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As vacinas são uma importante forma de prevenção contra diversas doenças, e o Brasil é um país que se destaca por seu programa público de imunização. De acordo com o Ministério da Saúde, a rede pública oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, ainda de acordo com o Ministério, “os últimos dois anos (2017 e 2018) os índices de cobertura vacinal das principais vacinas ofertadas pelo SUS têm registrado queda”. Isso significa que a vacina está disponível, porém a população não está procurando a rede para recebê-la.
Infelizmente, observa-se que muitas informações incorretas são diariamente compartilhadas, sendo verificado um crescente aumento do número de pessoas que não acreditam na eficácia ou temem os efeitos da vacina. Com isso, algumas doenças que estavam erradicadas no país, acabam retornando. Devido a grande importância da vacinação e da grande quantidade de notícias falsas que circulam sobre o tema, separamos 5 mitos sobre as vacinas que precisam ser destruídos.
Tópicos deste artigo
- 1 - 1. As vacinas causam autismo
- 2 - 2. As vacinas provocam uma série de efeitos colaterais perigosos que são mais perigosos que a própria doença
- 3 - 3. Se uma pessoa apresenta uma vida saudável, não é necessário vacinar
- 4 - 4. Mulheres grávidas não devem se vacinar
- 5 - 5. Se uma doença está erradicada em nosso país, não há necessidade de vacinação
1. As vacinas causam autismo
As vacinas das crianças devem obedecer rigorosamente o calendário de vacinação.
As vacinas não causam autismo. Esse mito se iniciou quando, em 1998, um trabalho foi apresentado relacionando o autismo com a vacina tríplice viral. Obviamente, esse estudo causou muito pânico entre a população, porém o próprio autor do trabalho se retratou posteriormente, na revista em que o estudo tinha sido publicado, por ter cometido alguns erros metodológicos.
O problema é que mesmo depois de provado o erro no trabalho e outros estudos serem realizados e comprovarem que a relação não existe, o trabalho desacreditado pela ciência continuou a ser divulgado.
Leia também: Vacinas que todas as crianças devem tomar
2. As vacinas provocam uma série de efeitos colaterais perigosos que são mais perigosos que a própria doença
As vacinas, assim como os medicamentos, podem gerar algumas reações, porém essas reações são normalmente pouco preocupantes e somem rapidamente. Dentre as reações que podem ocorrer, destacam-se a febre e a dor no local da aplicação. Efeitos colaterais mais graves ocasionados por vacinas são muito raros; entretanto, complicações em decorrência de certas doenças são bastante comuns.
A gripe H1N1, por exemplo, pode provocar a morte, porém pode ser prevenida com vacinação. Outro ponto que merece destaque é que as vacinas antes de serem liberadas para a população passam por uma série de testes que garantem a sua eficácia e segurança.
3. Se uma pessoa apresenta uma vida saudável, não é necessário vacinar
Uma vida saudável é fundamental para a prevenção de uma grande quantidade de doenças, porém não garante proteção efetiva contra todas elas. Isso significa que mesmo que a pessoa se alimente bem, tenha bons hábitos de higiene e pratique exercícios, ela deve ter o seu cartão de vacinação em dia.
4. Mulheres grávidas não devem se vacinar
As mulheres grávidas podem receber algumas vacinas, como a de gripe.
As mulheres grávidas podem se vacinar contra algumas doenças, mas também existem vacinas não são recomendadas para gestantes. Entre as vacinas que a gestante pode tomar, está a vacina contra a gripe, a vacina contra a hepatite B e a dTpa (difteria, tétano e coqueluche). Já dentre as vacinas contraindicadas podemos citar a vacina contra a varicela e a contra HPV.
Leia também: Por que devemos vacinar todos os anos contra a gripe?
5. Se uma doença está erradicada em nosso país, não há necessidade de vacinação
Mesmo que uma doença seja considerada erradicada em nosso país, a vacinação é fundamental, uma vez que a doença pode ainda existir em outros lugares e outras pessoas podem trazer o agente causador para nossa região. As pessoas que não foram vacinadas podem então contrair a doença e novos casos podem surgir no país.
Em 2017, por exemplo, a meta das vacinas indicadas para os dois primeiros anos de idade não foi atingida. A cobertura da tríplice viral, que garante proteção contra sarampo, caxumba e rubéola ficou em 86%, quando o ideal deveria ser atingir os 95%.
As consequências da redução das vacinas vieram rapidamente e, em 2018, iniciou-se um surto de sarampo no Brasil, fazendo com que o país perdesse o certificado de eliminação da doença que havia conseguido em 2016.
Percebemos, portanto, que a vacinação é essencial e não podemos acreditar em informações sem comprovação científica. A vacinação garante a nossa proteção e também a de outras pessoas, uma vez que evita que muitas doenças fiquem em circulação. Sendo assim, mantenha sempre seu cartão de vacinação em dia.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos