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Erros de português são recorrentes na escrita. Por isso, selecionamos os 50 erros de português mais comuns. Por exemplo, o uso incorreto de “agente” e “a gente” ou de “mas” e “mais”, além da utilização de regências equivocadas de verbos como “assistir”, “chegar”, “ir” e “obedecer”.
Leia também: Dicas para evitar erros comuns de português
Tópicos deste artigo
Os 50 erros de português mais comuns
1. Escrever agente em vez de a gente
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Forma incorreta: Quando agente chegou, todos fugiram.
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Forma correta: Quando a gente chegou, todos fugiram.
Lembre que “agente” é uma pessoa que agencia, um intermediário:
Meu agente conseguiu um belo contrato para mim.
2. Empregar a regência incorreta do verbo assistir
É bastante comum dizermos e escrevermos:
Ontem à noite, assisti o jogo.
No entanto, o verbo “assistir”, no sentido de “ver”, “presenciar”, exige a preposição “a”:
Ontem à noite, assisti ao jogo.
3. Utilizar o verbo ter com o sentido de existir
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Forma incorreta: Aqui em casa tem muita barata.
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Forma correta: Aqui em casa há muita barata.
Isso porque “ter” não é sinônimo de “existir”. Esse sentido está reservado ao verbo “haver”.
Veja também: Como funciona a regência dos verbos
4. Empregar pronome pessoal como objeto direto
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Errado: Eu disse que amo ele de verdade!
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Certo: Eu disse que o amo de verdade!
Não esqueça que pronomes pessoais do caso reto atuam como sujeito, e não como complemento de um verbo.
5. Usar acento indicador de crase diante de verbo
Não ocorre crase diante de verbo. Por isso, estão erradas construções como:
Calças à partir de cem reais.
O certo é:
Calças a partir de cem reais.
6. Escrever beneficiente em vez de beneficente
O correto é escrever:
O cantor fez um show beneficente para ajudar os moradores da vila.
7. Escrever impecilho no lugar de empecilho
O certo é escrever:
Sempre encontro empecilhos para as minhas vontades.
8. Escrever previlégio em vez de privilégio
O correto é escrever:
Algumas pessoas não admitem os seus privilégios.
9. Usar mais em lugar de mas
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Forma incorreta: Eu queria partir, mais não tinha aonde ir.
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Forma correta: Eu queria partir, mas não tinha aonde ir.
Afinal, a palavra “mais” é um advérbio de intensidade. Já “mas” é uma conjunção adversativa. Para saber mais sobre o emprego dessas palavras, clique aqui.
10. Empregar regência incorreta do verbo ir
É comum lermos este tipo de construção linguística:
Geraldo foi na padaria e não voltou.
No entanto, o verbo “ir” exige a preposição “a”, de modo que o correto é:
Geraldo foi à padaria e não voltou.
11. Empregar regência incorreta do verbo chegar
Você já deve ter dito isto:
Ele chegou atrasado na escola.
Mas o verbo “chegar” exige a preposição “a”, de forma que é gramaticalmente correto:
Ele chegou atrasado à escola.
12. Empregar regência incorreta do verbo obedecer
Esta construção linguística é bastante comum:
Ricardo obedeceu o pai e não pegou a moto.
Porém, o verbo “obedecer” exige a preposição “a”, de modo que a construção gramaticalmente correta é:
Ricardo obedeceu ao pai e não pegou a moto.
13. Colocar no plural os verbos haver e fazer, com sentido de tempo decorrido
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Errado: Fazem três dias que ele desapareceu.
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Certo: Faz três dias que ele desapareceu.
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Errado: Haviam três dias que ele estava desaparecido.
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Certo: Havia três dias que ele estava desaparecido.
Isso porque “fazer” e “haver”, quando indicam tempo decorrido, são verbos impessoais e ficam sempre na terceira pessoa do singular.
14. Usar mal com o sentido de mau e vice-versa
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Forma incorreta: Jurandir não é um mal homem.
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Forma correta: Jurandir não é um mau homem.
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Forma incorreta: Ela mau sabia soletrar o nome.
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Forma correta: Ela mal sabia soletrar o nome.
É que o termo “mal” é um advérbio, enquanto o vocábulo “mau” é um adjetivo. Saiba mais sobre o uso correto desses termos clicando aqui.
15. Usar aonde em lugar de onde
Há quem use “aonde” o tempo todo:
Sabe aonde está o controle remoto?
Por que o enunciado anterior está incorreto? Porque “onde” é um advérbio ou pronome relativo indicador de lugar. Assim, só usamos “aonde” quando “onde” é complemento de algum termo que exija a preposição “a”:
Vou aonde você for.
Nesse caso, o verbo “ir” pede preposição “a”, que se aglutina ao vocábulo “onde”. Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.
16. Uso equivocado das expressões ao encontro de e de encontro a
A expressão “ao encontro de” quer dizer “em direção a”:
Geni foi ao encontro de seus sonhos.
Já a expressão “de encontro a” significa “em sentido oposto”:
Geni foi de encontro aos seus sonhos.
Portanto, o uso incorreto dessas expressões pode levar a um desentendimento na comunicação. Saiba mais sobre esse tema clicando aqui.
17. Utilizar senão em lugar de se não e vice-versa
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Errado: Vá para casa, se não vamos ter problemas.
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Certo: Vá para casa, senão vamos ter problemas.
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Errado: Senão fizer o exame, não saberemos o motivo da dor.
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Certo: Se não fizer o exame, não saberemos o motivo da dor.
Isso porque o vocábulo “senão” tem o mesmo sentido de “do contrário”. Já a expressão “se não” significa “caso não”. Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.
18. Usar descriminar em lugar de discriminar e vice-versa
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Forma incorreta: O país discriminou o uso da maconha.
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Forma correta: O país descriminou o uso da maconha.
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Forma incorreta: Amanda descriminou uma pessoa sem-teto.
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Forma correta: Amanda discriminou uma pessoa sem-teto.
Lembre que o verbo “descriminar” é sinônimo de “inocentar” ou “descriminalizar”. Já “discriminar” é “diferenciar” ou maltratar motivado(a) por um preconceito.
19. Utilizar a expressão o óculos
“Óculos” é um substantivo masculino usado sempre no plural:
Peguei os óculos que estavam sobre a cama e saí.
Assim, é INCORRETO:
Peguei o óculos que estava sobre a cama e saí.
20. Emprego do vocábulo seje, relativo ao verbo ser
A conjugação do verbo “ser”, na primeira e terceira pessoa do singular, no presente do subjuntivo, é “seja”:
Você quer que eu seja demitido?
Você quer que ele seja demitido?
Portanto, é INCORRETO:
Você quer que eu seje demitido?
Você quer que ele seje demitido?
21. Utilizar há em vez de a
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Errado: O sítio fica há 15 quilômetros daqui.
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Certo: O sítio fica a 15 quilômetros daqui.
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Errado: Daqui há dois meses, conversamos novamente.
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Certo: Daqui a dois meses, conversamos novamente.
A preposição “a” é utilizada para indicar distância ou tempo futuro, enquanto “há” é um termo usado com o sentido de “existir” ou para apontar tempo decorrido. Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.
22. Usar vem em lugar de vêm
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Forma incorreta: Quando é que elas vem ao sítio?
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Forma correta: Quando é que elas vêm ao sítio?
A conjugação do verbo “vir” no presente do indicativo é:
Eu venho
Tu vens
Ele, ela vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles, elas vêm
23. Utilizar afim em lugar de a fim
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Errado: Viajamos ao Tibete afim de encontrar o sábio.
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Certo: Viajamos ao Tibete a fim de encontrar o sábio.
Afinal, a expressão “a fim” indica um propósito, enquanto “afim” é um adjetivo que indica afinidade. Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.
24. Usar descrição em lugar de discrição e vice-versa
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Forma incorreta: Fez uma discrição da casa.
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Forma correta: Fez uma descrição da casa.
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Forma incorreta: É preciso muita descrição para trabalhar aqui.
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Forma correta: É preciso muita discrição para trabalhar aqui.
Não esqueça que o substantivo “descrição” está associado ao verbo “descrever”. Já o substantivo “discrição” é sinônimo de “sobriedade”, ou seja, faz referência a algo que não chama a atenção.
25. Utilizar absorver em lugar de absolver e vice-versa
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Errado: O pano absolveu todo o líquido derramado.
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Certo: O pano absorveu todo o líquido derramado.
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Errado: A juíza absorveu o réu.
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Certo: A juíza absolveu o réu.
Isso porque o verbo “absorver” significa “aspirar”, “sorver”. Já “absolver” é o mesmo que “inocentar”.
26. Não respeitar a invariabilidade do advérbio meio
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Forma incorreta: Melissa estava meia triste.
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Forma correta: Melissa estava meio triste.
A palavra “meio” pode ser adjetivo, substantivo, numeral ou advérbio. Quando advérbio, “meio” é invariável, pois significa “um tanto”.
27. Usar tem em lugar de têm
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Errado: Não me diga que eles tem medo de mim!
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Certo: Não me diga que eles têm medo de mim!
A conjugação do verbo “ter” no presente do indicativo é:
Eu tenho
Tu tens
Ele, ela tem
Nós temos
Vós tendes
Eles, elas têm
Para saber mais sobre esse tema, clique aqui.
28. Usar equivocadamente os pronomes “o”, “a”, “lo”, “la” e “lhe”
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Forma incorreta: Vou amar-lhe para sempre.
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Forma correta: Vou amá-lo para sempre.
Os pronomes “o”, “a”, “lo”, “la” atuam como objeto direto, já “lhe” exerce a função de objeto indireto, como é possível observar neste exemplo:
Deu-lhe um beijo.
Nesse caso, “beijo” é objeto direto, enquanto “lhe” é objeto indireto.
29. Não usar vírgula após vocativo
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Errado: O menino disse: “Mãe não quero ir embora.”
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Certo: O menino disse: “Mãe, não quero ir embora.”
Vocativos são sempre separados por vírgula. Do contrário, pode até ocorrer problemas na comunicação:
Juliana, queria te dizer uma coisa.
Juliana queria te dizer uma coisa.
Assim, o enunciador da primeira frase está conversando com Juliana. Já o enunciador da segunda oração está falando de Juliana para outra pessoa.
30. Utilizar e etc. ou etc...
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Forma incorreta: Temos repelentes, lanternas e etc.
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Forma incorreta: Temos repelentes, lanternas etc...
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Forma correta: Temos repelentes, lanternas, etc.
“Etc.” é abreviatura de “etcétera” (aportuguesamento da expressão latina et caetera). Por isso, apresenta ponto-final. O significado de “etc.” é “e outras coisas mais”, ou seja, a conjunção “e” já está incluída no significado da abreviatura. Dessa forma, é redundante usar “e etc.”.
31. Conjugar equivocadamente verbos terminados em -iar
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Errado: Todos os dias, ela remedia a situação.
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Certo: Todos os dias, ela remedeia a situação.
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Errado: Você quer que eu remedie a situação?
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Certo: Você quer que eu remedeie a situação?
Outros verbos que, no presente do indicativo ou do subjuntivo, seguem o mesmo modelo são: incendiar, mediar, ansiar, etc.
32. Usar a expressão meio-dia e meio
Veja este exemplo:
Agora é meio-dia e meio, e vamos almoçar.
No entanto, esse “meio” se refere a quê? O enunciador dessa frase quer dizer que é meio-dia e meia hora.
Assim, o CORRETO é:
Agora é meio-dia e meia, e vamos almoçar.
33. Utilizar para eu em lugar de para mim e vice-versa
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Forma incorreta: Se for para mim escolher, prefiro não escolher nada.
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Forma correta: Se for para eu escolher, prefiro não escolher nada.
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Forma incorreta: Este quarto é para eu?
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Forma correta: Este quarto é para mim?
Desse modo, após preposição, é preciso usar o pronome oblíquo (“mim” é um deles). Já o pronome pessoal do caso reto (“eu” é um deles) atua como sujeito, e a preposição que o antecede está relacionada ao verbo, e não ao pronome. Para saber mais sobre o uso deses pronomes, clique aqui.
34. Usar a expressão há anos atrás
Muitos de nós já utilizaram a expressão “há anos atrás”. Contudo, o verbo “haver”, nesse caso, já indica tempo decorrido. Usar “atrás” se configura, então, em uma redundância.
Portanto, devemos escrever:
Isso aconteceu há anos, mas ainda sinto falta dele.
Assim, é gramaticalmente INCORRETO:
Isso aconteceu há anos atrás, mas ainda sinto falta dele.
35. Conjugar equivocadamente os verbos ver e vir
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Errado: Quando eu ver que você foi embora, conto a verdade.
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Certo: Quando eu vir que você foi embora, conto a verdade.
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Errado: Quando ele vir amanhã, conte-lhe a verdade.
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Certo: Quando ele vier amanhã, conte-lhe a verdade.
O verbo “ver”, no futuro do subjuntivo, é assim conjugado:
Eu vir
Tu vires
Ele, ela vir
Nós virmos
Vós virdes
Eles, elas virem
Já o verbo “vir’, no futuro do subjuntivo, é conjugado desta forma:
Eu vier
Tu vieres
Ele, ela vier
Nós viermos
Vós vierdes
Eles, elas vierem
36. Usar este em lugar de esse e vice-versa
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Forma incorreta: Pegue este chinelo que está aí perto de você.
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Forma correta: Pegue esse chinelo que está aí perto de você.
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Forma incorreta: Pegue esse chinelo que está aqui perto de mim.
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Forma correta: Pegue este chinelo que está aqui perto de mim.
O pronome demonstrativo “esse” é usado para se referir a algo que está próximo do interlocutor. Já o demonstrativo “este” é utilizado para fazer referência a alguma coisa próxima ao enunciador. Para saber mais sobre o uso dessas proposições, clique aqui.
37. Utilizar sob em lugar de sobre e vice-versa
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A preposição “sob” indica algo que está abaixo.
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Já a preposição “sobre”, algo que está acima.
Desse modo, o sentido da frase pode ser prejudicado, caso você utilize a preposição errada. Assim, estas duas frases possuem sentidos opostos:
O travesseiro está sobre a cama.
O travesseiro está sob a cama.
Para saber mais sobre o uso dessas preposições, clique aqui.
38. Escrever gratuíto, circuíto, etc.
Palavras como “gratuito” e “circuito” são paroxítonas terminadas em “o”. Segundo a regra, esse tipo de paroxítona não leva acento. Além disso, o encontro “-ui-” é um ditongo, e não um hiato. Portanto, o “u” não pode ser separado do “i”. Assim, devemos escrever: “gratuito”, “circuito”, “fluido”, etc.
39. Escrever as vezes em lugar de às vezes
“Às vezes” é uma locução adverbial. Esse tipo de locução é iniciada por uma preposição. Assim, “as vezes” se configura em artigo mais substantivo:
Todas as vezes que reclamei, eu estava certo.
Isso é diferente de:
Às vezes, eu reclamava e estava certo.
Nesse último enunciado, a expressão “às vezes” é uma locução adverbial de tempo.
40. Escrever derrepente em lugar de de repente
“De repente” é uma locução adverbial. Já a palavra “derrepente” não existe na língua portuguesa.
Assim, o CORRETO é escrever:
De repente, descobriu que era humano.
41. Escrever concerteza em lugar de com certeza
“Com certeza” é uma locução adverbial. Já o termo “concerteza” não existe na língua portuguesa.
Portanto, o CERTO é escrever:
Com certeza, podemos ajudar você.
42. Utilizar o verbo soar em lugar de suar
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Errado: Jeferson soava muito à noite.
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Certo: Jeferson suava muito à noite.
O verbo “soar” significa, principalmente, “produzir som”. Assim, “suar” é o ato de expelir suor.
43. Errar a concordância de verbos na voz passiva
Quando o verbo transitivo direto é acompanhado da partícula “se”, aquilo que parecia ser um objeto direto na verdade é um sujeito paciente:
Vende-se casa.
é o mesmo que:
Casa é vendida.
Portanto:
Vendem-se casas
equivale a:
Casas são vendidas.
44. Utilizar o pronome mesmo como se ele fosse invariável
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Forma incorreta: Ela mesmo limpou o muro pichado.
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Forma correta: Ela mesma limpou o muro pichado.
“Mesmo”, com o sentido de “próprio” ou “em pessoa”, é um pronome demonstrativo e varia em gênero e número:
Elas mesmas fizeram a cerca.
45. Usar o verbo caçar em lugar do verbo cassar e vice-versa
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O verbo “caçar” significa “perseguir para matar”.
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Já o verbo “cassar” é o mesmo que “anular”.
Dessa forma, é INCORRETO escrever:
Pedrinho cassava onças.
E também é INCORRETO escrever:
Sua licença foi caçada.
46. Utilizar o verbo emergir em lugar de imergir e vice-versa
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O verbo “emergir” significa “vir à tona” ou “aparecer”;
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enquanto o verbo “imergir” é sinônimo de “afundar” ou “mergulhar”.
Por isso, é INCORRETO escrever:
O mergulhador emergiu e, assim, chegou bem fundo no mar.
Também é INCORRETO escrever:
O corpo imergiu e, assim, ficou boiando no lago.
47. Usar a palavra flagrante em lugar do termo fragrante e vice-versa
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O adjetivo “flagrante” é sinônimo, principalmente, de “evidente”.
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Já o adjetivo “fragrante” significa “cheiroso”.
Consequentemente, é INCORRETO escrever:
Dei-lhe de presente um flagrante perfume francês.
INCORRETO também é escrever:
Tal atitude foi uma fragrante mostra de preconceito.
48. Utilizar o verbo infligir em lugar do verbo infringir e vice-versa
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O verbo “infligir” significa “impor”.
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O verbo “infringir” é o mesmo que “violar” ou “não respeitar”.
Assim, é INCORRETO escrever:
O juiz infringiu uma desumana pena aos condenados.
É INCORRETO também escrever:
Augustina infligiu a lei e não foi punida.
Saiba mais: Silabada — erro comum que ocorre na pronúncia de algumas palavras
49. Usar o verbo serrar em lugar do verbo cerrar e vice-versa
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O verbo “serrar” significa “cortar com serra”.
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Já o verbo “cerrar” é o mesmo que “fechar” ou “apertar”.
Sendo assim, está ERRADO escrever:
Carlinhos cerrou as pernas da mesa.
É ERRADO também escrever:
O comerciante serrou a loja e foi para casa.
50. Utilizar a palavra mandado em lugar do termo mandato e vice-versa
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O substantivo “mandado” significa, principalmente, “ordem judicial”.
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Já o substantivo “mandato” significa, principalmente, “poder ou cargo obtido por meio de votação”.
Por esse motivo, é ERRADO escrever:
A policial tinha um mandato de prisão a cumprir.
ERRADO também é escrever:
A senadora teve seu mandado cassado por quebra de decoro parlamentar.
Fontes
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 45. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002.
MOTA, Márcia da et al. Erros de escrita no contexto: uma análise na abordagem do processamento da informação. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 13, n. 1, 2000.
NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 9. ed. São Paulo: Editora Scipione, 1992.