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O Estado do Amazonas atrai interesse mundial, devido à riqueza natural inserida em seu território, no qual se encontra um Patrimônio Natural da Humanidade, a Amazônia.
A partir desse potencial é importante realizar uma abordagem sistemática dos principais elementos do ecossistema amazônico, como relevo, clima, vegetação e hidrografia.
Relevo
A estrutura geológica presente na região da Floresta Amazônica é oriunda de fenômenos geológicos ocorridos ao longo de milhões de anos que consolidou a formação de depressões e planícies, que são características predominantes em praticamente todos estados que fazem parte da Amazônia.
Diante dessas informações, segundo a classificação do Geógrafo Jurandir Ross, o Estado do Amazonas explicita as seguintes variações de relevo:
- Depressão da Amazônia Ocidental.
- Depressão Marginal Norte-Amazônica.
- Depressão Marginal Sul-Amazônica.
- Planaltos Residuais Norte-Amazônicos.
- Planícies do Rio Amazonas.
- Planalto da Amazônia Oriental.
Essa classificação foi concebida por meio de pesquisas realizadas pelo Projeto RAMDAMBRASIL.
A planície do Rio Amazonas possui altitudes que varia de 100 a 200 metros acima do nível do mar e na Depressão Marginal Norte-Amazônica atingem entre 200 e 300 metros.
O Planalto da Amazônia Oriental abrange desde a cidade de Manaus até o Oceano Atlântico situado no Estado do Pará, nesse as altitudes intercalam entre 400 e 500 metros.
No Estado, os lugares de maiores altitudes localizam-se nos Planaltos Residuais Norte-Amazônicos, nesses planaltos as altitudes possuem uma média de 1.200 metros, é justamente nessa porção de relevo que prevalece os pontos mais elevados do Brasil, tais como o Pico da Neblina com 3.014 mil metros e o 31 de março, com 2.992 mil metros, localizados na fronteira com a Venezuela.
Clima
No Brasil, o clima predominante é o tropical, já no Estado do Amazonas o que prevalece é o equatorial, proveniente da proximidade com a linha do Equador.
O clima Equatorial é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, isso é decorrente das altas temperaturas que provocam uma grande evaporação e que mais tarde se transformam em chuvas.
As estações do ano são distintas e uma amplitude térmica anual alta. As chuvas são periódicas e bem distribuídas ao longo do ano.
A temperatura média no Estado atinge 31,4ºC, os índices pluviométricos variam de 1.750 mm e 3.652mm e a umidade relativa do ar anualmente varia de 80 a 90%.
A estação seca decorre em um curto espaço de tempo, nessa época os índices pluviométricos chegam a 60 mm mensais.
Vegetação
Devido à grande quantidade de calor e umidade a cobertura vegetal presente apresenta uma complexa e rica diversidade na composição da flora do Estado do Amazonas.
A Floresta Amazônica, que é considerada a maior do planeta, se encontra no Estado.
Após anos de pesquisas ficou constatado que a Floresta Amazônica sofre variações, portanto, pode ser classificada de acordo com as características particulares de determinados locais, desse modo, os principais tipos de composição vegetativa são Mata de Igapó, Mata de Várzea e Mata de Terra Firme.
De acordo com a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a Floresta Amazônica está classificada em: Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical), Floresta Ombrófila Aberta (Floresta de Transição), Savana, Cerrado, Campo, Campinarana, formações Pioneiras de influência fluvial (vegetação aluvial) e Área de tensão Ecológica.
Hidrografia
O Estado do Amazonas possui em seu território o rio de maior volume de água do mundo, o Amazonas.
O rio Amazonas possui 6.570 quilômetros de extensão, e o volume de 100.000 metros cúbicos. Esse rio nasce na Cordilheira dos Andes no Peru, o Amazonas forma a partir da junção de dois grandes rios, o Solimões e o Rio Negro, após esse processo o rio atinge 10 quilômetros de largura e sua profundidade pode alcançar cerca de 100 metros.
Somente a Bacia do Amazonas representa, aproximadamente, 20% de toda reserva de água doce do mundo.
O Estado do Amazonas é banhado por uma infinidade de rios interligados, formando uma rede hidrográfica integrada, dos quais se destacam os rios Purus, Juruá, Iça, Vapés, Negro, Madeira e Solimões.
A hidrografia do Estado é de extrema importância no transporte hidroviário, economia, atividade pesqueira entre outros.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia