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Amazonas

Amazonas é um estado brasileiro da região Norte. Seu território abriga a maior biodiversidade do mundo, e um importante polo industrial do país: a Zona Franca de Manaus.

Bandeira do Amazonas.
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O Amazonas é um estado brasileiro da região Norte, com capital em Manaus. É a maior unidade da federação em extensão territorial. A cobertura vegetal amazonense é formada pela Floresta Amazônica, que abriga a maior biodiversidade do mundo. Corre também pelo estado o rio Amazonas, mais volumoso do planeta e segundo mais longo. Fica no estado a Zona Franca de Manaus, importante área industrial do país.

Leia também: Regiões do Brasil – agrupamentos de estados com características semelhantes

Tópicos deste artigo

Dados gerais do Amazonas

  • Região: Norte
  • Capital: Manaus
  • Governo: democracia representativa, com o governador à frente do Poder Executivo estadual.
  • Área territorial: 1.559.255,88 km² (IBGE, 2022)
  • População: 3.941.613 habitantes (IBGE, 2022)
  • Densidade demográfica: 2,53 hab./km² (IBGE, 2022)
  • Fuso: O Amazonas possui dois fusos horários:
    • Horário Padrão do Amazonas (GMT -4 horas);
    • Horário do Acre (GMT -5 horas) em uma pequena parcela do oeste amazonense, próximo do Acre.
  • Clima: Equatorial Úmido

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Geografia do Amazonas

O Amazonas é um estado brasileiro que integra a região Norte, com capital em Manaus. Com área de 1.559.255,88 km², o território amazonense é o mais extenso do Brasil. Uma parcela setentrional do estado se encontra no Hemisfério Norte, sendo cruzado, portanto, pela Linha do Equador.

Cinco unidades federativas fazem fronteira com o Amazonas, sendo elas:

As divisas internacionais do estado ficam a oeste, com Peru, e a noroeste, com Colômbia e Venezuela.

  • Clima do Amazonas

O clima predominante no estado é o Equatorial, caracterizado pela elevada umidade do ar (80% em média) e pelas altas temperaturas que perduram no ano. Durante o final do outono e o inverno, pode haver a ocorrência de friagens no sul amazonense, que corresponde à queda de temperaturas decorrente do avanço de uma frente fria.

Os índices pluviométricos registrados para o estado são os maiores do território nacional, com médias entre 1500 mm e 2500 mm anuais, superando os 3500 mm em algumas áreas.

Os fatores climáticos mais atuantes e que definem as condições observadas no Amazonas são a baixa latitude e a continentalidade. A proximidade da floresta densa contribui igualmente para o controle dos elementos do clima local.

  • Vegetação do Amazonas

A cobertura vegetal do estado é composta pela Floresta Amazônica. Dentro dessa formação, a vegetação pode ser dividida em três categorias:

  • Matas de Terra Firme, caracterizadas por espécies de grande porte;
  • Matas de Várzea, localizadas nas planícies de inundação; 
  • Matas de Igapó, nas áreas alagadas.
  • Relevo do Amazonas

O relevo amazonense é composto por planaltos, depressões e planícies, marcado pelas terras baixas e relativamente planas que formam a maior parte do Amazonas. Com algumas exceções, as cotas altimétricas do estado ficam entre 0 e 300 metros.

Conforme a classificação de Jurandyr Ross, o Amazonas pode ser dividido nas seguintes unidades morfológicas:

    • Planaltos residuais norte amazônicos, no noroeste do estado e onde se concentram as suas maiores altitudes. Fica nessa área, na fronteira com a Venezuela, o ponto culminante do Amazonas e do Brasil: o pico da Neblina, com 2995,3 metros;
    • Depressão da Amazônia Ocidental;
    • Depressões marginais norte e sul amazônicas;
    • Planície do rio Amazonas;
    • Planalto da Amazônia Oriental.

Veja também: Quais são os tipos de relevo?

  • Hidrografia do Amazonas

A bacia hidrográfica Amazônica, considerada a maior do mundo, abrange, entre outros, todo o estado do Amazonas. O principal rio que atravessa o território é o Amazonas, o mais caudaloso do planeta e o segundo mais extenso depois do rio Nilo. Com nascente no Peru, o rio chega ao Brasil com o nome de Solimões. A partir da sua confluência com o rio Negro, na região de Manaus, ele passa a ser nomeado Amazonas.

Entre os principais afluentes do Amazonas que drenam o estado, estão os rios Madeira, Purus, Juruá, Japurá e Içá.

Encontro das águas dos rios Negro e Solimões.
Encontro das águas dos rios Negro e Solimões.

Mapa do Amazonas

Fonte: IBGE.
Fonte: IBGE.

Demografia do Amazonas

O Amazonas conta com 3.941.613 habitantes, sendo o 14º estado em população do Brasil e o 2º da região Norte. Em termos relativos, a população amazonense equivale a 22,7% de todos os habitantes da região. Com ampla superfície territorial, a densidade demográfica do estado é uma das mais baixas do país. Os dados do Censo de 2022 apontam um valor de apenas 2,53 hab./km², o menor de todo o território nacional.

Com taxa de urbanização de 79,09%, temos que a maior parcela dos amazonenses vive nas cidades. A capital, Manaus, é o município com maior número de habitantes do estado e o 7º mais populoso do Brasil, com 2.063.547 habitantes. Na sequência está Itacoatiara, com 103.598 habitantes.

O último Censo Demográfico, que data de 2022, mostrou que o Amazonas é o estado que possui a maior população indígena do Brasil, com 490.935 pessoas, dos quais cerca de 305 mil são indígenas e os demais se consideram indígenas (IBGE, 2022). Os indígenas amazonenses correspondem a 28,9% da população indígena brasileira e a 65,1% da região Norte.

Manaus é a cidade mais populosa do Amazonas.
Manaus é a cidade mais populosa do Amazonas.

Divisão geográfica do Amazonas

O território amazonense está dividido em regiões geográficas imediatas e regiões geográficas intermediárias, conforme o IBGE. Os 62 municípios que formam o estado estão agrupados em 11 regiões imediatas, as quais formam quatro regiões intermediárias. São elas:

  • Manaus, no norte e centro;
  • Tefé, no oeste;
  • Lábrea, no sul;
  • Parintins, no leste.

Economia do Amazonas

O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é de R$ 131,53 bilhões, 1,5% do montante nacional. O estado representa a 16ª economia entre as unidades federativas e a 2ª da região Norte. O setor de serviços e a indústria possuem participação bastante próxima na composição do PIB amazonense, sendo, respectivamente, de 29,66% e 31,82%. A agropecuária representa 4,28% do PIB estadual (IBGE, 2018).

O dinamismo econômico do Amazonas é liderado pelas atividades do polo industrial de Manaus, onde se localiza a sua Zona Franca. Lá estão instaladas indústrias nacionais e internacionais com grande diversidade setorial, produzindo eletrodomésticos, produtos de informática, equipamentos de transporte, motocicletas bem como derivados da indústria metalúrgica.

No setor primário, destacam-se o extrativismo vegetal, a pesca e o cultivo de grãos, como milho, feijão, arroz, assim como de frutas (laranja, banana, abacaxi, açaí) e hortaliças.

Governo do Amazonas

O governo do estado do Amazonas é do tipo democrático representativo, com eleições realizadas em intervalos de quatro anos para que a população escolha os seus governantes. O Poder Executivo é liderado pelo governador. A composição do Legislativo é feita por três senadores, oito deputados federais e 24 deputados estaduais.

Bandeira do Amazonas

Infraestrutura do Amazonas

O Amazonas dispõe de extensos trechos de rios navegáveis, o que favoreceu a instalação de hidrovias em alguns de seus principais cursos d’água. A hidrovia do rio Amazonas é uma das vias de navegação fluvial de maior importância tanto em escala estadual quanto regional, sobretudo pela realização do transporte de cargas. Destacam-se também as hidrovias dos rios Madeira e Solimões.

As rodovias federais BR-230, conhecida como Transamazônica e que atravessa o Norte e Nordeste do Brasil no sentido Leste–Oeste, e BR-319 estão entre as vias que compõem a malha rodoviária do estado. Em se tratando dos deslocamentos aéreos, o Aeroporto Internacional de Manaus é o principal do estado e se sobressai pela capacidade de transporte de passageiros e de mercadorias.

Cultura do Amazonas

O Amazonas possui uma rica e diversa cultura derivada das inúmeras tradições incorporadas pelos povos que compõem a sua população. Trata-se dos indígenas, dos africanos, dos europeus, principalmente portugueses, e dos migrantes de países vizinhos e de outras regiões do território brasileiro.

O Festival de Parintins acontece anualmente e é a principal e mais tradicional festa realizada no Amazonas, representando um grande atrativo para turistas do Brasil e do mundo. É uma celebração do folclore amazônico que envolve danças, músicas e encenações que giram em torno da rivalidade entre os bois-bumbás Garantido, representado pela cor vermelha, e Caprichoso, representado pela cor azul.

O Festival de Parintins é representado pelos bois Caprichoso e Garantido e celebra o folclore amazonense.
O Festival de Parintins é representado pelos bois Caprichoso e Garantido e celebra o folclore amazonense.

Uma série de festas e festivais dedicados à música, ao cinema e ao folclore amazonense no geral são realizados por todo o estado. A cultura amazonense se manifesta também no artesanato, com a produção de peças diversas com base em matérias-primas naturais, como sementes, fibras, folhas e penas.

Muitos dos pratos típicos do estado levam peixes como pacu, tucunaré, tambaqui e outros pescados na sua composição, como o tacacá. Entre os frutos característicos do Amazonas, temos o guaraná e o açaí.

História do Amazonas

Antes da chegada dos colonizadores, a área ocupada hoje pelo Amazonas era habitada por povos indígenas. Com o avanço dos europeus pela América do Sul, o território brasileiro foi dividido entre portugueses e espanhóis pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. Nessa partilha, o Amazonas ficou sob domínio espanhol. A entrada se deu pelo curso do Amazonas a partir de 1500, e a exploração das terras amazonenses teve início em meados desse século.

No decorrer do tempo, muitas disputas pelo território, até então não colonizado pelos espanhóis, foram travadas entre esses e outros povos europeus, sobretudo portugueses. O Tratado de Madri, assinado em 1750, marcou a passagem das terras amazonenses para o domínio de Portugal, e, um século depois, foi criada a província do Amazonas.

O final do século XIX foi marcado pelo ciclo da borracha, que representou o significativo desenvolvimento econômico do Amazonas, com grandes obras de infraestrutura e um intenso fluxo migratório para a região. O processo de industrialização do estado e a retomada do dinamismo econômico aconteceram a partir de meados do século XX, quando se consolidou a criação da Zona Franca de Manaus.

Saiba mais: Por que as águas do rio Negro são escuras?

Fontes

IBGE. Cidades e estados do Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2024. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/.

IBGE. Panorama do Censo 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/index.html.

IBGE. Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2024. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9088-produto-interno-bruto-dos-municipios.html.

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Amazonas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/amazonas.htm. Acesso em 06 de novembro de 2024.