PUBLICIDADE
Placas tectônicas são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar umas das outras.
A movimentação das placas resulta na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis.
Tópicos deste artigo
- 1 - Teoria das Placas Tectônicas
- 2 - Principais placas tectônicas
- 3 - Tipos de placas
- 4 - Mapa Mental: Placas Tectônicas
- 5 - Por que as placas tectônicas movimentam-se?
- 6 - Movimentos das placas tectônicas
- 7 - Limites das placas tectônicas
- 8 - Placas no Brasil
Teoria das Placas Tectônicas
Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas.
A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado.
Principais placas tectônicas
O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas.
Veja a seguir as características de algumas das principais placas tectônicas que formam nosso planeta:
Placa tectônica |
Localização |
Placa Sul-Americana |
Abrange a América do Sul e estende-se até a Dorsal Mesoatlântica. Sua fronteira leste faz limite divergente com a Placa Africana; ao sul, faz limite com a Placa Antártica e com a Placa Scotia; a oeste, faz limite convergente com a Placa de Nazca; e ao norte, limita-se com a Placa Caribenha. |
Placa de Nazca |
Localiza-se à esquerda da Placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas formou a Cordilheira dos Andes. |
Placa do Pacífico |
Abrange boa parte do Oceano Pacífico. Limita-se ao norte com a Placa do Explorador, com a Placa Juan de Fuca e com a Placa de Gorda. Seu limite com a Placa Norte-Americana resultou na falha de San Andres. |
Placa Euro-Asiática |
Abrange parte da Eurásia e limita-se com a Placa Africana e a Placa da Índia. Separa-se da Placa Norte-Americana pela Dorsal Mesoatlântica. |
Tipos de placas
-
Oceânicas: encontram-se no assolho oceânico.
-
Continentais: situam-se sob os continentes.
-
Oceânicas e continentais: situam-se sob o continente e no assoalho oceânico.
Mapa Mental: Placas Tectônicas
*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!
Por que as placas tectônicas movimentam-se?
Os movimentos realizados pelas placas tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas existentes no interior da Terra.
A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, camada da Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto em correntes de convecção. Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da Terra) para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à junção ou à separação dos continentes.
Leia também: Camadas da Terra
Movimentos das placas tectônicas
A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes.
Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão.
Limites das placas tectônicas
Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo.
Leia também: Qual é a relação entre vulcanismo e placas tectônicas?
1) Limite divergente
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho.
A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia.
2) Limite convergente
No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.
Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas.
Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.
3) Limite transformante
No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas.
Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
Placas no Brasil
O Brasil situa-se no centro da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura. Essa placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico.
Por estar localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa.
Saiba mais: Vulcanismo no Brasil
Fontes
UNIFAP. Tectônica de Placas. Disponível em: http://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2013/11/Tectonica-de-Placas.pdf.
PLANETA TERRA INFO. Placas tectônicas. Disponível em: http://planeta-terra.info/placas-tectonicas.html.
CÂNDIDO. Sarah Mendonça do Vale. A Tectônica de Placas e O Relevo Terrestre: o jogo didático como recurso no ensino-aprendizagem de geociências. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3603/1/2011_SarahMendoncadoValeCandido.pdf.
Por Rafaela Sousa
Professora de Geografia