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Meteorito

Meteorito é um material sólido vindo do espaço que atinge a superfície terrestre. Pode-se dizer que ele é um fragmento de meteoro que não se desintegrou na atmosfera.

Meteoritos são fragmentos de asteroides, cometas e outros corpos celestes que conseguiram atravessar a atmosfera planetária e atingir a superfície.
Meteoritos são fragmentos de asteroides, cometas e outros corpos celestes que conseguiram atravessar a atmosfera planetária e atingir a superfície.
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Meteorito é o nome dado ao fragmento sólido (rocha, comumente) oriundo do espaço que atravessa a atmosfera e chega até a superfície de um planeta ou lua. Ele é derivado de asteroides, cometas e planetas e é classificado, conforme sua composição, em rochoso, ferroso ou ferroso rochoso.

Observa-se uma crosta de fusão em seu exterior devido ao atrito com a atmosfera, bem como fraturas e cavidades. Ele pode ter desde o tamanho de um grão de areia até vários metros de diâmetro, com peso que chega a dezenas de toneladas. O meteorito mais pesado já encontrado tem 60 toneladas e está localizado na Namíbia. De modo geral, meteoritos podem ser encontrados em qualquer lua ou planeta do Sistema Solar.

Veja também: Quais são os planetas do Sistema Solar?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre meteorito

  • Meteorito é uma rocha ou metal que consegue atravessar a atmosfera de um planeta ou lua e chegar até a sua superfície.
  • Trata-se de um fragmento de meteoro que não se desintegrou e atingiu o solo.
  • É formado por fragmentos de asteroides, principalmente, mas também de cometas e outros corpos celestes.
  • Possui uma camada externa chamada de crosta de fusão, que lhe confere uma cor escura.
  • Observa-se também a presença de fraturas e cavidades em seu exterior.
  • O tamanho e o formato dos meteoritos não são regulares.
  • Meteoritos são classificados em rochosos, ferrosos ou ferrosos rochosos, conforme a sua composição.
  • A maioria dos meteoritos já encontrados é de natureza rochosa.

O que é um meteorito?

Os meteoritos são rochas ou materiais sólidos (como metais) oriundos do espaço que conseguem atravessar a atmosfera e chegar até a superfície. Eles ocorrem em qualquer planeta ou lua do Sistema Solar, não sendo um fenômeno exclusivo do planeta Terra.

Em outras palavras, podemos dizer que o meteorito é um meteoro que não se desintegrou por completo durante sua trajetória pela mesosfera, camada da atmosfera em que esse fenômeno ocorre. Dessa forma, eles conseguem atingir a superfície do planeta ou satélite.

Os meteoritos possuem formas e tamanhos variados, embora tenham uma aparência bastante característica, devido ao seu atrito com o material presente na atmosfera.

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Qual a origem do meteorito?

Uma rocha espacial recebe o nome de meteoroide antes de entrar na atmosfera para, depois, se tornar um meteorito, que representa a última fase da trajetória desse material sólido pelo espaço.|1| Um meteoroide consiste em um fragmento sólido que se desprendeu de um corpo celeste. Assim, ele pode ser derivado de um(a):

  • cometa;
  • asteroide;
  • lua (como a própria lua terrestre);
  • planeta.

Quando os meteoroides adentram a atmosfera da Terra, por exemplo, eles estão em altíssima velocidade, em média 72 km/s, o que provoca atrito com os materiais que a compõem. Esse atrito produz a incandescência que é típica dos meteoros. Esse fenômeno astronômico é popularmente conhecido como estrela cadente. A maioria dos meteoros se desintegra completamente na mesosfera, camada intermediária da atmosfera.

De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, geralmente os meteoritos que atingem o solo possuem apenas 5% do seu tamanho original, em decorrência dos processos que descrevemos anteriormente.

Características do meteorito

Hoje, sabe-se que a maioria dos meteoritos encontrados na Terra são oriundos de asteroides, e uma parcela pequena deles tem origem marciana ou lunar. As características do material, como a sua composição mineral, são as mesmas do corpo celeste de origem, podendo ele ser ferroso, rochoso ou híbrido. Abordaremos com mais detalhes os diferentes tipos de meteoritos e a sua composição na sequência.

O formato e o tamanho dos meteoritos não são regulares. Entre 98 e 99% de todos os meteoritos que chegam até a superfície terrestre têm o tamanho variando entre um grão de areia (chamados de micrometeoritos) e um seixo, que é uma pequena rocha que chega até aproximadamente 6,5 cm de diâmetro.

Ainda assim, há muitos registros de meteoritos maiores, medindo de dezenas de centímetros a metros de diâmetro. A queda de um meteorito de grandes dimensões provoca o aparecimento de crateras na superfície, chamadas de crateras de impacto. Acredita-se ser essa a origem de muitas das crateras presentes na lua.

Amostra de meteorito.
O atrito produzido pela entrada de meteoritos em alta velocidade na atmosfera causa a sua combustão, por isso eles possuem uma crosta de fusão.

O exterior de um meteorito é caracterizado pela crosta de fusão. Essa camada externa é formada pela combustão resultante do atrito entre a superfície rochosa e os materiais presentes na atmosfera. A crosta de fusão possui uma coloração escura e um brilho aparente. A sua superfície pode ser lisa ou áspera e apresentar ainda:

  • fraturas;
  • cavidades;
  • impressões decorrentes do contato dos elementos que compõem a rocha com a atmosfera.

Interessante: Um meteorito é comumente muito mais pesado do que uma rocha comum, aspecto importante que ajuda no momento de sua identificação.

Leia também: Por que o homem ainda não voltou à Lua?

Tipos de meteorito

Os meteoritos são classificados conforme a sua composição em três tipos.

→ Meteoritos rochosos

Meteoritos rochosos são formados predominantemente por rochas silicatadas, isto é, que possuem silicato em sua composição. São o tipo mais comum de meteoritos encontrados na superfície terrestre, compreendendo mais de 90% deles. Dividem-se em dois tipos:

  • Condritos

Dentre os meteoritos rochosos, os condritos são o principal tipo de meteoritos identificados na Terra. Eles são compostos por pequenas partículas de poeira e outros materiais que constituem os asteroides, além de possuírem côndrulos, que são esferas minúsculas de material silicatado (ou lava solidificada). Alguns apresentam carbono em sua composição. Sua formação é muito antiga, datando de 4,5 bilhões de anos, aproximadamente. Constituem cerca de 86% dos meteoritos encontrados no nosso planeta.

  • Acondritos

Acondritos não apresentam côndrulos e têm a mesma idade aproximada que os condritos. Eles são formados comumente a partir da camada mais externa e frágil dos asteroides, sendo mais raros de se encontrar.

→ Meteoritos ferrosos

Meteoritos ferrosos possuem ferro e níquel em sua composição e, por essa razão, são muito pesados.

→ Meteoritos ferrosos rochosos

Meteoritos ferrosos rochosos possuem quantidades semelhantes de minerais silicatados e metais em sua composição, especialmente ferro e níquel.

Diferenças entre meteorito, meteoro, asteroide e cometa

Os meteoros e meteoritos constituem etapas distintas da trajetória de fragmentos de asteroides e cometas que viajam pelo espaço e entram na atmosfera. Vejamos as principais diferenças entre esses corpos celestes.

  • Meteorito: fragmento de rocha ou metal que atravessou a atmosfera e atingiu o solo.
  • Meteoro: fenômeno astronômico derivado do atrito entre os componentes de um meteoroide (material sólido que viaja pelo espaço) e a atmosfera, gerando a incandescência que o torna visível a olho nu. É chamado também de estrela cadente. Essas rochas ou metais comumente se desintegram completamente na mesosfera. Quando isso não acontece e parte delas chega até a superfície, recebem o nome de meteorito.
  • Asteroide: corpos rochosos de tamanho intermediário entre um planeta e um meteoroide, com diâmetro que varia de metros a algumas centenas de quilômetros. Realizam órbita em torno do Sol.
  • Cometa: pequeno corpo celeste formado por gelo e outros detritos, como poeira, constituído por um núcleo denso, uma nebulosa formada por gases e gelo e uma cauda. Também orbita o Sol.

Saiba mais: Curiosidades sobre o Sistema Solar

Meteoritos já encontrados

Estima-se que 60 mil meteoritos já foram encontrados na superfície terrestre. Todos os dias, milhares desses corpos com dimensões muito pequenas, os micrometeoritos, caem na litosfera. Comparativamente, poucos foram aqueles que provocaram impactos de grandes proporções, mas aqueles que o fizeram deixaram um enorme rastro de destruição no planeta.

O principal exemplo é o meteorito que caiu na Terra há aproximadamente 65 milhões de anos e causou a extinção dos dinossauros e de aproximadamente três quartos da vida no planeta. Sua cratera de impacto se chama Chicxulub, possui 300 km de diâmetro e está localizada na região da Península de Iucatã, no Golfo do México|2|.

O meteorito mais antigo já encontrado na Terra tem idade superior à do próprio planeta. Ele caiu no deserto do Saara, na Argélia, no ano de 2020, e recebeu o nome de Erg Chech 002 (EC 002). Trata-se de um fragmento de um protoplaneta que se formou há quase 4,6 bilhões de anos.

Meteorito Hoba, encontrado na Namíbia.
Meteorito Hoba, encontrado na Namíbia.

Em termos de dimensões, o maior meteorito encontrado recebeu o nome de Hoba e foi descoberto no ano de 1920, na Namíbia. O peso estimado desse bloco rochoso é de 60 toneladas, com medidas de 2,7 metros de comprimento por 2,4 metros de largura. Em função do seu peso, ele permanece no lugar onde caiu. O segundo maior meteorito já encontrado, Gancedo, possui a metade do peso do Hoba e foi descoberto na Argentina em 2016.

→ Meteoritos no Brasil

Foram catalogados, até hoje, 80 meteoritos no Brasil, mais da metade de composição rochosa. O primeiro a ser encontrado em solo brasileiro é chamado de Bendegó e foi descoberto no ano de 1784 nas proximidades de Monte Santo, no estado da Bahia.

O nome foi dado em referência ao riacho próximo do qual ele foi encontrado. Um adolescente de 15 anos realizava pastoreio de gado quando fez a descoberta. O meteorito Bendegó pesa 5,6 toneladas e é formado essencialmente por ferro e níquel. Ele ficava em exposição no Museu Nacional, na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1816, uma chuva de meteoritos atingiu residências no Rio Grande do Norte, no Nordeste do país. Uma evidência desse evento é o meteorito Macau, de 1,5 kg, que caiu na cidade de mesmo nome. Trata-se do segundo meteorito encontrado no Brasil.

No ano de 1921, foi descoberto o segundo maior meteorito brasileiro, localizado na atual cidade de Luziânia, em Goiás, que à época se chamava Santa Luzia. O meteorito Santa Luzia pesa 1,9 toneladas e é uma das peças do Museu Nacional. Outro meteorito de quase 2 toneladas foi encontrado em 1992, também em território goiano, dessa vez no município de Campinorte.

O meteorito mais recente foi encontrado por um morador de Patos de Minas, em Minas Gerais, em dezembro de 2021, após o avistamento de um meteoro na região do Triângulo Mineiro.

Notas

|1| NATIONAL GEOGRAPHIC. Encyclopedic entry: Meteorite. Disponível aqui.

|2| NASA SCIENCE. Meteors & Meteorites. Disponível aqui.

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Meteorito"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/meteorito.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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