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A febre hemorrágica brasileira é uma doença grave e rara, tendo ressurgido, no Brasil, em 2020, com o registro da primeira morte pela doença após 20 anos sem casos registrados. A transmissão dessa doença relaciona-se ao contato com roedores silvestres. Os sintomas principais, como o nome sugere, são febre e hemorragia, e seu tratamento é voltado apenas para a redução desses e dos demais sintomas.
Tópicos deste artigo
- 1 - O que é a febre hemorrágica brasileira?
- 2 - Transmissão da febre hemorrágica brasileira
- 3 - Sintomas da febre hemorrágica brasileira
- 4 - Diagnóstico e tratamento da febre hemorrágica brasileira
- 5 - Prevenção da febre hemorrágica brasileira
- 6 - Outras febres hemorrágicas
O que é a febre hemorrágica brasileira?
A febre hemorrágica brasileira é provocada por vírus da família Arenaviridae, a qual possui três gêneros: Mammarenavirus, Reptarenavirus e Hartmanivirus. De acordo com o Ministério da Saúde, na literatura, são registrados quatro casos de febre hemorrágica brasileira em humanos, todos provocados pelo gênero Mammarenavirus.
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Transmissão da febre hemorrágica brasileira
A febre hemorrágica brasileira pode ser transmitida de duas maneiras distintas. Um indivíduo pode contrair a doença, por exemplo, ao inalar partículas formadas a partir de secreções e excreções de pequenos mamíferos, possivelmente roedores silvestres, que podem ser infectados pelos vírus e eliminá-lo por toda a vida.
A transmissão pode ocorrer ainda de uma pessoa para outra, quando há o contato prolongado e próximo com o doente por meio de secreções e excreções do infectado. Vale salientar que, para evitar esse tipo de transmissão, deve-se ter um cuidado redobrado em ambientes hospitalares, sendo fundamental a atenção quanto à utilização de equipamento de proteção individual.
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Sintomas da febre hemorrágica brasileira
A febre hemorrágica brasileira não possui sintomas específicos, portanto, pode ser facilmente confundida com outras doenças virais, como é o caso da dengue e da febre amarela. No quadro a seguir, separamos os principais sintomas que podem ser atribuídos a essa doença.
Sintomas da febre hemorrágica brasileira |
Febre Mal-estar Sangramento das mucosas Dores no corpo Dor de cabeça Dor no estômago Dor de garganta Dor atrás dos olhos Sensibilidade à luz Manchas avermelhadas no corpo Sonolência Tontura Alterações comportamentais Convulsões |
O tempo compreendido entre a exposição ao vírus causador da febre hemorrágica brasileira e o início dos sintomas, em média, é de 6 a 14 dias. Como a evolução da doença é rápida e pode levar à morte, é fundamental buscar atendimento médico ao apresentar os sintomas descritos anteriormente, principalmente, se houve contato com roedores silvestres, pessoas doentes ou visitou áreas onde há relatos da doença.
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Diagnóstico e tratamento da febre hemorrágica brasileira
O diagnóstico da febre hemorrágica brasileira baseia-se em um exame de biologia molecular, o qual está disponível no Sistema Único de Saúde. A doença não apresenta um tratamento específico, sendo recomendada a terapia para o tratamento dos sintomas identificados. Durante o tratamento, o paciente com suspeita ou confirmação da doença deve permanecer isolado.
Prevenção da febre hemorrágica brasileira
Como vimos anteriormente, a transmissão da febre hemorrágica está relacionada ao contato com secreções e excreções de roedores contaminados, bem como contato com pacientes. Desse modo, a prevenção baseia-se em evitar roedores silvestres e locais onde há a presença desses animais, evitar contato com o doente e, para profissionais da saúde, a adoção de técnica de proteção individual.
Outras febres hemorrágicas
A febre hemorrágica brasileira não é a única febre hemorrágica conhecida. Além dela, várias outras doenças encaixam-se nessa categoria, sendo esse o caso da malária, da leptospirose e da febre hemorrágica da dengue, por exemplo. Todas essas doenças apresentam em comum o fato de serem responsáveis por desencadear febre e distúrbios hemorrágicos. Para saber mais sobre esse tipo de doença, acesse nosso texto febres hemorrágicas.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia