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A arara-azul, também chamada arara-azul-grande, é uma espécie de ave, encontrada no Brasil, que se caracteriza por ser a maior entre os psitacídeos (família Psittacidae), chegando a atingir mais de um metro de comprimento, medindo-se da ponta do bico à ponta da cauda. Essa espécie habita diferentes formações vegetais, sendo encontrada em formações savânicas e até em ambientes de floresta no Brasil, Paraguai e Bolívia. As maiores populações dessa espécie de arara são encontradas no Pantanal.
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Tópicos deste artigo
- 1 - → Nome científico
- 2 - → Características
- 3 - → Alimentação
- 4 - → A arara-azul está extinta?
- 5 - → As araras de cor azul
→ Nome científico
O nome científico da arara-azul é Anodorhynchus hyacinthinus. Veja, a seguir, a classificação taxonômica desse animal:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Gênero: Anodorhynchus
Espécie: Anodorhynchus hyacinthinus
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→ Características
A arara-azul, como o nome sugere, destaca-se pela coloração azul de suas penas, mais precisamente da cor azul-cobalto. Um detalhe interessante é que na parte inferior das asas e da longa cauda a coloração não é azul, como no restante do corpo, e sim preta (veja figura a seguir). Na cabeça, é possível perceber um anel de cor amarela ao redor dos olhos. Além disso, a coloração amarela é percebida nas pálpebras e base da boca. O bico desse animal é grande e curvo, dando a impressão de que esse é maior que o próprio crânio.
Esse animal destaca-se também pelo seu tamanho. Uma arara-azul adulta pode atingir até um metro de comprimento e pesar até 1,3 kg. Quando nascem os filhotes, apresentam cerca de 30 gramas e um tamanho de cerca de 82 mm.
Esses animais são aves sociais, sendo encontradas em pares ou grupos. Esses grupos podem ser encontrados em locais de alimentação e nos chamados dormitórios, que funcionam como áreas para o descanso desses animais. As araras-azuis apresentam alta capacidade de socialização entre os membros do grupo.
Uma característica interessante da arara-azul é que ela apresenta comportamento monogâmico, com formação de casais que permanecem unidos até mesmo fora da estação reprodutiva. Esses pares dividem tarefas entre si, como o cuidado com o filhote e com o ninho.
Após o acasalamento, os ovos são colocados em ninhos localizados, principalmente, em ocos de árvores e em paredões rochosos. Geralmente, a fêmea bota entre um e três ovos e fica chocando-os por um período aproximado de um mês. Durante esse período, o macho é responsável por trazer alimento para a fêmea. É comum que o casal de arara reutilize um ninho de um ano para outro.
Nos primeiros meses após o nascimento, o filhote é muito fraco, estando sujeito à predação e também aos parasitas. Essas aves permanecem no ninho por, aproximadamente, três meses, alçando voo somente após esse período. A separação do filhote dos pais, no entanto, só ocorre após cerca de 12 ou 18 meses.
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→ Alimentação
A arara-azul apresenta um bico bastante resistente, o qual a auxilia na sua alimentação. Esses animais alimentam-se, principalmente, de frutos de palmeiras, tais como buriti, licuri e macaúba. Geralmente, as araras-azuis são observadas alimentando-se sobre o solo e em bandos, diferentemente da maioria das espécies de araras que se alimenta no topo de árvores. A alimentação em grupo é uma forma importante de proteção.
→ A arara-azul está extinta?
A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma espécie que não se encontra extinta, porém está classificada como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Ainda de acordo com essa lista, a população dessa espécie está em decréscimo. As principais ameaças contra ela são a destruição de habitat e a captura para comércio ilegal.
→ As araras de cor azul
Muitas pessoas chamam todas as araras de coloração azul de araras-azuis, entretanto, no grupo de araras-azuis, temos várias espécies. O nome arara-azul é mais utilizado para referir-se à espécie Anodorhynchus hyacinthinus, também chamada de arara-azul-grande. Além da arara-azul-grande, temos como araras de coloração azul: a ararinha-azul (extinta), a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena (extinta). Veja um pouco mais sobre elas:
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Ararinha-azul: é uma espécie de arara com coloração azul, porém apresenta um menor tamanho quando comparada às outras espécies. Essa é totalmente azul, havendo na cabeça uma coloração mais clara que no restante do corpo. Atualmente, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) encontra-se extinta na natureza.
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Arara-azul-de-lear: possui o nome científico Anodorhynchus leari. Sua cabeça e pescoço recebem a coloração azul-esverdeado, e, ao redor dos olhos, há um anel de cor amarelo-claro. A barriga desse animal possui coloração mais desbotada, enquanto asas e calda são da cor azul-cobalto. É bastante semelhante à arara-azul-grande, sendo, porém, menor, apresentando pouco mais de 70 cm. Essa espécie, devido aos programas de conservação, apresenta hoje uma tendência de aumento.
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Arara-azul-pequena: cujo nome científico é Anodorhynchus glaucus, apresenta características que a assemelham à arara-azul-de-lear. Essa espécie está extinta, e seu último exemplar morreu em um zoológico, em Londres, em 1912. A caça e a destruição do habitat apresentam relação direta com o extermínio dessa espécie.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos