PUBLICIDADE
Reino Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Gênero Ectopistes
Espécie Ectopistes migratorius
O pombo viajante, Ectopistes migratorius, foi uma espécie de ave que viveu na América do Norte e que, segundo alguns pesquisadores como John Audubon, um dos fundadores da ornitologia (ciência que estuda as aves), era a ave mais abundante do planeta.
No verão eram frequentes no leste das montanhas rochosas; e no inverno, se dirigiam para o sul dos Estados Unidos, escurecendo o céu enquanto passavam, por horas ou mesmo dias. Para se ter ideia, existem registros de bandos de aproximadamente dois bilhões de aves, que ocuparam uma área de 1,5 quilômetros de largura, e 500 de comprimento, ao migrarem nesta época do ano.
Esta ave, de plumagem de cores azul, vermelho e branca, e peito alaranjado; colocava seus ninhos, contendo apenas um ovo, próximos um ao outro. Assim, não era raro encontrar árvores completamente ocupadas por ninhos, com extensões que alcançavam algumas milhas.
Com a expansão americana rumo ao oeste, a carne destas aves passou a ser popularmente considerada como uma excelente iguaria; e sua caça e coleta de ovos viraram hábito comum entre amigos e familiares. Assim, durante aproximadamente quarenta anos, esta espécie foi duramente perseguida. Devido a estes fatores, e à falta de alimentos por perda de habitats, o pombo viajante foi completamente extinto da natureza em 1900.
A partir daí, estes indivíduos eram vistos apenas em jardins zoológicos, com grande dificuldade de reprodução. O último exemplar vivo, uma fêmea chamada Martha, morreu em setembro de 1914, no Zoológico de Cincinnati (EUA), marcando definitivamente o desaparecimento da espécie. Hoje se encontra taxidermizada, no Smithsonian's National Museum of Natural History (Washington - EUA), para exibição pública.
A história dos pombos viajantes é, talvez, o caso mais dramático de extinção que temos como exemplo, por se tratar de uma situação na qual uma espécie de abundância extrema foi exterminada devido ao pensamento humano de que tudo na natureza é inesgotável e pode ser explorado a seu bel-prazer.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Veja mais!
Seção "Animais extintos"