Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Bomba atômica

A bomba atômica, uma arma de destruição em massa que tem como princípio de funcionamento a fissão nuclear, foi utilizada pela primeira vez durante a 2ª Guerra Mundial.

As bombas atômicas possuem alto poder de destruição.
As bombas atômicas possuem alto poder de destruição.
Crédito da Imagem: shutterstock
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

A bomba atômica, ou bomba nuclear, é uma arma de explosão com um grande poder de destruição, em virtude da grande quantidade de energia que ela libera. Essa bomba funciona por meio do processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que possibilita uma grande liberação de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.

Leia também: Einstein e a Bomba Atômica

Tópicos deste artigo

História da bomba atômica

Com o avanço da Segunda Guerra Mundial, foi preciso desenvolver armas mais potentes que pudessem causar maiores impactos nos adversários. Com essa intenção, os norte-americanos deram início a uma corrida contra a Alemanha nazista para criar a primeira arma nuclear. A esse projeto foi dado o nome de “Projeto Manhattan”, que durou de 1942 até 1945, quando foi realizado o primeiro teste de um dispositivo de fissão nuclear.

A Segunda Guerra teve fim com o uso das primeiras bombas atômicas utilizadas na história da humanidade. As bombas foram lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente. Essas bombas ficaram conhecidas como Little boy e Fat man, por causa dos seus formatos e da capacidade de explosão de cada uma.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Como funciona uma bomba atômica?

O funcionamento das bombas nucleares é semelhante, diferenciando-se apenas pelo elemento utilizado na composição. Os principais elementos que compõem as bombas são urânio-235 e plutônio-239. A bomba nuclear funciona pelo princípio da fissão nuclear, que é a divisão de um átomo instável pelo bombardeamento de partículas, como um nêutron. Isso gera uma reação em cadeia que vai provocando a fissão nuclear dos outros átomos presentes.

Bomba de urânio

Um dos elementos usados na construção de bombas atômicas é o urânio, mas não é qualquer isótopo de urânio que pode ser utilizado – apenas o U-235 é considerado instável suficiente para esse fim. A seguir, está representada a reação de fissão de um átomo de urânio-235:

n + 235U9291Kr36 + 142Ba56 + 3n + energia

Note que cada átomo de urânio que sofre desintegração libera outros três nêutrons, que, na bomba atômica, são utilizados para partir outros três núcleos, gerando a reação em cadeia e liberando uma grande quantidade de energia, como é mostrado na imagem a seguir:

A reação em cadeia provocada pela fissão nuclear do urânio é usada como princípio das bombas atômicas. 
A reação em cadeia provocada pela fissão nuclear do urânio é usada como princípio das bombas atômicas.

Poder de destruição das bombas atômicas

O poder de destruição de bombas nucleares é medido em quiloton ou em megaton, unidades relacionadas com o poder de destruição de dinamites (TNT). O quiloton equivale à explosão de 1000 toneladas de dinamite, e o megaton corresponde a 1.000.000 (1 milhão) de toneladas de TNT.

Para efeito de comparação, a bomba atômica lançada em Hiroshima (conhecida como Little boy) possuía um poder de destruição equivalente a 16 mil toneladas de TNT, ou seja, 16 quilotons, e a bomba lançada em Nagasaki (a Fat man), em torno de 20 mil quilotons. Apesar dos danos causados, as bombas nucleares usadas na Segunda Guerra Mundial não estão entre as mais poderosas já feitas no mundo.

Para se ter ideia, a bomba com maior capacidade de destruição que se tem relato na história, a Tsar Bomb, possuía um poder destrutivo de 50 megatons.

Leia também: Tsar Bomb – A bomba mais potente da história

Armas nucleares brasileiras

Embora a quantidade de armas nucleares seja enorme, o Brasil é considerado um país livre de armas de destruição em massa, que englobam as armas nucleares. Para declarar tal feito, foi assinado, em 1998, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que tem o objetivo de evitar a criação de novas armas e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à produção delas.

Sabe-se que o Brasil utiliza a tecnologia para fins pacíficos (conforme a Constituição Brasileira permite), o que inclui as usinas nucleares para produção de energia elétrica, o uso para fins médicos, na agricultura, entre outros. Todas essas ações são regulamentadas e fiscalizadas por órgãos internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).

Particularidades da Little boy, a primeira bomba atômica usada na história

Little Boy é como ficou conhecida a bomba atômica lançada em Hiroshima, em 1945, pelos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial.
Little Boy
é como ficou conhecida a bomba atômica lançada em Hiroshima, em 1945, pelos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial.

A bomba nuclear lançada sobre a cidade de Hiroshima era de urânio-235 e tinha uma potência estimada de 16 quilotons (1 quiloton = 1000 toneladas de TNT). Ela explodiu a uma altura de aproximadamente 570 metros do chão e provocou uma nuvem de fumaça que alcançou 18 km de altura.

Sua explosão gerou uma bola de fogo com uma temperatura de aproximadamente 300 °C, a qual atingiu um raio de 2 km de destruição, além de espalhar uma nuvem radioativa. Isso resultou na morte de mais de 80 mil vítimas imediatas e um total de mais de 140 mil mortes em decorrência das queimaduras e dos ferimentos causados pela explosão e dos danos causados pela exposição à radiação.

 

Por Victor Ricardo Ferreira
Professor de Química

Escritor do artigo
Escrito por: Victor Ricardo Ferreira Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FERREIRA, Victor Ricardo. "Bomba atômica"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/bomba-atomica.htm. Acesso em 09 de outubro de 2024.

De estudante para estudante