937, a China foi oficialmente invadida pelo Japão, interessado em conquistar todo o país. A invasão japonesa marcou o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, um conflito que se estendeu até 1945 e que se fundiu com os combates travados na Segunda Guerra Mundial. A Segunda Guerra Sino-Japonesa ficou marcada pela grande violência praticada pelas tropas japonesas.
A derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial marcou o fim de sua invasão na China. Como consequência, estima-se que cerca de 20 milhões de chineses morreram durante o conflito.
→ Videoaula sobre a Segunda Guerra Sino-Japonesa
República Popular da China
A vitória dos comunistas na Guerra Civil Chinesa marcou o início da República Popular da China, o nome desse país sob um governo socialista. Esse governo esteve sob a liderança de Mao Tsé-Tung até a morte desse líder, que aconteceu em 1976. As primeiras ações de Mao Tsé-Tung foram procurar recuperar a economia chinesa e perseguir opositores que haviam apoiado o Kuomintang.
Um de seus planos econômicos, o Grande Salto à Frente, tinha como objetivo industrializar a China, mas teve um resultado desastroso, pois afetou a produção de alimentos no país, causando grande fome. Outro acontecimento de grande impacto na história recente da China foi um evento chamado Revolução Cultural, que se estendeu de 1966 a 1976.
A Revolução Cultural foi entendida como uma campanha político-ideológica, cujo propósito era perseguir aqueles que não se adequavam à ideologia defendida pelo governo. A Revolução Cultural mobilizou milhares de estudantes pela China, que atuaram como verdadeira patrulha ideológica, denunciando críticos do governo.
Milhares de pessoas foram denunciadas por não concordarem com os pensamentos de Mao Tsé-Tung, sendo enviadas para “campos de reeducação”, onde passavam por trabalho forçado e por uma formação política obrigatória. Acredita-se que mais de um milhão de pessoas tenham morrido em consequência da Revolução Cultural.
A Revolução Cultural foi organizada como esforço de Mao Tsé-Tung para recuperar o poder no interior do PCCh. Com isso, ele passou a denunciar seus opositores com base nessa campanha político-ideológica.
No final do século XX, a China se estabeleceu como uma verdadeira potência econômica e militar, sendo considerada, atualmente, a segunda economia do planeta, com prognóstico de se tornar a maior economia na década de 2030.
→ Videoaula sobre a Revolução Chinesa de 1949
Curiosidades da China
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O termo China é derivado de Cina, expressão do sânscrito.
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Na Antiguidade, gregos e romanos referiam-se à China como “seres”.
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A Rota da Seda foi uma rota comercial que se estabeleceu na China em 130 a.C., sendo uma das mais conhecidas rotas comerciais da história.
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A primeira menção ao termo China na Europa foi realizada em um relato de um viajante português do século XVI.
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Na Idade Média, os europeus conheciam a China como Catai.
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O Tibet é uma região que foi invadida pelos chineses diversas vezes ao longo de sua história e oficialmente anexada ao território da China na década de 1950.
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Atualmente, a China é o país com a maior população do mundo, tendo cerca de 1,4 bilhão de habitantes.
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A construção da Muralha da China se iniciou no século III a.C. e tem mais de 21 mil quilômetros de extensão.
Créditos da imagem:
[1] Hung Chung Chih e Shutterstock
Por Daniel Neves Silva
Professor de História