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O relevo terrestre formou-se milhões de anos atrás, no chamado “passado geológico da Terra”. As forças que agem no relevo podem ser internas (tectonismo, abalos sísmicos e vulcanismo) e externas (intemperismo provocado pela água e vento).
O vulcanismo, um agente interno de transformação do relevo, é um fenômeno provocado pelas constantes variações de pressão e temperatura do magma presente no interior da Terra. O magma é uma substância líquida/pastosa (em altas temperaturas), que forma uma estrutura rochosa chamada vulcão. As erupções vulcânicas causam a expulsão do magma do interior da Terra. Essa substância, por sua vez, entra em contato com o ar mais frio da superfície e endurece, formando a estrutura cônica e piramidal do vulcão.
Hoje o Brasil se encontra no meio da placa tectônica Sul-Americana, em uma região estável, e a maior incidência de vulcões ocorre nas regiões geológicas instáveis, ou seja, nas bordas das placas. No Brasil não há vulcões ativos, pois o relevo brasileiro formou-se em períodos geológicos antigos, há milhões de anos. Dessa forma, os vulcões que aqui existiram nesse período tornaram-se extintos (não ativos) e hoje em dia não causam nenhum tipo de transtorno como em outras áreas do mundo, onde as erupções vulcânicas geram vários prejuízos.
Os vulcões extintos do Brasil são hoje pontos turísticos marcados pela beleza. Esses antigos e bem velhos vulcões foram moldados pela ação do tempo.
Ocorreram no Brasil formações geológicas vulcânicas na Era Mesozoica, localizadas onde hoje estão os estados da região Sudeste e Sul. O derramamento vulcânico originou terras muito férteis nesses estados, como o caso da “terra roxa”, de origem basáltica.
Já na Era Cenozoica, no período Terciário, as erupções vulcânicas oceânicas originaram algumas ilhas no litoral, como Fernando de Noronha, Trindade, São Pedro e São Paulo. Também ocorreram na região amazônica derramamentos basálticos de origem vulcânica, no passado geológico brasileiro.
Por Suelen Alonso
Mestre em Geografia