Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Por qual motivo o cigarro eletrônico (vape) faz mal?

Diferentemente do que muitos pensam, o cigarro eletrônico (vape) faz mal à saúde. Isso ocorre porque ele expõe o usuário a várias substâncias nocivas.

Homem fumando um cigarro eletrônico.
O cigarro eletrônico é proibido no Brasil, entretanto pode ser encontrado sendo vendido ilegalmente.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

 Você sabe por que o cigarro eletrônico (vape) faz mal à saúde? O cigarro eletrônico, assim como o cigarro convencional, provoca danos à saúde porque expõe o indivíduo a várias substâncias nocivas. No Brasil, está proibida a venda desses cigarros, bem como sua propaganda e importação, entretanto não é difícil encontrar o produto sendo vendido ilegalmente.

Muito popular entre adolescentes e adultos jovens, o cigarro eletrônico pode causar lesões pulmonares graves e levar à dependência da nicotina. Além disso, pode provocar danos na mucosa oral, irritação da garganta e olhos, rinite, pneumonia e outras condições.

Leia também: Quais são os riscos do uso de narguilé?

Tópicos deste artigo

O que é o cigarro eletrônico?

O cigarro eletrônico, também conhecido como e-cigarro ou vaporizador/vape, é um dispositivo que possui uma bateria e uma solução líquida que contém diferentes produtos químicos, como a nicotina, que se destaca pelo seu alto potencial de causar dependência.

Segundo o artigo de Martin e colaboradores intitulado A relação entre a utilização de cigarros eletrônicos e doenças pulmonares: uma revisão integrativa, os cigarros eletrônicos são definidos como:

cigarros constituídos de uma bateria de lítio, um sensor, um microprocessador, refil ou cartucho, uma solução líquida (também chamada de e-líquido), um atomizador responsável por aquecer e vaporizar essa solução líquida e um bocal para inalação.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Desde o seu surgimento, os cigarros eletrônicos passaram por grandes modificações. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), elas podem ser compreendidas da seguinte forma:

  • Primeira geração: é formada por produtos descartáveis e não recarregáveis, os quais possuem um formato que lembra um cigarro comum.

  • Segunda geração: apresenta uma bateria recarregável e que pode ter seus cartuchos substituídos por outros pré-cheios com diferentes substâncias.

  • Terceira geração: é conhecida por tank, pois apresenta um reservatório que pode ser preenchido com nicotina e até mesmo outras drogas.

  • Quarta geração: consiste no cigarro eletrônico com sistema Pod, que se assemelha a um pendrive. Eles podem ser usados com refis em cápsulas, as quais apresentam líquidos com diferentes sabores.

Apesar de a venda ser proibida no Brasil, o que se observa é um aumento do consumo desse produto, em especial por adolescentes e adultos jovens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o uso do cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de se experimentar o cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro.

Saiba mais: LSD — uma droga sintética de caráter alucinógeno muito utilizada atualmente

Que mal faz o uso do cigarro eletrônico?

Vista aproximada de uma pessoa segurando um cigarro eletrônico em uma das mãos e oito cigarros convencionais na outra mão.
Tanto o cigarro eletrônico quanto o cigarro convencional podem causar danos à saúde.

O uso do cigarro é fator de risco para o desenvolvimento de diferentes doenças pulmonares e cardiovasculares e para o surgimento de diferentes tipos de câncer, como o câncer de boca, esôfago, laringe e pâncreas.

Devido aos graves problemas de saúde ocasionados pelo uso do cigarro convencional, os cigarros eletrônicos surgiram, sendo vendidos como produtos que apresentam menos riscos à saúde, por, entre outros motivos, não existir combustão durante seu uso.

Entretanto, apesar da promessa de provocar menos danos à saúde, o cigarro eletrônico é também prejudicial, porque libera um vapor que contém produtos tóxicos. Isso se deve ao fato de que o e-líquido pode conter solventes como o propilenoglicol e a glicerina, além de nicotina, essências flavorizantes, aditivos, metais pesados e até mesmo outras drogas, como a maconha líquida.

Algumas de suas substâncias são conhecidas por sua ação carcinogênica e citotóxica. A nicotina, por exemplo, relaciona-se com mais de 50 doenças distintas, entre as quais incluem-se doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças cardiovasculares e cânceres.

Estudos do efeito a longo prazo do uso do cigarro eletrônico ainda não foram realizados, devido ao pouco tempo de mercado desses produtos. Entretanto, a curto prazo, podemos citar problemas como o surgimento de lesões pulmonares graves.

Essas lesões são conhecidas como Evali (e-cigarette or vaping product useassociated lung injury ou, em português, doença respiratória associada ao uso de cigarros eletrônicos ou vaping). A Evali provoca sintomas como tosse, dor no peito, dificuldade para respirar, calafrios, perda de peso, febre, vômitos, náusea, diarreia e dor abdominal. A Evali pode provocar a morte.

O uso do cigarro eletrônico também pode causar outros problemas, como:

  • irritação nos olhos e garganta;

  • dificuldade para engolir;

  • tosse;

  • rinite;

  • pneumonia;

  • asma;

  • lesões na mucosa oral;

  • sensação de estresse.

Além disso, o uso de cigarros eletrônicos pode levar à dependência de nicotina, aumentar o risco de iniciação de jovens e adolescentes ao tabagismo e possibilitar o uso de outras drogas. Não podemos deixar de citar também as lesões traumáticas provocadas por explosões de dispositivos.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia 

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Por qual motivo o cigarro eletrônico (vape) faz mal?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/por-qual-motivo-o-cigarro-eletronico-vape-faz-mal.htm. Acesso em 30 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas