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Ilhas Malvinas

As Ilhas Malvinas formam uma região que, apesar de territorialmente pequena, envolve uma disputa entre dois países: Argentina e Reino Unido.

Bandeira do Reino Unido em uma das ilhas das Malvinas
Bandeira do Reino Unido em uma das ilhas das Malvinas
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As Malvinas – ou Falklands, em inglês – são um arquipélago composto por cerca de 200 ilhas localizadas na América do Sul, a menos de 500 km a sudeste da Argentina, compondo um território administrado pelo Reino Unido, mas que possui um relativo grau de autonomia, com uma área de 12.175 km² e com uma população pouco superior a três mil habitantes. Essa área é comumente conhecida pelas disputas que envolvem Inglaterra e Argentina, países que reivindicam para si o domínio sobre esse território.

As Malvinas são formadas por duas ilhas principais, chamadas de Falkland Ocidental e Falkland Oriental. Possui altitudes relativamente homogêneas com a presença de algumas colinas nas áreas centrais. A capital desse território – e também a única cidade – é o município de Stanley.

A economia local gira em torno da agropecuária, além do fato de a região apresentar uma elevada potencialidade pesqueira, utilizada por navios e organismos estrangeiros mediante o pagamento de taxas e impostos, que ajudam a abastecer a economia local. A moeda corrente é a Libra Malvinense, muito semelhante à Libra Esterlina inglesa.

Por não possuir nenhum sistema industrial, praticamente todos os produtos secundários da região são importados. A maior parte dessas importações advém da Inglaterra, mas também há uma ampla relação comercial com os Estados Unidos e a Holanda.

No ano de 1982, o governo argentino, comandado pelo ditador Leopoldo Galtieri, invadiu as ilhas Malvinas e alegou que elas pertenciam ao país sul-americano, acreditando que seria apoiado pelos Estados Unidos de forma que não teria uma grande reação do governo inglês. No entanto, a Primeira-Ministra Margareth Thatcher enviou uma grande quantidade de tropas e, em dois meses, conseguiu vencer uma das guerras mais curtas, porém mais sangrentas, do século XX.

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Esse evento contribuiu para a queda do ditador argentino, que foi substituído por um governo civil, e colaborou para o aumento da popularidade de Thatcher, que conseguiu se reeleger nas eleições seguintes. No entanto, o governo argentino nunca reconheceu totalmente a legitimidade da ocupação inglesa nas Malvinas.

Em 1999, estudos geológicos detectaram a existência de petróleo, fato que vem, desde então, contribuindo para acirrar as desavenças diplomáticas entre os dois países sobre essa questão. Em 2012, a presidente argentina, Cristina Kirchner, intensificou os discursos e as pressões internacionais para a Inglaterra abrir uma rodada de negociações sobre a posse do território das Malvinas.

A Argentina reivindica o território das Malvinas
A Argentina reivindica o território das Malvinas

Em decorrência da ofensiva da Argentina no âmbito político, os ingleses realizaram um referendo consultando a população das Ilhas Falklands sobre a aprovação ou não do domínio britânico sobre a ilha, cujo resultado foi de 98,8% de votos favoráveis. No entanto, o governo argentino afirmou que o referendo foi ilegal sob a argumentação de que se trata de uma popularidade falsa, haja vista que a maior parte da população é de descendência inglesa em função do fato de os argentinos terem sido expulsos do arquipélago durante o século XIX.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Ilhas Malvinas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ilhas-malvinas.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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