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Febre do Nilo Ocidental

Febre do Nilo Ocidental é uma doença viral transmitida por meio da picada de um mosquito. A doença pode causar sintomas leves até quadros neurológicos graves.

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Febre do Nilo Ocidental é uma doença causada por vírus e transmitida pela picada de um mosquito. Pode ter  diferentes manifestações clínicas, observando-se desde casos assintomáticos até casos graves envolvendo alterações neurológicas, como encefalite (inflamação do parênquima do encéfalo). O vírus causador dessa doença mantém-se na natureza graças a ciclos alternados de infecções que acometem aves e mosquitos hematófagos.

O primeiro caso da Febre do Nilo Ocidental foi observado na África, em 1937, e na década de 1950 ocorreram surtos em alguns países africanos. Em 1999 a doença chegou às Américas, por meio dos Estados Unidos, e o primeiro caso no Brasil foi registrado em 2014, no Piauí.

Leia mais sobre: Doenças causadas por vírus

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O que é a Febre do Nilo Ocidental?

A Febre do Nilo Ocidental é uma doença provocada por um vírus de RNA do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. O primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental foi  registrado, em 1937, em uma mulher que apresentou quadro febril em Uganda, África, em uma província chamada Nilo Ocidental, sendo esse o motivo pelo qual a infecção é denominada dessa forma.

O vírus causador da Febre do Nilo Ocidental pertence ao mesmo gênero do vírus causador da dengue e da febre amarela.
O vírus causador da Febre do Nilo Ocidental pertence ao mesmo gênero do vírus causador da dengue e da febre amarela.

O vírus causador da Febre do Nilo Ocidental é um arbovírus, uma vez que seus ciclos envolvem vetores artrópodes hematófagos e hospedeiros vertebrados. O vírus apresenta como hospedeiros naturais algumas espécies de aves silvestres, sendo que esses animais podem ou não apresentar quadros clínicos da doença. As aves participam do ciclo da Febre do Nilo Ocidental como amplificadoras do vírus e como fontes de infecção dos mosquitos.

O vírus pode infectar, por meio da picada de mosquitos, mamíferos, como homens e cavalos, considerados hospedeiros acidentais e terminais. Essa denominação é dada devido ao fato de que a contaminação ocorre por curto período e os níveis virais são insuficientes para infectar mosquitos. Sendo assim, o ciclo de transmissão da doença encerra-se. O principal gênero de mosquito identificado como vetor da doença é o Culex.

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Transmissão da Febre do Nilo Ocidental

A transmissão dessa doença ocorre por meio da picada de mosquitos contaminados com o vírus, principalmente, mosquitos do gênero Culex, sendo essa doença, portanto, de transmissão vetorial.  A transmissão pode ocorrer ainda por meio de transfusão de sangue, transplante de órgãos, amamentação, e durante a gestação. Vale salientar que essas formas de transmissão são muito mais raras quando comparadas com a transmissão pela picada do inseto.

Leia também: Aedes aegypti – mosquito africano e vetor de várias doenças

Sintomas da Febre do Nilo Ocidental

A Febre do Nilo Ocidental pode apresentar-se de forma assintomática e até de forma neurológica grave. Nas formas leves da doença, o indivíduo apresenta sintomas como: febre, vômito, enjoo, dores de cabeça e nos olhos, dor muscular, manchas vermelhas na pele, e linfadenopatia (alteração no tamanho e consistência dos linfonodos). Nos casos mais graves, ocorre o acometimento do sistema nervoso central, sendo a encefalite o quadro mais comum observado.

De acordo com o Ministério da Saúde, observa-se maior ocorrência da forma mais grave em indivíduos com idade superior a 50 anos. Ainda de acordo com o ministério, se não tratada adequadamente, em casos raríssimos, a Febre do Nilo Ocidental pode matar.

A Febre do Nilo Ocidental é transmitida pela picada de mosquito, portanto, repelentes podem ajudar na prevenção da doença.
A Febre do Nilo Ocidental é transmitida pela picada de mosquito, portanto, repelentes podem ajudar na prevenção da doença.

Diagnóstico da Febre do Nilo Ocidental

A Febre do Nilo Ocidental é diagnosticada pela detecção de anticorpos IgM pelo método ELISA em soro ou líquido cefalorraquidiano. Vale salientar que reações cruzadas podem ocorrer caso o paciente tenha sido vacinado ou infectado por outro flavivírus. O gênero Flavivirus é o mesmo dos vírus causadores da dengue e da febre amarela.

Leia também: Febre Zika – transmitida pelo mosquito do gênero Aedes

Tratamento da Febre do Nilo Ocidental

Não há tratamento específico para a Febre do Nilo Ocidental. Desse modo, a doença será tratada a fim de reduzir-se seus sintomas. Medicamentos para dores de cabeça e dores musculares poderão ser recomendados. Casos mais graves poderão necessitar de internação.

Prevenção da Febre do Nilo Ocidental

A doença pode ser prevenida evitando-se contato com o seu mosquito transmissor. Para isso, é importante utilizar repelentes e colocar telas em janelas e portas. É importante também criar formas de evitar a proliferação do vetor, garantindo-se que nas residências não haja locais com água parada, por exemplo. Até o momento, não existem vacinas registradas.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Febre do Nilo Ocidental"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-do-nilo-ocidental.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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