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Os combustíveis fósseis têm um papel muito importante na sociedade tal qual a conhecemos hoje, pois eles representam mais de 75% da demanda energética mundial, sendo usados em veículos, indústrias e residências.
Mas, afinal de contas, o que é um combustível fóssil? O termo “fóssil” significa é dado aos restos ou vestígios de plantas ou animais que se encontram nas camadas terrestres anteriores ao atual período geológico. Os combustíveis fósseis originaram-se exatamente por meio da decomposição lenta dos seres vivos animais e vegetais ao longo de milhares ou milhões de anos. Esses restos de matéria orgânica foram sendo soterrados nas camadas mais profundas da crosta terrestre, preservando o oxigênio, e ocorreu a sua decomposição por serem submetidos à ação de bactérias, pressão e calor.
A combustão ou queima de todos os combustíveis fósseis gera gases poluentes, tais como o dióxido de carbono (CO2), que é considerado por muitos como o principal causador do aquecimento global; o monóxido de carbono (CO), que é tóxico e venenoso; material particulado, como a fuligem (C), e outros gases oriundos da presença de impurezas, como os óxidos de enxofre e de nitrogênio que causam chuvas ácidas.
Outro ponto negativo dos combustíveis fósseis é que eles não são renováveis, ou seja, um dia as suas reservas terão um fim.
Temos três tipos de combustíveis fósseis, que são:
1- Petróleo: foi formado principalmente por restos de pequenos seres marinhos, como animais e vegetais unicelulares. Estima-se que suas jazidas tenham entre 10 e 500 milhões de anos.
Uso de “cavalo de pau” (à esquerda) para exploração do petróleo
O petróleo é um líquido escuro composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, além de pequenas quantidades de compostos orgânicos que contêm enxofre, nitrogênio e oxigênio.
Ele é o combustível fóssil mais utilizado atualmente porque o seu refinamento por meio de destilação fracionada origina várias frações ou misturas de compostos orgânicos com quantidades próximas de carbono que compõem os derivados do petróleo. Estes podem ser usados de diversas formas.
Como exemplos da aplicação dos derivados de petróleo, podemos citar a gasolina, o gás natural e o óleo diesel, que são usados como combustíveis; a querosene, que pode ser usada em iluminação; o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) usado no gás de cozinha; a parafina, que é usada na fabricação de velas e cosméticos; o asfalto usado na pavimentação de ruas; além dos muitos derivados do petróleo usados na produção de polímeros sintéticos (plásticos e borrachas).
2- Gás Natural: é composto principalmente de metano e pode ser encontrado nas jazidas petrolíferas associado ao petróleo. Ele é usado como combustível, matéria-prima na síntese de compostos orgânicos e na fabricação de plásticos. O governo também tem incentivado o uso do gás natural em indústrias para a geração de calor, tendo em vista que ele é menos poluente que os derivados do petróleo.
A principal limitação do uso do gás natural combustível é em relação ao seu transporte e estocagem, que exigem atualmente gasodutos imensos que podem causar grande impacto ambiental.
Os gasodutos para transporte de gás natural podem trazer impactos sobre o meio ambiente
3- Carvão mineral ou natural: Esse combustível foi obtido pela fossilização da madeira e é constituído de uma mistura de substâncias complexas ricas em carbono.
Existem quatro tipos de carvões minerais, mas o que apresenta maior importância comercial é a hulha (com 80% de carbono). Quando sofre destilação seca, a hulha origina três frações que contêm compostos usados para os mais diversos fins. Essas frações são: os gases usados como combustíveis e na iluminação de ruas; o alcatrão de hulha, que é a maior fonte natural de compostos aromáticos usados para produção de plásticos, tintas, produtos de limpeza e medicamentos; e as águas amoniacais que são usadas em fertilizantes.
Mina de carvão
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química