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A história da Páscoa trata de uma celebração cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e celebra a sua ressurreição. Essa é uma das festividades mais importantes da tradição cristã e é basilar da fé cristã, pois entende-se que a ressurreição atesta o caráter divino de Jesus Cristo.
Essa festa se estabeleceu com base na pesach, celebração judaica que celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Os historiadores também apontam que elementos da cultura germânica afetaram a celebração da Páscoa. Além disso, tradições da Páscoa moderna também se consolidaram graças à exploração comercial da festividade.
Leia mais: Coelho da Páscoa — importante símbolo dessa celebração cristã que tem origens religiosa e pagã
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre história da Páscoa
- 2 - Origem e história da Páscoa cristã
- 3 - Origem e história da Páscoa judaica
- 4 - A Páscoa moderna e seus elementos
Resumo sobre história da Páscoa
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A Páscoa é uma festividade cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.
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É uma das celebrações mais importantes do cristianismo porque se entende que a ressurreição é a comprovação do caráter divino de Jesus.
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Essa celebração tem data móvel, sendo celebrada entre março e abril.
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A celebração cristã se originou com base na pesach, tradicional celebração judaica.
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Atualmente, a Páscoa também é fortemente explorada para finalidade comercial, sendo os ovos de chocolate um símbolo disso.
Origem e história da Páscoa cristã
A Páscoa é uma celebração realizada pelos cristãos e que relembra a crucificação de Jesus Cristo e a sua ressurreição. Na tradição cristã, a ressurreição de Jesus Cristo aconteceu três dias após a sua crucificação, sendo um acontecimento basilar para a crença cristã. Os cristãos acreditam que a ressurreição de Jesus Cristo atesta a sua divindade.
Os cristãos acreditam que Jesus cumpriu uma promessa judaica que falava da vinda do Messias para redimir os pecados da humanidade. Na crença cristã, Jesus ofereceu a si próprio como sacrifício para que os pecados da humanidade fossem perdoados. Sua crucificação e ressurreição teriam acontecido durante a pesach, a Páscoa judaica, estabelecendo uma relação entre as festividades.
A Páscoa encerra a Quaresma, período de 40 dias marcado por jejuns e outros tipos de penitências entre os cristãos católicos. Tradicionalmente, a Quaresma se encerrava no Domingo de Ramos, dia que inicia a Semana Santa, mas alguns católicos têm estendido esse período até a Quarta-Feira Santa.
O Domingo de Ramos inicia a Semana Santa, os dias que antecedem à Páscoa e que na tradição cristã foram os últimos da vida de Jesus antes de sua crucificação. O Domingo de Ramos foi o dia em que Jesus entrou de maneira triunfal na cidade de Jerusalém; a Quinta-Feira Santa foi o dia em que Ele realizou a Última Ceia com seus apóstolos. A Sexta-Feira Santa foi o dia da sua crucificação; e no Domingo de Páscoa ocorreu a sua ressurreição.
Os cristãos comemoram a Páscoa em data móvel que pode acontecer entre 22 de março e 25 de abril. A data móvel da Páscoa foi estabelecida pela Igreja Católica durante o Concílio de Niceia, em 325. Nesse concílio, as autoridades da Igreja estabeleceram que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a Lua cheia que ocorre depois do equinócio da primavera.
Esse equinócio ocorre entre 20 e 21 de março no Hemisfério Norte, e, a partir da data da Páscoa, a Igreja Católica também estabelece a Terça-Feira de Carnaval e o dia quando é celebrado Corpus Christi.
Leia mais: Afinal, o que é Corpus Christi?
Origem e história da Páscoa judaica
A Páscoa cristã é uma ressignificação de uma celebração judaica, a pesach. Essa festividade judaica é popularmente conhecida como Páscoa judaica, embora o termo apropriado seja mesmo pesach. Esse termo significa “passagem” e relembra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito Antigo. Os historiadores apontam que esse evento acontecia em um período do ano parecido com o que os cristãos celebram a Páscoa atualmente.
Os hebreus relembram que a pesach foi instituída por Javé quando os hebreus eram escravos no Egito. Na ocasião, Javé instruiu Moisés sobre uma ordem para os judeus poucos antes de enviar a décima praga para o Egito. As instruções contavam com a realização de uma celebração na qual os hebreus deveriam consumir toda a carne de um cordeiro.
Além disso, os hebreus deveriam usar o sangue desse cordeiro e passá-lo sobre os umbrais das portas de suas casas. Após isso, Javé enviaria o anjo da morte para que este dizimasse todos os primogênitos que residiam no Egito. Na tradição judaica, os hebreus fizeram assim como Javé ordenou, o anjo da morte passou pelas terras do Egito e os hebreus foram libertos pelo faraó em seguida. Caso queira saber mais sobre a Páscoa judaica, ou pesach, leia nosso texto.
A Páscoa moderna e seus elementos
A Páscoa moderna, na forma como é comemorada atualmente em nosso país e nos países ocidentais de tradição cristã, retoma elementos cristãos, judaicos mas também pagãos da celebração. Alguns historiadores apontam como a cristianização da Europa influenciou nas tradições cristãs, não sendo diferente com a Páscoa.
Os pesquisadores apontam que existe uma associação entre elementos da Páscoa moderna e a cultura germânica. Isso porque os germânicos cultuavam Eostern, uma deusa da fertilidade. Essa deusa tinha como símbolos os ovos coloridos e as lebres, considerados, na Antiguidade, representantes da fertilidade.
As associações entre a tradição pagã e a Páscoa são percebidas, portanto, na popularização dos ovos decorados (ovos de chocolate) e do coelho como símbolos da versão moderna. Evidentemente, a popularização do ovo de chocolate passa pela exploração comercial da data. Além disso, os pesquisadores apontam semelhanças entre os nomes da deusa e da Páscoa em língua inglesa.
Isso porque Eostern, em inglês antigo, é Eastre, e a Páscoa, na mesma língua, é chamada de Easter. Além disso, os pesquisadores apontam que, em abril, época em que a Páscoa também pode ser celebrada, era quando uma importante festividade para Eostern acontecia entre os germânicos.
Os ovos de Páscoa feitos de chocolate foi uma iguaria que se popularizou no século XVIII por meio de confeitarias francesas. O ato de decorar ovos e dá-los como presente é um costume antigo encontrado em diversos povos. O aproveitamento comercial dessa data contribuiu para a consolidação do hábito de comer ovos de chocolate no período.
Fontes
AQUINO, Felipe. O que é o círio pascal: origem e tradição. Disponível em: https://cleofas.com.br/o-que-e-o-cirio-pascal-origem-e-tradicao/
AQUINO, Felipe. Quais são os símbolos da Páscoa? Disponível em: https://cleofas.com.br/quais-sao-os-simbolos-da-pascoa/
BERNARDO, André. Páscoa: porque ovos e coelhos são símbolos da data? Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-43577512