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Alimentos ultraprocessados são muito conhecidos por serem atraentes, práticos e de baixo custo. Infelizmente, esses alimentos são desbalanceados nutricionalmente e, de acordo com o Ministério da Saúde, geralmente, são ricos em gorduras, açúcares ou sódio.
O excesso desses componentes faz com que os alimentos ultraprocessados estejam associados com diferentes problemas de saúde, incluindo até mesmo alguns tipos de câncer, como o câncer colorretal, e demências. Investir em uma alimentação saudável, reduzindo o consumo desses alimentos, é fundamental para a promoção da saúde.
Leia também: Desnutrição — doença que pode ser causada pela falta de alimentação adequada
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre alimentos ultraprocessados
- 2 - O que são alimentos ultraprocessados?
- 3 - Quais os perigos do consumo de alimentos ultraprocessados?
- 4 - Exemplos de alimentos ultraprocessados
Resumo sobre alimentos ultraprocessados
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Alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas inteira ou majoritariamente de substâncias retiradas de alimentos, derivadas de constituintes de alimentos ou sintetizadas em laboratório com base em petróleo e carvão.
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Geralmente possuem alto teor de gorduras, açúcares ou sódio.
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São nutricionalmente desbalanceados.
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Diabetes, hipertensão, obesidade, depressão, cânceres e demência são problemas que podem ser desencadeados pelo consumo desses alimentos.
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Ministério da Saúde recomenda que alimentos ultraprocessados sejam evitados.
O que são alimentos ultraprocessados?
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde, alimentos ultraprocessados são:
[…] formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes).
Dessa forma, alimentos ultraprocessados apresentam características que os deixam mais atrativos. Devido a isso, além da facilidade de preparação e do baixo custo, esses alimentos estão cada vez mais inseridos na dieta da população de todo o mundo. O problema, no entanto, está no fato de que esses alimentos são desbalanceados nutricionalmente, o que os torna prejudiciais.
Quais os perigos do consumo de alimentos ultraprocessados?
Quando falamos em alimentação saudável, uma regra básica deve ser seguida: preferir sempre os alimentos in natura ou minimamente processados.
O consumo de alimentos ultraprocessados, apesar de ser bastante prático, está associado a uma alimentação inadequada. Isso se deve ao fato de que, além de pobres em nutrientes, muitos desses alimentos apresentam grande quantidade de gorduras, açúcares ou sódio.
Gorduras, açúcares e sódio são componentes que, em níveis elevados, estão associados a alguns problemas de saúde, como obesidade, hipertensão, doenças que afetam o coração, diabetes e até mesmo depressão e ansiedade. Como alimentos ultraprocessados são bastante práticos e considerados muito saborosos por algumas pessoas, o excesso no consumo deles não é exceção na população.
O consumo de alimentos ultraprocessados também se relaciona com o aumento do risco de desenvolver demência. De acordo com o artigo “Association of ultraprocessed food consumption with risk of dementia”, o maior consumo de alimentos ultraprocessados foi associado ao maior risco de demência, enquanto a substituição desses alimentos por alimentos in natura ou minimamente processados foi associada ao menor risco de desenvolver esse problema.
Além dos problemas de saúde já citados, alimentos ultraprocessados estão relacionados com o desenvolvimento de diferentes tipos de cânceres, em especial o câncer colorretal. Esse tipo de câncer, no entanto, não é o único causado por esses alimentos.
Um artigo, publicado em 31 de janeiro de 2023 e intitulado “Ultra-processed food consumption, cancer risk and cancer mortality: a large-scale prospective analysis within the UK Biobank”, demonstrou que o consumo de alimentos ultraprocessados estava associado a uma maior incidência e mortalidade de cânceres gerais e de certos tipos de câncer específicos. O artigo ainda destaca que as associações foram encontradas de forma mais consistente para os resultados gerais de câncer e de câncer de ovário em mulheres.
Vale salientar ainda que, de acordo com o artigo “Premature deaths attributable to the consumption of ultraprocessed foods in Brazil”, aproximadamente 57.000 mortes prematuras foram estimadas como atribuíveis ao consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil em 2019.
Veja também: Risco do consumo exagerado de refrigerante
Exemplos de alimentos ultraprocessados
Conheça, a seguir, alguns alimentos considerados ultraprocessados:
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biscoitos recheados;
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balas;
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sorvetes;
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cereais matinais;
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mistura para bolo;
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sopas em pó;
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barra de cereal;
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temperos instantâneos;
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molhos prontos;
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iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados;
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energéticos;
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pratos congelados, como pizza e hambúrgueres;
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nuggets;
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salsichas;
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salgadinhos de pacote;
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refrigerantes;
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pós para refrescos;
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macarrão instantâneo.
Além desses produtos, o Ministério da Saúde destaca que pães e produtos panificados são considerados alimentos ultraprocessados quando, além da farinha de trigo, leveduras, água e sal, seus ingredientes incluem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia