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Crack

O crack é produzido a partir da cocaína e pode ser fumado em cachimbos ou misturado ao tabaco e à maconha. Afeta os sistemas respiratório, cardiovascular e nervoso.

Pedra de crack.
O crack é produzido a partir da cocaína.
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Crack é o nome dado a uma droga ilícita produzida a partir de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água. A droga foi inventada na década de 1980 e se espalhou por várias partes do mundo, devido, dentre outros fatores, ao seu baixo custo de produção e comercialização. Trata-se de uma droga sólida e insolúvel em água que pode ser fumada em cachimbos ou misturada com maconha ou tabaco.

A droga provoca euforia, aumento da autoconfiança, redução de apetite, ansiedade, aumento da temperatura do corpo e do trabalho cardíaco, dentre outros efeitos agudos. O crack pode levar ainda ao desenvolvimento de problemas cardíacos, pulmonares, desnutrição e exposição a situações de risco.

Leia também: Krokodil — uma das drogas mais mortais da atualidade

Tópicos deste artigo

Resumo sobre crack

  • O crack é uma droga ilícita.

  • Não é uma droga distinta da cocaína, mas sim a cocaína transformada.

  • É produzido a partir da cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água.

  • Pode ser fumado em cachimbos ou misturado a maconha ou tabaco.

  • Em poucos segundos, os efeitos do crack podem ser sentidos. Entretanto, sua duração também é rápida, o que leva ao consumo em grande quantidade.

  • O crack pode provocar diferentes reações agudas e levar ao desenvolvimento de problemas pulmonares, cardíacos, desnutrição e exposição a situações de risco.

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O que é crack?

O crack é uma substância que, quando introduzida no organismo, altera algumas de suas funções, sendo, portanto, reconhecida como uma droga. Sua produção e comercialização são proibidas no Brasil por lei. Assim, dizemos que o crack é um exemplo de uma droga ilícita.

De acordo com as Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Crack, do Conselho Federal de Medicina, o crack é produzido a partir da cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água, gerando um composto que pode ser fumado ou inalado. O crack nada mais é, portanto, que uma forma de apresentação e administração da cocaína. Ele se caracteriza por ser sólido, insolúvel em água e volatilizável.

A droga surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 e recebeu essa denominação devido ao barulho produzido pela pedra ao ser queimada. Após seu surgimento, a droga rapidamente se espalhou pelo mundo, devido, dentre outros motivos, ao seu baixo custo para produção e aquisição. O baixo custo tem relação com a pequena quantidade de cloridrato de cocaína utilizada para a sua produção.

→ Relação do crack com a cocaína

Como citado anteriormente, o crack é a própria cocaína com modificações. A cocaína é extraída da planta Erythroxylon coca, e o processo de extração envolve a maceração das folhas com solventes até que se obtenha uma pasta, a pasta de coca.

Essa pasta é então tratada com ácido clorídrico, dando origem ao cloridrato de cocaína, que é o pó inalado pelos usuários. O cloridrato de cocaína é transformado em crack quando diluído em água, acrescido de amônia ou bicarbonato de sódio e aquecido.

Veja também: Metanfetamina — tipo de droga sintética que atua diretamente no sistema nervoso central

Como o crack é utilizado?

O crack é uma droga que pode ser fumada ou inalada. Geralmente, o usuário queima a pedra de crack em cachimbos feitos de forma improvisada, a partir, por exemplo, de latas de alumínio. O indivíduo então aspira a fumaça produzida pela queima do produto. Em alguns casos, essas pedras são quebradas e misturadas com tabaco ou maconha. Essas misturas são chamadas de mesclado, piticos ou basuco.

Devido à sua forma de administração, a droga é capaz de atingir velozmente o cérebro, causando efeitos rápidos no organismo. O efeito euforizante produzido pela inalação do vapor da queima do crack é sentindo cerca de dez a 15 segundos após o trago. Devido aos efeitos de grande intensidade e de curta duração, o usuário tende a usar a droga diversas vezes.

Pessoa acendendo cachimbo com isqueiro.
O crack pode ser fumado em cachimbos ou misturado com maconha ou tabaco.

Efeitos do crack no organismo

O crack pode trazer consequências imediatas e também a longo prazo. Assim que consome a droga, o usuário pode apresentar:

  • sensação de euforia;

  • aumento do estado de alerta;

  • ansiedade;

  • aumento do trabalho cardíaco e da temperatura do corpo;

  • redução do apetite;

  • sudorese;

  • tremores;

  • espasmos musculares;

  • transtornos do sono;

  • alterações na motricidade;

  • alucinações e delírios.

A inalação da droga em altas temperaturas pode levar ainda ao desenvolvimento de queimaduras que podem atingir:

  • dedos;

  • nariz;

  • olhos;

  • lábios;

  • orofaringe;

  • epiglote;

  • laringe.

O uso do crack pode provocar também o desenvolvimento de doenças cardíacas e pulmonares. Problemas psiquiátricos, como psicose e paranoia, também são relatados. Além disso, o sistema nervoso é afetado, levando ao desenvolvimento de problemas de memorização, raciocínio e concentração.

Como o crack leva à perda de apetite, é comum que os usuários fiquem por longos períodos sem se alimentarem. Com isso, verifica-se, em muitos casos, rápido emagrecimento e desenvolvimento de desnutrição. A desnutrição é responsável por queda na imunidade, facilitando, desse modo, que pessoas usuárias de crack desenvolvam infecções oportunistas, como pneumonia e tuberculose.

É importante destacar que o crack pode levar à adoção de comportamentos de risco, que favorecem, por exemplo, a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, o envolvimento com tráfico de drogas e roubos pode se tornar um grave problema, uma vez que isso expõe o indivíduo a situações de violência e perigo.

Dependência do crack

O crack se caracteriza por levar à dependência em um curto período, dentro de poucas semanas ou meses de uso. A necessidade de utilizar a droga novamente e com maior frequência está relacionada ao fato de que a substância produz uma sensação de euforia e bem-estar de forma rápida após seu uso, sendo esse efeito também rapidamente interrompido. Com isso, o indivíduo tende a buscar cada vez mais essa sensação de prazer, causando o consumo descontrolado.

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Crack"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/drogas/crack.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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