Ortoépia e prosódia são partes da gramática normativa que estudam a pronúncia correta dos vocábulos. Contudo, a prosódia estuda, especificamente, a acentuação tônica correta das palavras. Dizer “Nóbel” (como se fosse paroxítona) em vez de “Nobel” (oxítona) é um erro de prosódia. Mas quando dizemos, por exemplo, “sombrancelha” em vez de “sobrancelha”, estamos cometendo um erro de ortoépia.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre ortoépia e sobre prosódia
- 2 - O que é ortoépia e prosódia?
- 3 - Diferenças entre ortoépia e prosódia
- 4 - Exemplos de ortoépia e de prosódia
- 5 - Exercícios resolvidos sobre ortoépia e sobre prosódia
Resumo sobre ortoépia e sobre prosódia
- Ortoépia e prosódia são partes da gramática que estudam a pronúncia correta das palavras.
- A ortoépia estuda a pronunciação correta das palavras.
- A prosódia estuda a correta acentuação tônica das palavras.
- É um erro de ortoépia, por exemplo, dizer “adevogado” em vez de “advogado”.
- É um erro de prosódia, por exemplo, dizer “áustero” em vez de “austero”.
O que é ortoépia e prosódia?
Ortoépia e prosódia são partes da gramática que estudam a pronúncia correta das palavras.
- Ortoépia: é a parte da gramática normativa que estuda a pronunciação correta das palavras. Assim, preceitua que devemos dizer “chover” em vez de “chuver”, “louco” em vez de “loco”, “bandeja” em vez de “bandeija” etc.
- Prosódia: é a parte da gramática normativa que trata da correta acentuação tônica das palavras. Desse modo, determina, por exemplo, que devemos dizer “condor” e não “côndor”, “Nobel” e não “Nóbel”, já que tais palavras são oxítonas.
Diferenças entre ortoépia e prosódia
Tanto a ortoépia quanto a prosódia são partes da gramática normativa que tratam da pronunciação correta das palavras. No entanto, a prosódia cuida especificamente da pronúncia correta da sílaba tônica de uma palavra.
Portanto, se dizemos “Apresento prazeirosamente meus colegas de turma”, estamos cometendo um erro de ortoépia, já que deveríamos ter pronunciado “prazerosamente”. Mas, nesse caso, não cometemos um erro de prosódia.
O erro de prosódia (também chamado de “silabada”) está restrito ao deslocamento inapropriado da sílaba tônica de um vocábulo. Por exemplo, quando pronunciamos “rúbrica” em vez de “rubrica” ou “catéter” em vez de “cateter”. Isso porque “rubrica” é paroxítona e “cateter” é oxítona.
Exemplos de ortoépia e de prosódia
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EXEMPLOS DE ORTOÉPIA |
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CORRETO |
INCORRETO |
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Companhia |
Compania |
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Beneficente |
Beneficiente |
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Empecilho |
Impecilho |
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Frustrado |
Frustado |
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Garagem |
Garage |
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Infligir |
Inflingir |
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Privilégio |
Previlégio |
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Queijo |
Quejo |
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Salsicha |
Salchicha |
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Superstição |
Supertição |
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EXEMPLOS DE PROSÓDIA |
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CORRETO |
INCORRETO |
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Avaro |
Ávaro |
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Caracteres |
Carácteres |
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Crisântemo |
Crisantemo |
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Estereótipo |
Estereotipo |
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Filantropo |
Filântropo |
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Libido |
Líbido |
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Protótipo |
Prototipo |
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Pudico |
Púdico |
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Ruim |
Ruim |
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Ureter |
Uréter |
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Exercícios resolvidos sobre ortoépia e sobre prosódia
Questão 1
Todos os enunciados abaixo apresentam erro de ortoépia, EXCETO:
A) As crianças começaram a gritar quando viram um enorme carangueijo na praia.
B) Tivemos o previlégio de apreciar os afrescos na abóbada da igreja bicentenária.
C) Joaquim não bebe mais bebida alcoólica, está abstênio há vinte anos.
D) Apesar do susto, a aterrisagem ocorreu tranquilamente, sem transtornos.
E) Laurita jogou fora todas as bugigangas que estavam se acumulando no depósito.
Resolução:
Alternativa E.
Segundo a norma culta, esta é a forma correta de escrita e de pronúncia destas palavras: “caranguejo” (alternativa A), “privilégio” (alternativa B), “abstêmio” (alternativa C) e “aterrissagem” (alternativa D).
Questão 2
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) “Mister” é uma palavra paroxítona.
( ) O certo é dizer “latex” e não “látex”.
( ) O certo é dizer “íbero” e não “ibero”.
A sequência correta é:
A) V, V, F.
B) F, F, V.
C) F, F, F.
D) V, F, V.
E) F, V, F.
Resolução:
Alternativa C.
“Mister” é uma palavra oxítona. Segundo a norma culta, o certo é dizer “látex” e “ibero”, já que são palavras paroxítonas.
Fontes
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.
NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa. 15. ed. São Paulo: Scipione, 1999.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria e prática. 26. ed. São Paulo: Atual Editora, 2001.