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Animais extintos são aqueles que desapareceram para sempre do nosso planeta, sendo esse o caso, por exemplo, dos dinossauros e dos mamutes. Animais ameaçados de extinção, por sua vez, são aqueles que, se não forem adotadas medidas de proteção, poderão também desaparecer. Os animais podem ser extintos devido a diferentes causas, como vulcanismo, mudanças climáticas e destruição de hábitats. Atualmente, o ser humano é responsável por provocar a morte de várias espécies devido a seu papel nocivo no meio ambiente.
Leia também: Quais animais correm risco de extinção?
Tópicos deste artigo
- 1 - Lista de animais extintos
- 2 - Afinal, quando um animal pode ser tido como extinto?
- 3 - Causas da extinção de animais
- 4 - Índice de extinção da atualidade
- 5 - Animais extintos no Brasil
- 6 - Animais extintos na natureza e sua reintrodução
- 1) Tartaruga-gigante-de-Galápagos-de-pinta (Chelonoidis abingdonii )
- 2) Foca-monge-caribenha (Neomonachus tropicalis)
- 3) Morcego-da-ilha-Christmas (Pipistrellus murrayi)
- 4) Iguana-da-ilha-Navassa (Cyclura onchiopsis)
- 5) Pomba-de-bico-grosso (Alopecoenas salamonis)
- 6) Rato-de-arroz-jamaicano (Oryzomys antillarum)
- 7) Sapo-arlequim-chiriqui (Atelopus chiriquiensis)
- 8) Cervo-de-Schomburgk (Rucervus schomburgki)
- 9) Lagarto-da-floresta-da-ilha-Christmas (Emoia nativitatis)
- 10) Lobo-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus)
- 11) Pombo-viajante (Ectopistes migratorius)
- 12) Sapo-venenoso-esplêndido (Oophaga speciosa)
- 13) Sapo-dourado (Incílio periglenos)
- 14) Bandicoot-pés-de-porco (Chaeropus ecaudatus)
- 15) Caracara-de-Guadalupe (Caracara lutosa)
- 16) Quagga (Equus quagga quagga)
- 17) Periquito-da-Carolina (Conuropsis carolinensis)
- 18) Warrah (Dusicyon australis)
- 19) Vaca-marinha-de-Steller (Hydrodamalis gigas)
- 20) Dodô (Raphus cucullatus)
- 21) Arau-gigante (Pinguinus impennis)
- 22) Ave-elefante (Aepyornis)
- 23) Auroque (Bos primigenius)
- 24) Mamute (Mammuthus)
- 25) Tigre-dentes-de-sabre
- 26) Gliptodonte — Tatu-gigante
- 27) Sivatherium
- 28) Preguiça-gigante (Megatherium americanum)
- 29) Dinossauros
Lista de animais extintos
1) Tartaruga-gigante-de-Galápagos-de-pinta (Chelonoidis abingdonii )
A espécie foi extinta em 24 de junho de 2021 com a morte de George Solitário, o qual possuía um pouco mais de 100 anos. Apesar de existirem tartarugas com até 50% dos genes dessa espécie, não há mais indivíduos puros.
2) Foca-monge-caribenha (Neomonachus tropicalis)
A foca-monge-caribenha é uma espécie de foca que não é vista desde 1952.
3) Morcego-da-ilha-Christmas (Pipistrellus murrayi)
Essa espécie de morcego foi classificada como criticamente ameaçada em 2006, quando verificou-se um grande declínio da população. A última visualização de um indivíduo da espécie ocorreu em 2009.
4) Iguana-da-ilha-Navassa (Cyclura onchiopsis)
Indivíduos dessa espécie de iguana não são observados desde meados do século XIX.
5) Pomba-de-bico-grosso (Alopecoenas salamonis)
Segundo a IUCN, o último registro é datado de 1927, e pesquisas de 1995 e mais recentes não conseguiram encontrar a espécie.
6) Rato-de-arroz-jamaicano (Oryzomys antillarum)
A espécie não é registrada desde 1877.
7) Sapo-arlequim-chiriqui (Atelopus chiriquiensis)
Considerado extinto, pois nenhum espécime foi observado dede 1996. O fim da espécie relaciona-se com o desenvolvimento de quitridiomicose, uma doença infecciosa causada por fungos.
8) Cervo-de-Schomburgk (Rucervus schomburgki)
A população selvagem dessa espécie de cervo acabou por volta de 1932, e o último indivíduo morreu em 1938.
9) Lagarto-da-floresta-da-ilha-Christmas (Emoia nativitatis)
A espécie foi vista na natureza pela última vez em 2010, com a morte do último indivíduo ocorrendo em 2014. A causa da extinção da espécie está relacionada com a introdução de espécies exóticas em seu habitat.
10) Lobo-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus)
A espécie foi declarada extinta em 1986. A extinção relaciona-se com a caça desse animal pelos humanos, que os matavam como forma de proteger seus rebanhos, com a competição com cães introduzidos e com as doenças transmitidas por eles.
11) Pombo-viajante (Ectopistes migratorius)
A espécie foi extinta devido à caça e destruição do habitat. O último registro da espécie, que ocorria na América do Norte, é de 1910.
12) Sapo-venenoso-esplêndido (Oophaga speciosa)
A espécie está descrita como extinta, pois tem sido amplamente procurada em sua área de vida e não foi mais observada. A espécie era endêmica do Panamá.
13) Sapo-dourado (Incílio periglenos)
A espécie, apesar de extensas pesquisas em seu habitat, não foi mais registrada desde 1989. O sapo-dourado era encontrado apenas na Reserva Biológica Monteverde, na Costa Rica.
14) Bandicoot-pés-de-porco (Chaeropus ecaudatus)
O último espécime desse marsupial foi coletado em 1901. A extinção da espécie coincidiu com a disseminação dos europeus pela Austrália.
15) Caracara-de-Guadalupe (Caracara lutosa)
A espécie foi extinta em 1900, e sua extinção relaciona-se com a caça e também com a ação de colecionadores.
16) Quagga (Equus quagga quagga)
Trata-se de uma subespécie da zebra que teve seu último espécime selvagem morto a tiros em 1878. Em cativeiro, o último quagga morreu em 1883.
17) Periquito-da-Carolina (Conuropsis carolinensis)
A espécie ocorria no sudeste dos Estados Unidos, e sua extinção relaciona-se com a perseguição humana. Os últimos registros são de 1910.
18) Warrah (Dusicyon australis)
A espécie era encontrada nas ilhas Malvinas e, devido à perseguição dessa população ao longo de 1800, tornou-se extinta. O último indivíduo foi morto, provavelmente, em 1876.
19) Vaca-marinha-de-Steller (Hydrodamalis gigas)
Acredita-se que o gênero se extinguiu em 1768. A espécie era encontrada no mar de Bering.
20) Dodô (Raphus cucullatus)
Os últimos indivíduos foram mortos em 1662, e sua extinção está relacionada com a caça por colonos e a predação dos ninhos da espécie por porcos introduzidos. A espécie era endêmica de Maurício.
21) Arau-gigante (Pinguinus impennis)
A espécie entrou em extinção devido à grande caça pelos seres humanos, que buscavam carne, óleo e penas. O último espécime foi visto em 1852.
22) Ave-elefante (Aepyornis)
A ave-elefante vivia em Madagáscar, e não se sabe exatamente quando a extinção desses animais ocorreu, mas acredita-se que a última dessas aves morreu antes de 1600.
23) Auroque (Bos primigenius)
Trata-se de um bovino selvagem que habitava a Europa e foi descendente da maioria das raças de gado que conhecemos hoje. O último auroque morreu em 1627.
24) Mamute (Mammuthus)
Mamutes viveram durante a Idade do Gelo, e acredita-se que uma associação entre mudanças climáticas e a caça levaram esses animais à extinção. Além disso, estudos demonstram que esses animais acumularam uma grande quantidade de mutações deletérias (mutações desfavoráveis) em suas últimas populações, favorecendo a morte em eventos de curto prazo.
25) Tigre-dentes-de-sabre
Eram animais típicos da fauna pleistocênica (animais que viveram durante o Pleistoceno, como o mamute) que se caracterizaram pelos seus grandes caninos. Os mais conhecidos dentes-de-sabre são os do gênero Smilodon. A sua extinção está relacionada com a extinção da megafauna, isto é, a extinção das espécies animais de grandes proporções que viviam no Pleistoceno, o que levou as presas desses animais à extinção e, consequentemente, eles próprios.
26) Gliptodonte — Tatu-gigante
O tatu-gigante se extinguiu há cerca de 10.000 anos, junto de grande parte da megafauna pleistocênica. A extinção desses animais é associada a mudanças climáticas e ação humana.
27) Sivatherium
O animal, que é um parente da girafa, pode ter vivido até cerca de 5.000 anos atrás. Fósseis desses animais foram encontrados em toda a Ásia, Europa e África.
28) Preguiça-gigante (Megatherium americanum)
Esse animal era uma preguiça gigante que viveu durante o Pleistoceno. As preguiças-gigantes, provavelmente, se extinguiram há cerca de 8.000 a 10.000 anos e eram encontradas na América do Sul.
29) Dinossauros
Quando falamos de dinossauros, não nos referimos apenas a uma espécie de animal, e sim de um grupo de animais terrestres que viveu durante a era Mesozoica. Tiranossauros, estegossauros e velociraptores são exemplos de dinossauros. A teoria mais conhecida e aceita para explicar a extinção dos dinossauros é a da queda de um meteorito em nosso planeta há cerca de 66 milhões de anos.
Leia também: Eras geológicas — a subdivisão do tempo geológico
Afinal, quando um animal pode ser tido como extinto?
Animais extintos são animais que não existem mais em nosso planeta. Esse é o caso, por exemplo, dos dinossauros e mamutes. Quando dizemos que um animal está ameaçado de extinção, estamos nos referindo, portanto, às espécies que, caso medidas de proteção não forem tomadas, poderão desaparecer para sempre.
Além das espécies ameaçadas de extinção e as espécies já extintas, temos uma categoria conhecida como “espécies extintas na natureza”. Nesse caso, essas espécies ainda são observadas em cativeiro, por exemplo, porém não são encontradas mais em seu ambiente natural.
Vale destacar que determinar se uma espécie está ou não extinta não é tarefa fácil. Isso se deve ao fato de que muitas espécies passam décadas sem serem avistadas na natureza e, posteriormente, são vistas novamente. Sendo assim, o status de conservação de uma espécie está em constante atualização.
Causas da extinção de animais
Várias são as causas que podem levar uma espécie à extinção, sendo algumas delas naturais e outras resultado da ação do homem. Algumas dessas causas são:
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erupções vulcânicas;
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queda de meteoritos;
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elevação do nível dos mares;
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alterações na tectônica de placas;
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destruição de hábitats;
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caça e pesca predatórias;
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mudanças climáticas;
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introdução de espécies invasoras.
Algumas espécies desaparecem de maneira progressiva ao longo do tempo, sendo esse tipo de extinção conhecido como extinção de fundo. Em alguns casos, no entanto, a extinção ocorre de maneira rápida e leva uma grande quantidade de organismos à morte, sendo esse tipo de extinção chamado de extinção em massa. São reconhecidas pelo menos cinco grandes extinções em massa (Big Five): as que ocorreram no Ordoviciano (há cerca de 440 milhões de anos), no Devoniano (365 milhões de anos), no Permiano (250 milhões de anos), no Triássico (215 milhões de anos) e no Cretáceo-Paleógeno (65 milhões de anos).
Dentre as cinco maiores extinções em massa destaca-se a do fim do período Permiano como o maior evento de extinção. Essa grande extinção foi responsável por eliminar 95% das espécies marinhas existentes na época. Apesar de a extinção do Permiano ser a maior, a mais conhecida é, sem dúvida, a ocorrida no Cretáceo, na qual os dinossauros foram dizimados.
Vale destacar que os cientistas acreditam que atualmente estamos vivendo a sexta crise de extinção. Isso se deve ao fato de que atualmente estamos vivenciando uma grande perda de biodiversidade ocasionada, principalmente, pelas atividades humanas.
Índice de extinção da atualidade
Nosso planeta é rico em biodiversidade, existindo milhares de espécies diferentes catalogadas e tantas outras que ainda não conhecemos. Infelizmente, o índice de extinção que vivenciamos na atualidade é muito alto, o que faz com que várias espécies de animais, plantas e outros organismos vivos sejam extintas anualmente.
De acordo com o WWF (World Wildlife Fund — Fundo Mundial Para a Natureza), especialistas estimam que entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies são extintas por ano. Desse modo, de acordo com a organização, “se considerarmos que a menor estimativa do número de espécies como verdadeira (isto é, que existem mais ou menos 2 milhões de espécies diferentes em nosso planeta), isso significa que todo ano ocorrem entre 200 e 2.000 extinções”.
Confira no nosso podcast: Sustentabilidade, degradação ambiental e a responsabilidade humana
Animais extintos no Brasil
Conheça a seguir algumas espécies que eram encontradas em território nacional, entretanto, atualmente são classificadas como extintas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
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Limpa-folha-do-Nordeste (Philydor novaesi): espécie de ave endêmica do Brasil que não é registrada desde 2011. A espécie foi extinta devido, dentre outros fatores, à destruição do seu habitat.
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Phrynomedusa fimbriata: trata-se de uma perereca que ocorria no estado de São Paulo. A espécie é considerada extinta, pois não foi avistada por mais de 80 anos.
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Noronhomys vespuccii: roedor extinto endêmico da ilha de Fernando de Noronha. Essa espécie é conhecida apenas por fósseis, e estudos mostram que ela viveu até depois de 1500 d.C.
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Rhantus orbignyi: espécie de escaravelho que era encontrada na Argentina e Brasil.
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Megalobulimus cardosoi: espécie de gastrópode que era endêmica do Brasil.
Animais extintos na natureza e sua reintrodução
Como salientado anteriormente, algumas espécies de animais deixaram de existir em seu habitat, sendo consideradas extintas na natureza. Segundo a IUCN, uma espécie está extinta na natureza quando é observada sua sobrevivência apenas em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição natural. A existência de indivíduos em cativeiro torna possível a reprodução e a reintrodução dessas espécies em seu ambiente natural, evitando sua extinção.
A reintrodução de animais extintos na natureza, no entanto, não é uma tarefa simples e envolve uma série de etapas. É preciso avaliar, por exemplo, quais os impactos que aquela espécie pode causar no ambiente se for novamente inserida naquele local. Quanto mais tempo se passou desde a extinção do animal, menor a chance de sucesso em sua reintrodução. É preciso avaliar também se o fator que levou aquele animal à extinção poderá causar a sua extinção novamente.
Um caso recente e muito conhecido é da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). A espécie foi considerada extinta na natureza nos anos 2000, e, desde então, uma série de pesquisadores luta para garantir a reintrodução da espécie ao seu habitat natural. A volta desses animais à Caatinga do Nordeste brasileiro ocorreu em junho de 2022.