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Leite

Leite é um alimento bastante nutritivo produzido exclusivamente pelos mamíferos. No leite é possível encontrar proteínas, carboidratos, lipídios e sais minerais.

Garrafa e copo cheios de leite em superfície de madeira
O leite é produzido por mamíferos e é fundamental no desenvolvimento dos filhotes desse grupo de animais.
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O leite é uma secreção produzida pelas glândulas mamárias dos mamíferos e caracteriza-se por sua coloração esbranquiçada e constituída de diferentes nutrientes, como carboidratos, lipídios, proteínas, sais minerais e vitaminas. O leite é fonte de nutrientes para os filhotes das diferentes espécies de mamíferos, incluindo os seres humanos.

O leite materno é o alimento ideal para os recém-nascidos da nossa espécie, devendo ser o único alimento ofertado para criança nos primeiros seis meses de vida. Algumas pessoas são incapazes de digerir a lactose, um problema conhecido como intolerância à lactose. Outro problema relacionado com o leite é a alergia à proteína do leite de vaca.

Leia mais: Nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso corpo

Tópicos deste artigo

O que é leite?

Leite é o nome dado a uma secreção de coloração esbranquiçada liberada pelas glândulas mamárias dos mamíferos. Trata-se de uma secreção bastante nutritiva usada na alimentação dos filhotes desse grupo de animais logo após seu nascimento.

Composição do leite

O leite é uma substância complexa, formada por diferentes moléculas. Dentre seus principais componentes, podemos citar:

Vale salientar que a composição do leite pode sofrer alterações de acordo com a nutrição que o animal possui.

Leite humano

O leite humano é um alimento seguro e bastante nutritivo fornecido pela mulher ao bebê no início de seu desenvolvimento. Atualmente, recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida, pois, além de ser seguro e nutritivo, a substância é de fácil digestão, favorece o ganho de peso e garante proteção imunológica. Após os seis meses, faz-se necessário a complementação alimentar, entretanto, o leite materno continua sendo um alimento importante até o segundo ano de vida da criança.

  • Composição do leite materno

O leite materno apresenta diferentes componentes, tais como lipídeos, carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Além disso, é rico em fatores antimicrobianos, enzimas digestivas, hormônios, fatores de crescimento e agentes anti-inflamatórios. A composição do leite materno está relacionada diretamente com a saúde da mulher, sendo importante destacar que deficiências nutricionais poderão ser passadas adiante por meio da lactação.

Em relação aos lipídios, o tipo mais observado são os triacilgliceróis, os quais correspondem a cerca de 98% das gorduras contidas no leite. Em relação aos carboidratos, destaca-se a lactose. Já as proteínas são representadas, principalmente, pela lactoalbumina. Dentre os sais minerais, podemos destacar o sódio, potássio, cálcio e fósforo, entre outros. As vitaminas A, do complexo B, C, D, E e K estão presentes no leite humano.

  • Coloração do leite materno

A coloração do leite materno varia durante a mamada e está relacionada com a sua composição. No início da mamada, o leite apresenta um aspecto de água de coco e é rico em anticorpos. A substância torna-se mais encorpada à medida que a mamada ocorre, apresentando, no meio da ação, uma coloração branca e opaca típica. Essa coloração é adquirida devido ao aumento da concentração de uma proteína chamada caseína. Por fim, no final da mamada, observa-se uma coloração mais amarelada devido a um teor maior de gordura.

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Vale salientar que alguns alimentos e medicamentos podem também alterar a coloração normal do leite. O betacaroteno, por exemplo, é um pigmento, encontrado em alimentos como cenoura e abóbora, que pode deixar o leite com uma coloração mais amarelada.

  • Importância do aleitamento materno

O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, sendo até os seis meses de idade o único alimento necessário para a sobrevivência do recém-nascido. O leite, nesse período, é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê, não sendo necessário nem mesmo fornecer água ou outras bebidas para ele.

O leite materno nutre o bebê e também garante proteção contra uma série de doenças, uma vez que é rico em anticorpos. Algumas pessoas gostam de afirmar que ele seria a primeira vacina do bebê. Além dessas vantagens, o aleitamento materno aumenta os laços entre a mãe e seu filho.

Leia mais: Amamentação — o ato de alimentar o bebê com o leite diretamente do seio da mãe

Intolerância à lactose

Copo cheio de leite em mesa, atrás da qual uma pessoa faz um gesto de negação a ele
Algumas pessoas apresentam sintomas desagradáveis após a ingestão de leite devido a uma má absorção da lactose.

A intolerância à lactose caracteriza-se pelo desenvolvimento de sintomas abdominais devido a uma má absorção da lactose (principal carboidrato do leite). Essa má absorção está relacionada com a redução da capacidade do organismo de quebrar a lactose devido a uma diminuição da atividade da enzima lactase.

As causas da intolerância à lactose são variadas, podendo ocorrer, por exemplo, em função de um defeito genético, doenças intestinais ou até mesmo uma diminuição da produção da lactase em decorrência do envelhecimento.

A intolerância à lactose é responsável por sintomas como:

  • dores abdominais;

  • diarreia;

  • náusea;

  • desconforto;

  • gases.

A intensidade dos sintomas varia de uma pessoa para outra e também depende da quantidade de lactose ingerida. Para não sofrê-los, é importante evitar leite e derivados e produtos que contenham leite em sua composição. Caso queira saber mais sobre esse problema, leia: Intolerância à lactose.

Alergia à proteína do leite de vaca

A alergia à proteína do leite de vaca é o tipo mais comum de alergia alimentar em crianças. Caracteriza-se pela reação do sistema imunológico do indivíduo às proteínas do leite, em especial a caseína, e às proteínas do soro. A pessoa com esse tipo de alergia, pode apresentar sintomas como vômitos, diarreia e má absorção, além de manifestações respiratórias e dermatológicas, como urticária, broncoespasmo e dermatite.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, até o momento, não existe comprovação de que a dieta de restrição alimentar da mãe, durante a gestação e a amamentação, possa prevenir alergias alimentares na criança. Assim sendo, recomenda-se que mãe não faça consumo de leite de vaca e derivados apenas em casos que se sabe comprovadamente que o filho é alérgico às proteínas. Para mais informações sobre este tópico, leia nosso texto: Alergia à proteína do leite da vaca.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Leite"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/leite.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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