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Antes de nos situarmos em relação aos aspectos que norteiam o assunto em questão, recordemos, pois, alguns detalhes sumamente importantes. Tal assunto nos remete a uma das particularidades expressas pela classe gramatical representada pelos verbos – as flexões. Esses, por sua vez, flexionam-se em modo, tempo, pessoa, número e voz. Essa última indica a relação que ocorre entre o sujeito de um verbo e o processo que esse verbo expressa. Assim, de modo a constatarmos como se dá tal ocorrência, analisemos:
O diretor aprovou as medidas socioeducativas.
A oração, quando analisada, demonstra que:
O sujeito é representado por: o diretor
Predicado – aprovou
Objeto direto – as medidas socioeducativas
Temos também que o diretor, além de representar o sujeito, representa o agente do processo, isto é, é ele quem pratica a ação verbal. Mas, afinal, se há “alguém” para executar a ação, há alguém para recebê-la. E quem desempenha esse papel é exatamente “as medidas socioeducativas”, uma vez que representa o termo que indica algo que sofre a ação expressa pelo verbo.
Mediante tais pressupostos, e sobretudo em virtude de o sujeito ser também o agente da ação verbal, dizemos que o verbo está na voz ativa.
Agora, caso quiséssemos transformar a oração para a voz passiva, obteríamos:
As medidas socioeducativas foram aprovadas pelo diretor.
Nesse caso, temos que o sujeito agora é representado por “as medidas socioeducativas” que, diga-se de passagem, classifica-se não mais como agente, mas sim como paciente – razão pela qual dizemos que a oração se encontra na voz passiva. Logo, há que se constatar que “foram aprovadas” é, portanto, uma forma passiva do verbo aprovar.
Remetendo-nos aos nossos conhecimentos anteriormente adquiridos, temos que se trata da voz passiva analítica, formada com o auxílio de um verbo auxiliar conjugado (“foram”), seguido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, expresso no particípio (“aprovadas”).
Após as referidas análises, chegamos enfim ao ponto central de nosso estudo, ou seja, reconhecermos quem realmente é o executor do processo expresso pelo verbo, estando esse na voz passiva. Estamos nos referindo ao agente da passiva que, no exemplo em questão, é representado “pelo diretor”.
Eis que constatamos, enfim, sua real função.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras