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Monóxido de carbono

O monóxido de carbono é um gás inodoro, incolor e tóxico. É produzido com base na queima de compostos de carbono, na presença de pouco oxigênio (queima incompleta).

Escapamento de carro emitindo monóxido de carbono.
A queima de combustíveis dos automóveis é uma das principais fontes de emissão de monóxido de carbono.
Crédito da Imagem: shutterstock
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O monóxido de carbono é um gás produzido com base na queima incompleta de material combustível rico em carbono. Apesar de suas aplicações na indústria, é um gás asfixiante muito tóxico que, dependendo do tempo de exposição e da quantidade inalada, pode levar à morte.

Tópicos deste artigo

Características do monóxido de carbono

Gás incolor, inodoro, inflamável, menos denso que o ar atmosférico e de fórmula molecular CO, o monóxido de carbono é produzido com base na queima, em condições de pouco oxigênio disponível, de combustíveis fósseis e compostos que contenham carbono, no que chamamos de combustão incompleta. O monóxido de carbono é um gás extremamente perigoso, pois é um asfixiante químico que pode levar à intoxicação.

Saiba mais: Combustão completa e incompleta

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Propriedades do monóxido de carbono

O monóxido de carbono possui fórmula molecular CO, e sua massa molar é de 28 g/mol. Essa substância encontra-se no estado gasoso em temperatura ambiente (temperatura de fusão = −205,07 °C; temperatura de ebulição = -191,5ºC) e possui densidade igual a 1,25 kg·m−3 a 0 °C. Por ser um gás inodoro, sem sabor e incolor, é ainda mais perigoso, pois tais características dificultam a sua identificação em caso de vazamentos.

Onde encontrar monóxido de carbono

As fontes mais frequentes e que mais corroboram com a emissão de CO na atmosfera são as queimadas e a queima de combustíveis derivados de petróleo em veículos.

Em relação a esse último caso, a não manutenção dos motores e outros componentes do veículo faz com que a queima do combustível seja incompleta, lançando monóxido de carbono e até carbono, que, em alguns casos, torna-se visível ao sair do escapamento na forma de fuligem.

A liberação de monóxido de carbono pode ocorrer em equipamentos de aquecimento de ambientes, os quais utilizam como princípio a queima de gás ou querosene, que não estejam regulados e com a manutenção em dia.

Leia também: Combustíveis fósseis

Uso do monóxido de carbono

O monóxido de carbono já foi utilizado, durante a Segunda Guerra Mundial, nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas. Atualmente, é utilizado em escala industrial para a produção de ferro, níquel, cobalto e outros metais, retirando o oxigênio dos respectivos minérios e reduzindo-o a CO2.

O CO também é utilizado na síntese de diversos compostos orgânicos, tais como ácido acético, ácido fórmico, plásticos, ésteres e álcoois.

Intoxicação por monóxido de carbono

A principal via de intoxicação com o monóxido de carbono é a respiratória, que faz com que o CO chegue aos pulmões rapidamente e cause a intoxicação. Depois de inalado, o monóxido de carbono é difundido pelos vasos sanguíneos, combinando-se com a hemoglobina, responsável pelo transporte do O2 pelo corpo humano, tendo como consequência a carboxi-hemoglobina.

O monóxido de carbono possui cerca de 200 vezes mais afinidade com a hemoglobina que o gás oxigênio e, ao ligar-se a ela, diminui a quantidade de hemoglobina disponível para o transporte de O2 pelo corpo humano. Essa competição com o oxigênio pode levar à morte por asfixia.

Ligação do monóxido de carbono e a interação da hemoglobina com o gás oxigênio.
Ao ligar-se à hemoglobina, o monóxido de carbono impede a interação da hemoglobina com o gás oxigênio.

Efeitos da inalação do monóxido de carbono

Após sua inalação, o monóxido de carbono pode causar leves sintomas de envenenamento, dores de cabeça e até falhas na respiração, levando à morte. Os sintomas dependem da concentração de CO no ar atmosférico e do tempo de exposição ao gás. Uma exposição rápida ao gás pode levar a desmaios, sensação de confusão, náusea e dores de cabeça.

Quando o tempo de inalação aumenta, os sintomas agravam-se e podem causar intoxicação do sistema nervoso central, convulsões, diminuição na frequência cardíaca e na respiração, provocando a morte do organismo.

Como evitar a intoxicação por monóxido de carbono

A intoxicação por monóxido de carbono pode ser evitada reduzindo as possíveis fontes de emissão do gás em ambientes com baixa ventilação, como aquecedores a gás ou querosene, fornos a lenha etc. Além disso, é necessário que tais equipamentos estejam em bom estado de conservação e funcionamento, levando em consideração as medidas de segurança adotadas para o seu uso.

Detector de fumaça
Os detectores de fumaça podem auxiliar na detecção de monóxido de carbono, em caso de vazamento.

Atualmente existem detectores de monóxido de carbono que podem ser instalados em locais para auxiliar na identificação de vazamentos, uma vez que o monóxido de carbono é um gás de difícil detecção pelos sentidos humanos.

Escritor do artigo
Escrito por: Victor Ricardo Ferreira Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FERREIRA, Victor Ricardo. "Monóxido de carbono"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/monoxido-carbono.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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