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Meteoro

Meteoro é um fenômeno de luz causado pelo atrito entre um corpo que entra em alta velocidade na atmosfera e os gases presentes na mesosfera. É a chamada estrela cadente.

Um meteoro consiste em um fenômeno luminoso provocado pela entrada de um corpo em alta velocidade na atmosfera terrestre.
Um meteoro consiste em um fenômeno luminoso provocado pela entrada de um corpo em alta velocidade na atmosfera terrestre.
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Meteoro é um fenômeno luminoso resultante da entrada de fragmentos de um corpo celeste na atmosfera. O atrito desse material sólido em alta velocidade com os gases da atmosfera faz com que ele se torne incandescente e deixe um rastro luminoso nos céus. Por essa razão, recebe também o nome de estrela cadente. A maioria dos meteoros se desintegra antes de chegar à superfície da Terra. Aqueles que conseguem chegar ao solo são chamados de meteoritos.

Leia também: 8 curiosidades sobre o Sistema Solar

Tópicos deste artigo

Resumo sobre meteoro

  • Meteoro é um fenômeno luminoso causado pelo atrito entre um corpo celeste e os gases da atmosfera. Na Terra, ele se forma na camada da mesosfera.
  • É chamado também de estrela cadente, visível a olho nu.
  • Quando ultrapassa a atmosfera e atinge o solo, recebe o nome de meteorito.
  • Os sólidos que dão origem aos meteoros podem ser rochosos (aerólitos), metálicos (sideritos) ou mistos (siderólitos).
  • As chuvas de meteoros acontecem quando um número muito elevado de fragmentos entra na atmosfera terrestre, formando várias estrelas cadentes ao mesmo tempo.

O que é um meteoro?

Meteoro é o termo utilizado para designar todo fenômeno luminoso que decorre da entrada de  matéria na atmosfera do planeta Terra ou qualquer outro planeta. Tal fenômeno é comumente associado aos meteoros sólidos — fragmentos de cometas ou asteroides que recebem esse nome quando se aproximam da superfície terrestre.

Em função da luminosidade gerada a partir do seu contato com os componentes da atmosfera, e que os torna visível a olho nu, os meteoros são chamados de estrelas cadentes. A palavra meteoro é derivada do grego metéōros, que significa “fenômeno no céu”.

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Formação do meteoro

O meteoro propriamente dito começa a se formar a partir do momento em que ele ingressa na atmosfera terrestre. Pensando nos meteoroides, materiais sólidos que darão origem ao meteoro, sabemos que eles viajam em alta velocidade pelo espaço. Quando eles penetram na atmosfera do planeta, há um atrito com os gases e elementos que compõem esse invólucro, o que faz com que eles entrem em combustão e produzam a incandescência característica do fenômeno.

A formação dos meteoros se dá na mesosfera. A mesosfera é a terceira camada da atmosfera, e fica imediatamente acima da estratosfera e abaixo da termosfera, com espessura total de 35 km. Trata-se da camada mais fria da atmosfera da Terra, onde as temperaturas podem chegar a -100 ºC. Nessa região, os gases se encontram todos misturados, e não distribuídos em camadas.

A mesosfera é, muitas vezes, chamada de escudo, uma vez que os fragmentos rochosos conseguem passar facilmente pelas camadas superiores a ela (a exosfera e a termosfera) sem maiores danos à sua estrutura física. No entanto, em decorrência das baixas temperaturas e da composição da mesosfera, eles se desintegram e ocorre a combustão que dá origem à luminosidade percebida a olho nu. Isso impede que grandes pedaços de rocha cheguem até a superfície do planeta.

Confira no nosso podcast: Exoplanetas — a busca por planetas fora do Sistema Solar

Características do meteoro

Diferentemente do que podemos imaginar em um primeiro momento, os meteoros são muito pequenos e leves. Quando estão viajando pelo espaço, os meteoroides têm tamanho que varia entre um grão de areia milimétrico e um pequeno asteroide, conforme a descrição da Nasa.

Uma vez que ingressam na mesosfera, conforme vimos, eles se fragmentam ainda mais, diminuindo de dimensão. A maioria deles se desintegra por completo e não ultrapassa essa camada. Outros conseguem chegar à superfície terrestre (meteoritos), os quais são maiores e mais pesados.

A velocidade de um meteoro chega a 72 km/s em média, quase 26 mil km/h, e ele se torna visível a partir de uma altura de 120 km com relação ao solo.|1| Levando em conta os fragmentos sólidos, a composição dos meteoros varia entre diferentes tipos de rocha e metais, o que depende muito de sua origem. O fenômeno pode ainda produzir sons, desde pequenos ruídos a explosões, mas essa característica não se estende a todos eles.

Tipos de meteoros

Os meteoros formados por materiais sólidos recebem o nome de litometeoros. Os meteoritos estão inclusos nessa categoria, e são identificados de acordo com a sua composição:

  • Aerólitos: são os meteoritos rochosos, formados principalmente por rochas de silicato.
  • Siderólitos: são formados por uma composição mista de rochas e metais, como o ferro.
  • Sideritos: são formados por metais, principalmente ligas metálicas, como a composta por níquel e ferro.

Chuvas de meteoros

As chuvas de meteoros são fenômenos de grande beleza visual. Quando a quantidade de fragmentos que entra na atmosfera terrestre por hora é muito maior do que a habitual, deixando uma série de rastros luminosos característicos das estrelas cadentes, forma-se a chuva de meteoros.

Essas chuvas acontecem quando a órbita terrestre passa por uma trilha de detritos produzida por cometas. A frequência das chuvas de meteoros é regular, e são registradas todos os anos.

Chuva de meteoros
Composição de uma chuva de meteoros registrada em uma vila na Rússia, no ano de 2016.

Diferenças entre meteoro e meteorito

Meteoro e meteorito equivalem a fases diferentes da trajetória de um mesmo objeto sólido oriundo do espaço, o qual é chamado de meteoroide antes de ingressar na atmosfera terrestre.

  • Meteoro: nome que o material sólido recebe ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, mais especificamente na camada da mesosfera, produzindo um efeito luminoso decorrente da combustão ocasionada pelo atrito com os gases atmosféricos. Conhecido também como estrela cadente. Tende a se desintegrar por completo antes de atingir a superfície terrestre.
  • Meteorito: nome dado àqueles meteoros ou fragmentos de meteoros que não se desintegram e conseguem chegar até a superfície do planeta Terra. Possuem dimensões maiores do que a de um meteoro comum, sendo também mais pesados e resistentes. Sua superfície é comumente lisa, com a presença de algumas fraturas.

Leia também: Deserto do Atacama e a observação dos astros

Diferença entre meteoro, asteroide e cometa

Os fragmentos que dão origem aos meteoros são provenientes de corpos celestes em órbita no Sistema Solar, como asteroides e cometas. Vejamos, a seguir, a principal diferença entre eles:

  • Meteoro: fenômeno luminoso provocado por um corpo incandescente na atmosfera. É formado por meteoroides — fragmentos derivados de asteroides, cometas, da própria Lua ou mesmo de outros planetas do Sistema Solar.
  • Asteroide: é um corpo rochoso, portanto, sólido, que orbita o Sol. É menor do que os planetas, mas maior do que os meteoroides.
  • Cometa: é o corpo celeste formado por gelo e poeira, e também orbita o Sol. Possui uma estrutura composta por um núcleo, a cabeleira e a cauda.

Meteoro no Brasil

Não é incomum o avistamento de meteoros nos céus do Brasil. Eles são descritos como bolas de fogo no céu ou mesmo estrelas cadentes. Na noite de 31 de dezembro de 2021, próximo da virada para o novo ano, cerca de 20 de meteoros foram avistados por moradores da cidade de Monte Castelo, no estado de Santa Catarina. Já em janeiro de 2022, na noite do dia 14, um meteoro foi visto cruzando os céus de Minas Gerais. Um meteorito resultante desse fenômeno foi encontrado por um morador da cidade de Patos de Minas, na região do Triângulo Mineiro.

No ano anterior, em 2021, um mesmo meteoro foi visto por moradores de cidades em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Em 2019, muitos meteoros, em períodos distintos, foram percebidos no Rio Grande do Sul. Relatos como esses são muito comuns no país.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, 83 meteoritos foram encontrados no Brasil até o ano de 2017. O maior deles, com 5,36 toneladas, foi o meteorito do Bendegó, que caiu no ano de 1784 no sertão baiano, na cidade de Monte Santo, e foi encontrado por uma criança que pastoreava gado na região. O meteorito está em exposição desde 1888 no Museu Nacional, localizado no município do Rio de Janeiro.

Notas

|1| CPRM. Meteoro. Disponível aqui. Acesso em 18 jan. 2022.

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Meteoro"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/meteoro.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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