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Pico da Neblina

O pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, possui uma grande importância ambiental e é um interessante ponto para o turismo de aventura.

Vista do cume do Pico da Neblina *
Vista do cume do Pico da Neblina *
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O Pico da Neblina é uma montanha brasileira localizada no Norte do país, mais precisamente no estado do Amazonas, nas proximidades da fronteira com a Venezuela. É considerado como o ponto mais alto do Brasil (ponto culminante), com uma altitude de 2993 metros acima do nível do mar, segundo o IBGE.

Anteriormente, acreditava-se que a altitude do Pico da Neblina era de 3.014 metros. No entanto, em 2004, novos estudos realizados pelo IBGE, com a utilização de instrumentos tecnológicos de localização geográfica, permitiram a correta metragem, fazendo com que o ponto mais elevado do país “perdesse” cerca de 20 m.

Em virtude da elevada biodiversidade e riqueza do ecossistema da região onde o pico se encontra, houve uma proposta para que a área se transformasse em reserva natural, destinada a estudos científicos e à manutenção de sua paisagem original. Por esse motivo, em 5 de junho 1979 – dia mundial do Meio Ambiente –, foi assinado o decreto de criação do Parque Nacional do Pico da Neblina.

Com uma área de mais de 2 milhões e 200 mil hectares (2.200.000 ha), o parque tornou-se uma das maiores áreas de proteção natural da América do Sul. Quando somado com o Parque Nacional Cerro de la Neblina, posicionado no lado venezuelano da fronteira, o local passa a ser considerado como uma das zonas de maior riqueza natural da América Latina em estado de preservação legal. Aliás, na fronteira exata com a Venezuela encontra-se o Pico 31 de Março, que é apenas 21 metros mais baixo que o Pico da Neblina.

O clima do Pico da Neblina, que abriga a região ao qual ele se encontra, é bastante influenciado pela latitude (proximidade com a Linha do Equador) e pelas variações de altitude. Por esse motivo, há dois tipos climáticos: o tropical úmido e o tropical de altitude.

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Existem três unidades de relevo na região do Pico da Neblina: o Planalto Sedimentar Roraima, o Planalto Amazonas-Orenoco e o Pediplano Rio Branco-Rio Negro. É na primeira que se encontra o Pico da Neblina e também o Pico 31 de Março, sendo uma formação geológica altamente montanhosa, com relevo tabular e com rochas esculpidas pelos ventos e pela água. No Planato Amazonas-Orenoco, observa-se um terreno acidentado com muitas serras, das quais se destacam a Serra do Padre e a de Imeri. Já no pediplano, há um maior aplanamento da superfície, com menores altitudes, com médias de 150 m.

Existem várias espécies animais em vias de extinção nesse parque nacional, o que revela a acentuada biodiversidade local, com espécies como o Galo-da-Campina, a onça-pintada, o tucano-açu, o gavião-pega-macaco e muitos outros animais.

O turismo local, apesar de haver incentivos, não é muito elevado, havendo poucas visitas registradas no parque. O principal problema é a infraestrutura precária, que dificulta as vias de acesso. No entanto, essa parece ser uma boa opção para os “aventureiros” de plantão, uma vez que as trilhas e o transporte por pequenas embarcações oferecem a visão de belos cenários naturais e garantem o ritmo de caminhos com bastante emoção e aventura. O local também costuma ser procurado por alpinistas, que buscam chegar ao cume da montanha mais alta das Américas fora da Cordilheira dos Andes.

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* Créditos da Imagem: Robson Esteves Czaban / Wikimedia Commons


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Pico da Neblina"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/pico-neblina.htm. Acesso em 19 de novembro de 2024.

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