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Pode ser que não raras as vezes, você, caro(a) usuário(a), já se sentiu questionado(a) acerca do porquê de estudar tantas regras, tantos conceitos, sendo esses manifestados em distintas ocasiões, nos livros didáticos, em se tratando da Educação Básica, bem como em outras, nas quais nos sentimos aguçados em ampliar ainda mais nossos conhecimentos e, para tanto, vamos em busca de uma boa gramática, enfim...
Lá, bem lá nas fontes onde eles se encontram, aparecem de forma fragmentada, dadas as divisões inerentes aos postulados gramaticais, ainda que nem sempre perceptíveis, mas cada fato linguístico se encaixa em uma dessas divisões. Não é à toa que iniciamos lá na Fonologia, perpassamos pela Morfologia, fazemos uma “viagem” pela sintaxe e chegamos ao nosso destino final, deparando-nos com a Estilística, que é exatamente quando estudamos acerca do aspecto denotativo e conotativo da linguagem, cujas abordagens fazem referência às figuras de linguagem.
A princípio, pode ser que para muitos, tantas informações, tantas nomenclaturas, acabam provocando um sentimento de frustração, o que muitas vezes conduzem à própria repulsa pela Língua Portuguesa. Tanto se trata de uma verdade que muitas vezes ao indagarmos a maioria dos alunos acerca da disciplina em questão, as concepções deles advindas não são nada animadoras, digamos assim.
Contudo, apesar de tais contratempos, um fato se torna inquestionável – falarmos e, sobretudo, escrevermos de forma correta é uma postura atribuída a todos nós, falantes desse rico, precioso e belíssimo idioma. Dessa forma, ao apreendermos essa leva de conceitos, mesmo que fragmentada, como antes expresso, estamos nos tornando hábeis, capazes de colocá-los em prática, tanto no que diz respeito à oralidade quanto no que se refere à modalidade escrita, sendo que nessa última os requisitos são ainda mais significativos. Assim, de forma a ilustrarmos essa questão, contextualizando-a em termos práticos, analisemos o enunciado linguístico que segue:
A leitura é indispensável ao aprimoramento da nossa competência linguística.
Por meio de uma análise, de uma leitura mais apurada que fazemos desse enunciado, podemos compará-la a um quebra-cabeça, cujas partes vão se encaixando, uma a uma, de forma a ocupar seu respectivo lugar e contribuir para que o “todo” seja materializado de forma plausível. Dessa maneira, desmembrando cada uma dessas partes e analisando-as sob o aspecto linguístico, temos:
A leitura (artigo+substantivo) = sujeito da oração.
É indispensável (verbo+adjetivo) = predicado nominal, seguido do predicativo do sujeito (indispensável).
Ao aprimoramento da nossa competência linguística
(preposição+substantivo+preposição+pronome possessivo+substantivo+adjetivo)
= complemento nominal.
Tal exemplo nos fez perceber que os aspectos relacionados àquelas divisões de que falamos anteriormente foram materializados, especificamente em se tratando da Morfologia e da Sintaxe e, como não poderia deixar de ser, os aspectos relacionados à Fonologia, que se fazem presentes por meio dos aspectos ortográficos.
Por Vãnia Duarte
Graduada em Letras