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Termos constituintes da oração são os termos que formam uma oração. Eles podem ser essenciais (sujeito e predicado), integrantes (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva) ou acessórios (aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial). Já o vocativo é um termo independente.
Leia também: Afinal, o que é uma oração na gramática?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre termos constituintes da oração
- 2 - Classificação dos termos constituintes da oração
- 3 - Quais são os termos constituintes da oração?
- 4 - Exercícios resolvidos sobre termos constituintes da oração
Resumo sobre termos constituintes da oração
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Termos constituintes da oração são os termos que formam uma oração.
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Os termos essenciais, integrantes e acessórios são termos constituintes da oração.
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Sujeito e predicado são termos essenciais da oração.
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Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva são termos integrantes da oração.
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Aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial são termos acessórios da oração.
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O vocativo é um termo independente, pois não exerce função sintática.
Classificação dos termos constituintes da oração
Os termos constituintes da oração são os termos que compõem uma oração. Eles são assim classificados:
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Termos essenciais da oração: principais.
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Termos integrantes da oração: complementares.
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Termos acessórios da oração: acompanhantes.
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Termo independente da oração: sem função sintática.
Quais são os termos constituintes da oração?
→ Termos essenciais da oração
◦ Sujeito
O piquenique aconteceu no parque municipal.
O sujeito é o componente da oração com o qual o verbo concorda e pode ser trocado por um pronome do caso reto:
Ele [o piquenique] aconteceu no parque municipal.
◦ Predicado
O piquenique aconteceu no parque municipal.
Choveu no parque municipal.
O predicado é o constituinte da oração que consiste em uma declaração acerca do sujeito ou mesmo em uma oração sem sujeito.
→ Termos integrantes da oração
◦ Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto, pois não apresenta uma preposição. Veja o exemplo:
Lúcia esperou uma resposta.
◦ Objeto indireto
O objeto indireto é o complemento de um verbo transitivo indireto, pois apresenta uma preposição. Veja o exemplo:
Lúcia acreditava em duendes.
◦ Complemento nominal
O complemento nominal completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Veja os exemplos:
Ricardo trouxe notícias de Lúcia.
Lúcia estava segura de sua amizade.
Lúcia estava perto de mim.
◦ Agente da passiva
O agente da passiva indica o elemento que exerce uma ação sobre o sujeito paciente. Veja o exemplo:
Lúcia foi agredida por homens encapuzados.
→ Termos acessórios da oração
◦ Aposto
O aposto acompanha um substantivo, um pronome ou uma oração, estabelecendo diversas relações de sentido. Veja os exemplos:
Edu, o irmão de Sílvio, não sabia o que tinha acontecido.
Edu só queria isto: silêncio e solidão.
Sempre cuidou das plantinhas, o que demonstra sua dedicação.
◦ Adjunto adnominal
O adjunto adnominal acompanha e qualifica ou quantifica o substantivo. Veja o exemplo:
Estes três pequenos botões de ouro são muito valiosos
◦ Adjunto adverbial
O adjunto adverbial indica uma circunstância (tempo, lugar, modo etc.) relacionada ao verbo ou à oração. Veja os exemplos:
Edu cantava alegremente.
Estudou muito.
Para saber mais sobre os termos acessórios da oração, clique aqui.
→ Termo independente da oração
◦ Vocativo
O vocativo é um chamamento ou invocação e aparece seguido de vírgula. Veja o exemplo:
Ione, eu te amo demais!
Exercícios resolvidos sobre termos constituintes da oração
Questão 1
Na oração “Deu Luís um presente ao seu pai”, o substantivo “Luís” exerce a função sintática de
A) sujeito.
B) objeto direto.
C) agente da passiva.
D) complemento nominal.
E) predicado.
Resolução:
Alternativa A.
O substantivo “Luís” é o sujeito da oração, ou seja, é o termo com o qual o verbo concorda. Assim, “um presente” é objeto direto e “ao seu pai” é objeto indireto do verbo “deu”.
Questão 2
(Unimontes)
Nem tudo se pode ver, ouvir ou dizer
Betty Milan
Um músico me escreve contando que pertence a uma grande orquestra, mas não tem prazer no trabalho por causa dos colegas. Não suporta o despotismo, a vaidade, a prepotência, a arrogância e a mania de grandeza de alguns. O convívio com “egos inflados” é demasiadamente penoso, e ele me pergunta o que fazer.
Eu, que sempre faço a apologia do ato generoso da escuta, sugiro ao músico que faça ouvidos moucos. Lembro que ele tem o privilégio de escutar os sons mais sutis e sabe ouvir o silêncio. Não precisa dar ouvidos ao que não interessa. Inclusive porque egos inflados estão em toda parte, e a luta contra eles não leva a nada. Evitar a luta de prestígio é um bem que nós fazemos a nós e aos outros.
Para viver, nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer. Isso é representado, desde a Antiguidade, pelos três macacos da sabedoria. Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos. O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas, e o terceiro a boca. A representação é originária da China. Foi introduzida no Japão, no século VIII, por um monge budista. A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau”. Foi adotada por Gandhi, que levava sempre consigo os três macaquinhos, o cego, o surdo e o mudo — Mizaru, Kikazaru e Iwazaru.
Veja, 12/01/2011.
Marque a alternativa em que o termo da oração iniciada pela preposição “por” ou “pelos” exerce função sintática diferente dos demais, iniciados pela mesma preposição.
A) “Isso é representado, desde a Antiguidade, pelos três macacos da sabedoria.”
B) “Foi introduzida no Japão, no século VIII, por um monge budista.”
C) “Foi adotada por Gandhi...”
D) “...não tem prazer no trabalho por causa dos colegas.”
Resolução:
Alternativa D.
São agentes da passiva: “pelos três macacos da sabedoria”, “por um monge budista” e “por Gandhi”. Já “por causa dos colegas” é um adjunto adverbial de causa.
Fontes
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.
NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1999.
SANTOS, Márcia Angélica dos. Aprenda análise sintática. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.