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Herbívoros são animais que se alimentam de vegetais e algas. Essa relação ecológica estabelecida entre animal e planta é denominada herbivoria. Os animais herbívoros apresentam uma série de adaptações que garantem esse tipo de alimentação, como peças bucais adaptadas nos insetos, dentes que garantem a trituração nos mamíferos, e bactérias mutualísticas que garantem a digestão da celulose.
Leia mais: Dentes – estruturais essenciais no processo de digestão
Tópicos deste artigo
- 1 - Animais herbívoros e suas adaptações alimentares
- 2 - Qual a posição dos herbívoros na cadeia alimentar?
- 3 - Exemplos de animais herbívoros
Animais herbívoros e suas adaptações alimentares
Animais herbívoros alimentam-se de plantas e algas. Nesse grupo inclui-se tanto animais invertebrados, como as lagartas, como animais vertebrados, como os cavalos. Tais organismos destacam-se por apresentar adaptações que permitem a eficiência de seu hábito alimentar.
Em insetos observamos uma série de peças bucais diferentes que se relacionam com o tipo de alimento que eles ingerem. Nas borboletas, por exemplo, as peças bucais estão adaptadas a sugar o néctar das flores, enquanto grilos, gafanhotos e larvas de insetos, como as da borboleta, apresentam peças bucais mastigadoras.
Nas aves, os bicos também são variados, a depender do tipo de hábito que a ave apresenta. Os beija-flores, por exemplo, possuem um bico longo que ajuda na retirada do néctar das flores, enquanto nas araras os bicos são adaptados para que elas consigam alimentar-se de determinados frutos.
No que diz respeito aos herbívoros mamíferos, verificamos a dentição formada basicamente por pré-molares e molares, que ajudam o animal a triturar o alimento. Os incisivos e os caninos, normalmente, são modificados de modo a garantir que o animal consiga abocanhar o vegetal.
Os herbívoros também estabelecem relações mutualísticas a fim de obterem maior eficiência no processo de herbivoria. A presença de bactérias no trato digestório é importante para a quebra da celulose em muitos vertebrados. Nos cupins é também observada uma relação mutualística com protistas atuando no processo de digestão da celulose presente na madeira. Essas relações são essenciais, pois os animais são incapazes de produzir enzimas que quebram a celulose, e é ela que garante grande quantidade de energia para eles.
Não podemos esquecer-nos também de citar os animais ruminantes, como a vaca e a ovelha, que apresentam um sistema digestório altamente adaptado para a alimentação herbívora.
Nesses animais, observa-se um estômago com quatro câmeras e que o alimento passa mais de uma vez pela boca. Após o alimento ser mastigado, ele segue para o rúmen e para o retículo, nos quais micro-organismos mutualísticos trabalham a quebra da celulose. O alimento retorna à boca, na qual a mastigação será realizada novamente. O alimento é então engolido e segue para o omaso e abomaso. No omaso, grande parte da água é absorvida, enquanto no abomaso observa-se a ação de enzimas digestivas. Daí o alimento segue para o intestino.
Vale salientar ainda que, quando comparados aos carnívoros, os herbívoros apresentam um trato digestório mais longo. Isso é importante, pois, nesses animais, o processo de digestão é mais complexo e necessita de maior tempo para que a matéria vegetal consiga ser digerida.
Qual a posição dos herbívoros na cadeia alimentar?
Herbívoros são animais que se alimentam de algas e plantas, ou seja, dos organismos produtores na cadeia alimentar, com isso, temos que eles ocupam a posição de consumidores primários. Vale destacar que animais carnívoros nunca ocupam essa posição na cadeia, porém animais onívoros, ao alimentarem-se de vegetais, podem também ocupar a posição de consumidores primários.
Leia também: Cadeia e teia alimentar – mostram o fluxo de matéria e energia nos ecossistemas
Exemplos de animais herbívoros
Veja, a seguir, alguns exemplos de animais herbívoros:
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Borboleta
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Cavalo
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Cupim
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Gafanhoto
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Ovelha
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Tucano
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Vaca
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia