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Vacinas são substâncias que visam a estimular o sistema imunológico, a fim de que, quando tivermos contato com um determinado patógeno, o nosso corpo já esteja preparado para nos proteger de maneira mais rápida e eficiente. As vacinas são feitas utilizando-se antígenos, que são moléculas que reagem com um anticorpo. Esses antígenos podem ser agentes infecciosos mortos, atenuados ou uma parte desses agentes. As vacinas podem ser aplicadas por via oral ou por meio de injeções.
Leia mais: História da vacina – iniciou-se com a criação da vacina contra a varíola
Tópicos deste artigo
- 1 - O que são vacinas e como são feitas?
- 2 - Como as vacinas funcionam?
- 3 - As vacinas podem fazer mal à saúde?
- 4 - Qual a diferença entre soro e vacina?
- 5 - Qual a função das vacinas?
- 6 - Algumas doenças para as quais já existem vacinas
O que são vacinas e como são feitas?
As vacinas são substâncias tradicionalmente feitas utilizando-se organismos causadores de doenças atenuados, mortos ou, ainda, alguns de seus derivados. Esses componentes das vacinas são conhecidos como antígenos. Além do antígenos, as vacinas apresentam outros componentes, os quais mantêm sua eficácia, evitam a proliferação de micro-organismos e as conservam.
Dentre os componentes que podemos encontrar nas vacinas, podemos citar soro fisiológico, estabilizantes, conservantes, proteína do ovo (material empregado para o crescimento do agente infeccioso), potencializadores de resposta imune (adjuvantes), e antibióticos. É importante conhecer a composição da vacina, uma vez que algumas pessoas têm alergia a determinados componentes.
Como as vacinas funcionam?
Ao ser aplicada, a vacina faz com que nosso organismo funcione da mesma forma como quando contraímos a doença. O nosso corpo reconhece o antígeno e o combate por meio de uma resposta imunológica. O nosso sistema imune é responsável por produzir proteínas denominadas anticorpos, que atuam na defesa do organismo.
Além disso, o sistema imune produz células de memória capazes de garantir que o corpo tenha uma resposta mais rápida e eficaz, caso o organismo seja exposto novamente àquele agente. Como a vacina não é capaz de causar a doença, o sistema imunológico confere a nossa proteção sem que o nosso corpo corra os riscos inerentes a ela.
As vacinas podem fazer mal à saúde?
Em primeiro lugar, é importante salientar que as vacinas salvam muitas vidas, evitando que doenças graves acometam nosso corpo e garantindo que epidemias sejam controladas. As vacinas disponíveis atualmente para a população são seguras, e todas passaram por testes rigorosos antes de serem liberadas pelas agências reguladoras.
Muitos se sentem inseguros em se vacinar devido a relatos de que algumas pessoas sofreram efeitos colaterais. Entretanto, efeitos colaterais são observados no uso de qualquer medicamento, e complicações graves são, geralmente, exceção quando o assunto é vacinação. Entre os principais efeitos colaterais observados em pessoas após o uso de vacinas, estão: dor, vermelhidão no local da injeção e febre.
Algumas situações, no entanto, merecem maior atenção. Imunossuprimidos e gestantes, por exemplo, não podem receber qualquer vacina. Portanto, é importante conversar com o médico sobre a relação entre riscos e benefícios da vacinação.
Leia também: 5 mitos sobre vacinas
Qual a diferença entre soro e vacina?
A vacina é considerada um tipo de imunização ativa, uma vez que estimula o nosso corpo a produzir anticorpos contra determinado agente. Vacinas são utilizadas como uma forma de prevenção. O soro, por sua vez, não estimula o nosso sistema imune, sendo conhecido como uma imunização passiva.
No caso dos soros, o agente causador da doença é inoculado em um animal, como o cavalo, para que ele produza anticorpos. Posteriormente, retira-se o sangue desse animal, e do plasma são obtidos os anticorpos. Quando recebemos soros, portanto, estamos recebendo anticorpos já prontos. O soro não é utilizado como forma de prevenção e sim como tratamento. Para saber mais sobre as características e diferenças entre essas substâncias, leia nosso texto: Soro e vacina.
Qual a função das vacinas?
As vacinas têm a finalidade de induzir uma resposta imunológica do organismo. O objetivo de induzir a imunidade é garantir a proteção contra determinada doença ou evitar que ela se desenvolva de maneira severa.
Não podemos pensar, no entanto, que a vacina apresenta apenas benefícios individuais. A vacinação protege o indivíduo contra determinada doença mas também garante que a circulação de determinado agente na população diminua. Se mais pessoas estão protegidas, menos casos da doença são diagnosticados, causando benefícios para o sistema de saúde e até mesmo para a economia de um país.
Em alguns casos, é possível eliminar completamente uma doença com a aplicação de vacinas na população. Esse é o caso da varíola, que foi declarada como erradicada em todo o mundo no dia 8 de maio de 1980. No Brasil, assim como em várias partes do mundo, a poliomielite também foi erradicada graças aos grandes esforços da vacinação. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da poliomielite em 1994. No mundo, apenas Paquistão e Afeganistão ainda registram casos dessa doença.
Leia também: A importância da vacinação
Algumas doenças para as quais já existem vacinas
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Gripe: é uma doença que afeta o sistema respiratório e é provocada pelo vírus influenza. Existem quatro tipos de vírus influenza: A, B, C e D. Os tipos A e B são os responsáveis por epidemias sazonais. Esses vírus sofrem constantes mutações, e, por isso, a cada ano, a vacina é reformulada. Sendo assim, é importante vacinar-se anualmente contra a gripe.
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Covid-19: é uma doença infecciosa provocada pelo vírus Sars-CoV-2. Dentre seus principais sintomas, podemos citar febre, cansaço e tosse seca. A covid-19 teve seus primeiros casos identificados em 2019, e, em 2020, foi reconhecida como uma pandemia.
A covid-19 foi responsável por milhares de mortes em todo o mundo, fazendo com que laboratórios em vários países iniciassem rapidamente a busca por uma vacina eficaz. No dia 17 de janeiro de 2021, a Anvisa autorizou no Brasil o uso emergencial de duas vacinas contra a covid-19, e a primeira pessoa foi vacinada, marcando o início da vacinação da população contra a doença.
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Sarampo: é uma doença viral potencialmente fatal que apresenta como sintomas febre, tosse, irritação nos olhos, mal-estar e manchas no corpo. As vacinas que protegem contra o sarampo, de acordo com o Ministério da Saúde, são a dupla viral, a tríplice viral e a tetra viral. A dupla viral protege contra sarampo e rubéola. A tríplice protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Por fim, a tetra viral protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.
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Tétano: é uma doença causada pela bactéria Clostridium tetani. O tétano acidental ocorre, geralmente, quando uma pessoa sofre lesões na pele por objetos deixados no ambiente e contaminados pela bactéria. Os sintomas incluem contração muscular, rigidez dos membros e dificuldade para abrir a boca.
O tétano neonatal, por sua vez, é contraído pela contaminação do coto umbilical por esporos de bactérias que podem estar em instrumentos não esterilizados adequadamente ou em produtos usados no curativo umbilical. No tétano neonatal, os sintomas incluem dificuldade para abrir a boca e mamar, choro excessivo, contração dos músculos e irritabilidade. O tétano acidental é prevenido por meio da vacinação. No caso do tétano neonatal, a imunidade do recém-nascido é conseguida graças à vacinação adequada da mãe.
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Febre amarela: é uma doença causada por um vírus e transmitida por mosquitos vetores. A febre amarela urbana apresenta como vetor o mosquito Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue. Essa doença provoca sintomas como febre, calafrios, dores no corpo, dor de cabeça, náusea e vômito. Também pode provocar icterícia em casos mais graves. A icterícia pode ser definida como uma coloração amarelada da pele e dos olhos.
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Poliomielite: também conhecida como paralisia infantil, é uma doença causada pelo poliovírus. A transmissão ocorre, principalmente, pela via oral-fecal. A poliomielite pode desencadear paralisia e até mesmo a morte. Em algumas situações, no entanto, a doença pode ser assintomática. Apesar de o Brasil ter recebido o certificado de eliminação da pólio em 1994, a vacinação ainda é importante, uma vez que a doença continua ocorrendo em algumas partes do mundo, e a não vacinação pode fazer com que ela volte ao nosso país.