A montanha é uma feição de relevo que apresenta extensão superior a 300 metros entre sua base e seu ponto mais elevado, o que faz com que ela se destaque das áreas adjacentes.
As montanhas são formadas principalmente por orogênese na região do encontro de placas tectônicas.
A+
A-
Ouça o texto abaixo!
1x
PUBLICIDADE
Afinal, o que é montanha? Montanha é uma grande elevação na superfície que se destaca das áreas adjacentes por possuir altura (medida da base até o topo) maior do que 300 metros. Esse tipo de feição do relevo tem origem em áreas de encontro de placas tectônicas, sendo a orogenia o principal processo de formação das montanhas. As montanhas apresentam vertentes íngremes e rochosas, e podem ser classificadas em montanhas de dobras, de falhas, vulcânicas ou de erosão. A montanha com maior altitude do mundo é o Monte Everest, cujo pico fica a 8.848,86 metros.
A montanha é uma feição de relevo que apresenta extensão superior a 300 metros entre sua base e seu ponto mais elevado, o que faz com que ela se destaque das áreas adjacentes.
São exemplos de montanhas:
Monte Everest, localizado entre o Nepal e o Tibete e considerada a maior montanha do mundo, com altitude de 8.848,86 metros;
Monte Fuji, montanha do tipo vulcânica e que se tornou símbolo do Japão;
Monte Aconcágua, montanha mais alta do continente americano, localizado na Argentina;
Monte Chimborazo, no Equador, que tem em seu cume o ponto mais distante do centro da Terra devido à sua posição na superfície;
Mauna Kea, montanha localizada no Havaí (Estados Unidos) e que apresenta a maior altura do mundo, que é a distância da base ao topo.
As montanhas são classificadas de acordo com a origem em: montanhas de falha, montanhas de dobra ou montanhas vulcânicas.
Montanhas têm elevação superior à dos terrenos adjacentes. Além de altitude elevada (medida com relação ao nível do mar), sua altura (distância da base ao topo) se destaca e é superior a 300 metros.
Possuem encostas íngremes e formam vales profundos em áreas de cordilheiras, que são conjuntos de montanhas.
As montanhas se formam a partir de processos que acontecem na área de encontro de placas tectônicas, como a orogenia, os falhamentos geológicos e o vulcanismo.
No Brasil, existem, sim, montanhas. Elas são estruturas muito antigas e que sofreram a ação dos agentes intempéricos, motivo pelo qual tem altitudes mais “modestas”.
O Pico da Neblina, localizado no Amazonas, é a maior montanha do Brasil. Sua altitude é de 2.995,3 metros.
Exemplos de montanhas
A montanha é uma feição do relevo que apresenta extensão superior a 300 metros entre sua base e seu ponto mais elevado, o que faz com que ela se destaque das áreas adjacentes. A seguir, veja alguns exemplos de montanhas.
→ Monte Everest (Nepal e Tibete)
O Monte Everest, que tem a feição de uma pirâmide, é a montanha mais elevada do mundo.
O Monte Everest é a montanha mais alta do mundo. Essa montanha faz parte da Cordilheira do Himalaia e fica localizada entre o Nepal e a região autônoma do Tibete, na Ásia. O topo do Monte Everest está a uma altitude de 8.848,86 metros, dado esse que tende a se alterar com o passar do tempo. O Monte Everest fica em uma área tectonicamente ativa, e seu movimento orogenético, que começou há aproximadamente 50 milhões de anos, continua acontecendo. Estima-se que, todos os anos, o Monte Everest ganhe 4 milímetros de altitude.
Para saber mais sobre o Monte Everest, clique aqui.
→ Monte Fuji (Japão)
O Monte Fuji é a montanha mais alta e um dos principais símbolos do Japão.
O Monte Fuji é uma montanha localizada na ilha de Honshu, mais precisamente no Parque Nacional de Fuji-Hakone-Izu, a cerca de 100 quilômetros da região metropolitana de Tóquio, no Japão. Com seu topo coberto com neve permanente, o Monte Fuji é um dos principais símbolos do país, além de ser a sua montanha mais elevada, com altitude de 3.776 metros. Essa importante montanha japonesa é do tipo vulcânica, tendo registrado a sua última erupção no ano de 1707.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
→ Monte Aconcágua (Argentina)
O Monte Aconcágua é a maior montanha do continente americano.
O Monte Aconcágua é parte da Cordilheira dos Andes, uma cadeia montanhosa localizada na América do Sul. Essa montanha em específico fica na província de Mendoza, no oeste da Argentina, na fronteira com o Chile. Trata-se da maior montanha do continente americano, com altitude de 6.962 metros. A montanha está situada em uma região ativa tectonicamente, e acredita-se que sua origem esteja ligada com o vulcanismo nos Andes. Assim como o Monte Everest, o Monte Aconcágua integra o grupo dos sete cumes, que são as maiores montanhas de cada região do planeta.
→ Monte Chimborazo (Equador)
O Monte Chimborazo é a montanha cujo cume está mais distante do centro da Terra.
O Monte Chimborazo é uma montanha de origem vulcânica que também faz parte da Cordilheira dos Andes e fica localizado no território do Equador. Sua altitude é de 6.263 metros e, apesar de ser menor do que o Monte Everest, seu cume consiste no ponto mais distante do centro do planeta Terra em toda a superfície.
Isso acontece por causa da sua localização muito próxima da Linha do Equador, onde existe uma protuberância resultante da combinação entre a força da gravidade e o movimento de rotação que garantem formato geoidal ao planeta. Por essa razão, diz-se também que o Chimborazo é o ponto da superfície que está mais próximo do espaço aberto.
→ Mauna Kea (Havaí)
O Mauna Kea tem a maior altura do mundo, com mais de 10 mil metros entre a base, no fundo do oceano, e o topo.
O Mauna Kea é uma montanha de origem vulcânica localizada no estado do Havaí, que fica no Pacífico Norte e faz parte do território dos Estados Unidos. O ponto mais elevado do Mauna Kea tem altitude de 4.205 metros. Entretanto, essa medida considera somente as terras emersas, ou seja, acima do nível do mar (definição de altitude). Se considerarmos a extensão do Mauna Kea que fica submersa, medindo desde a sua base no oceano até o topo, sua altura supera 10.000 metros.
Tipos de montanha
As montanhas podem ser classificadas de acordo com a sua origem em:
Montanhas de falha: são aquelas que se formam em regiões de falhas geológicas. As falhas têm origem em zonas de encontro de placas tectônicas. Esse encontro causa a liberação intensa de energia e resulta em fraturas na litosfera, que são as falhas. A maneira como esse encontro ocorre pode deixar uma área sobrejacente à outra, como no caso das falhas normais e inversas.
Montanha de dobras: são as montanhas que se formam também em áreas de encontro de placas tectônicas, acontecendo entre uma placa oceânica e uma continental (a exemplo da Cordilheira dos Andes) ou entre o encontro de duas ou mais placas continentais (a exemplo da Cordilheira do Himalaia). A pressão gerada pela colisão entre as duas placas, quando não ocasiona falhas, resulta na formação de dobras e em intensa atividade metamórfica sobre as rochas. Essas dobras são as montanhas.
Montanha vulcânica: são as montanhas derivadas de estruturas vulcânicas que, assim como os tipos anteriormente citados, se desenvolvem no encontro de placas tectônicas. Formam-se comumente a partir do acúmulo de lava vulcânica nas paredes externas do cone, que volta ao seu estado de rocha sólida a partir do resfriamento e faz com que aquela estrutura ganhe altitude e largura.
Montanhas de erosão: são montanhas formadas a partir do contínuo processo de erosão em uma estrutura rochosa.
Características das montanhas
As montanhas se destacam em uma paisagem pela sua altura e, também, pela sua altitude.
As montanhas são um tipo de feição de relevo que tem como principal característica a sua elevação, que é superior à de qualquer terreno adjacente. Portanto, elas são estruturas que possuem altitude bastante acentuada, sendo esta medida com relação ao nível do mar.
A altura das montanhas também é considerada para a sua identificação e corresponde à distância vertical entre a sua base e o seu topo. Para ser classificada como montanha, uma formação deve ter altura superior a 300 metros. Existem casos em que a altura e a altitude de uma montanha é a mesma, a exemplo do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. |1|
Observando algumas das principais montanhas do mundo, podemos notar que parte significativa delas é formada por paredes bastante íngremes. A presença de montanhas em uma área denota um relevo acidentado em que feições como paredões de rocha, torres, domos, hogbacks e mesas podem estar presentes, assim como vales profundos desenvolvidos em áreas de cordilheiras.
Em áreas de montanhas jovens, as forças endógenas do planeta Terra ainda estão ativamente alterando aquela paisagem. Isso significa que algumas montanhas, como vimos ser o caso do Everest, continuam crescendo devido à ação da orogênese. Há, no entanto, montanhas que se sobressaem no relevo de áreas que sofreram intensamente com a ação dos agentes erosivos, como a água e os ventos, e são eles que predominam. Essas são aquelas áreas estáveis tectonicamente, sendo o Brasil o principal exemplo.
Formação das montanhas
A formação das montanhas acontece na área de placas tectônicas convergentes, ou seja, onde elas se encontram. O desenvolvimento das montanhas é mais comum por meio do processo conhecido como orogênese, um termo que, no grego, significa literalmente criação de montanhas. A orogênese acontece quando, no choque de placas, uma se dobra sobre a outra por conta da enorme pressão que é causada nesse limiar. Como adiantamos, o metamorfismo é bastante comum nessa ocasião, resultando na transformação de minerais e na formação de novos tipos de rocha.
A continuidade do movimento de uma placa tectônica em direção a outra mantém a pressão exercida, fazendo com que haja o soerguimento da área. Esse é um processo relativamente recente na história geológica do planeta Terra e deu origem aos dobramentos modernos, que são as grandes cadeias montanhosas que conhecemos mundo afora como a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira do Himalaia. Em alguns cinturões orogenéticos, como são chamados, o soerguimento continua acontecendo até o presente. Existem cinturões que estão inativos há milhões de anos e constituem os chamados dobramentos antigos, sujeitos à ação dos agentes intempéricos.
As Montanhas Rochosas, entre Estados Unidos e Canadá, formaram-se por orogênese.
Quando a pressão exercida entre as rochas é tão intensa a ponto de provocar rupturas na litosfera, que são as falhas geológicas, montanhas podem surgir no bloco que ficou em evidência por uma combinação entre o fato de uma parte das rochas ter ficado em um patamar altimétrico acima das outras e a erosão, que, com o tempo, molda aquela estrutura.
Existem, ainda, outros mecanismos de formação de montanhas. Um deles é o de crescimento de cone vulcânico a partir do derramamento de lava em suas paredes externas, que ganham tanto altitude quanto espessura no decorrer do tempo.
Montanhas no Brasil
Por muitos anos a existência ou não de montanhas no Brasil foi um debate acadêmico que dividiu opiniões entre geógrafos e geólogos. Tomando como referência o critério da altura com relação à base, hoje é amplamente aceito que esse tipo de estrutura está presente e caracteriza o relevo do Brasil.
Como a estrutura geológica do país é muito antiga, entretanto, as montanhas brasileiras apresentam menor altitude do que algumas das principais montanhas sul-americanas, o que se deve à exposição prolongada aos agentes erosivos. A base geológica das montanhas do Brasil é, por isso, chamada de dobramentos antigos e data do período Pré-Cambriano. A título de comparação, os dobramentos modernos surgiram na Era Cenozoica.
A maior montanha do Brasil é o Pico da Neblina, localizado no norte do estado do Amazonas, próximo da fronteira brasileira com a Venezuela. Seu pico está situado a 2.995,3 metros acima do nível do mar.
O Pico da Neblina é a montanha mais elevada do Brasil.[1]
A seguir, conheça as cinco maiores montanhas brasileiras:
Maiores montanhas do Brasil
Montanha
Altitude
Estado
Pico da Neblina
2.995,3 metros
Amazonas
Pico 31 de Março
2.974,2 metros
Amazonas
Pico da Bandeira
2.891,4 metros
Espírito Santo e Minas Gerais
Pedra da Mina
2.798,2 metros
Minas Gerais e São Paulo
Pico das Agulhas Negras
2.791,2 metros
Minas Gerais e Rio de Janeiro
Montanhas no mundo
O mundo tem milhões de montanhas espalhadas pela litosfera. Elas estão localizadas principalmente nas áreas de encontros de placas tectônicas e surgiram a partir da orogênese. As montanhas se distribuem sobre todos os continentes, mas é possível observar uma elevada concentração desse tipo de feição na Ásia. A seguir, conheça as cinco maiores montanhas do mundo:
Maiores montanhas do mundo
Montanha
Altitude
País
Monte Everest
8.848,86 metros
Nepal e Tibete
K2
8.611 metros
Paquistão e China
Kanchenjunga
8.586 metros
Nepal e Índia
Lhotse
8.516 metros
Nepal e Tibete
Makalu
8.485 metros
Nepal e Tibete
As montanhas do mundo são também foram reunidas de acordo com a sua localização e altitude no grupo denominado Sete Cumes, que são as maiores elevações de cada continente e região do planeta Terra, incluindo subcontinentes. Veja a tabela a seguir e conheça a montanha mais alta de cada uma delas:
Sete picos
Montanha
Altitude
Continente ou região
Denali (ou Mount McKinley)
6.190 metros
América do Norte
Aconcágua
6.962 metros
América do Sul
Kilimanjaro
5.895 metros
África
Everest
8.848,86 metros
Ásia
Monte Elbrus
5.642 metros
Europa
Maciço Vinson
4.897 metros
Antártica
Monte Kosciuszko
2.228 metros
Oceania
Diferenças entre montanha, morro, pico e monte
Montanha: grande elevação em um terreno cuja altura é superior a 300 metros.
Morro: elevação modesta em um terreno que tem altura entre 50 e 300 metros.
Pico: ponto de maior elevação em uma montanha, morro ou serra.
Monte: feição topográfica no terreno que se destaca com relação ao entorno pela altura, independente da sua origem e processo de formação|2|.
Exercícios resolvidos sobre montanhas
Questão 1
(Enem)
A cordilheira do Himalaia tem mais de 50 milhões de anos, sendo classificada como a maior cordilheira do planeta. Originário da língua sânscrito, comum na região, seu nome quer dizer “morada da neve”. É possível encontrar nessa cordilheira as quinze maiores montanhas do mundo. Ao todo, existem mais de cem picos, que contam com altitudes bem maiores que 7.000 m. O Everest, considerado o ponto mais alto da Terra, tem nada menos que 8.848 m de altitude, e continua crescendo, aproximadamente, 0,8 mm a cada ano.
Qual dinâmica natural é responsável pelo fenômeno apresentado?
A) Derrame de lava vulcânica.
B) Encontro de placas tectônicas.
C) Ação do intemperismo químico.
D) Sedimentação de erosão eólica.
E) Derretimento de geleiras glaciais.
Resolução:
Alternativa B.
O fenômeno apresentado é a orogênese, que acontece quando há o encontro de placas tectônicas.
Questão 2
(Enem)
A colisão entre uma placa continental e uma oceânica provocará a subducção desta última sob a placa continental, que, a exemplo dos arcos e ilhas, produzirá um arco magmático na borda do continente, composto por rochas vulcânicas acompanhado de deformações e metamorfismo tanto de rochas preexistentes como de parte das rochas formadas no processo.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Qual feição fisiográfica é gerada pelo processo tectônico apresentado?
A) Planícies abissais.
B) Planaltos cristalinos.
C) Depressões absolutas.
D) Bacias sedimentares.
E) Dobramentos modernos.
Resolução:
Alternativa E.
O processo acima descrito dá origem aos dobramentos modernos, que são as maiores montanhas que conhecemos atualmente.
Notas
|1|FARIA, A. P. CLASSIFICAÇÃO DE MONTANHAS PELA ALTURA. Revista Brasileira de Geomorfologia, [S. l.], v. 6, n. 2, 2005. Disponível em: https://rbgeomorfologia.org.br/rbg/article/view/48.
|2|GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário Geológico Geomorfológico. Rio de Janeiro, RJ: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1993. 8. ed.
FARIA, A. P. CLASSIFICAÇÃO DE MONTANHAS PELA ALTURA. Revista Brasileira de Geomorfologia, [S. l.], v. 6, n. 2, 2005. Disponível em: https://rbgeomorfologia.org.br/rbg/article/view/48.
GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário Geológico Geomorfológico. Rio de Janeiro, RJ: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1993. 8. ed.
ROSS, Jurandyr L. Sanches. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2019. 6 ed.
TEIXEIRA, Wilson.; FAIRCHILD, Thomas Rich.; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; TAIOLI, Fabio. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2009, 2ª ed.
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
GUITARRARA, Paloma.
"O que é montanha?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-montanha.htm. Acesso em 26 de março
de 2025.