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O transplante, também chamado de transplantação, é a transferência de células, tecidos ou órgãos de uma pessoa (doador) para outra pessoa (receptor). O primeiro transplante de que se tem notícia data do século II a.C. na Índia. Nessa época se transplantavam a pele de uma região do corpo de uma pessoa para outra região do corpo da mesma pessoa, como tratamento para queimaduras e ferimentos graves.
Depois de anos de fracasso, o transplante entre pessoas diferentes só foi possível no ano de 1954 entre dois irmãos gêmeos idênticos. Nessa época, os médicos já sabiam que o sistema imune da pessoa receptora poderia rejeitar os órgãos e a inexistência de medicamentos imunossupressores impedia a doação de órgãos àqueles que não tinham irmãos gêmeos idênticos. Depois de muitas pesquisas, foram descobertos medicamentos que poderiam ser utilizados como imunossupressores e, finalmente, o transplante poderia ser feito entre pessoas que não fossem gêmeos idênticos.
Qualquer pessoa pode se tornar um doador de órgãos, desde que não possua em seu histórico doenças que prejudiquem o funcionamento do órgão a ser doado.Para ser um doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é de extrema importância que a pessoa comunique a sua família sobre o desejo. É importante lembrar que alguns órgãos podem ser doados em vida, como um dos rins, parte do fígado e parte da medula óssea. Pacientes com morte encefálica são considerados potenciais doadores, de acordo com a Resolução CFM Nº 1480/97, mas após a morte encefálica a doação dos órgãos só pode ser feita mediante consentimento familiar.
Para que haja sucesso no transplante, é necessário que o órgão seja transplantado o mais rápido possível, para que não ocorra sua perda. Antes de todos os transplantes são realizados mapeamentos genéticos do doador e do receptor, pois quanto mais parecido forem geneticamente, menos drogas são necessárias e mais tempo o órgão dura.
Após o transplante, consultas periódicas com o médico são realizadas e se houver qualquer tipo de rejeição, poderá ser oferecido ao doente um novo transplante.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia