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As plantas realizam reações de fotossíntese, em que a água, o gás carbônico e a energia do sol retida pela clorofila produzem oxigênio e glicose, que é um carboidrato classificado como monossacarídeo:
6 CO2(g) + 6 H2O(ℓ) + luz solar → 1 C6H12O6(aq) + 6 O2(g)
As moléculas de glicose combinam-se formando polissacarídeos, que são polímeros de condensação naturais. Quando essa união ocorre por unidades de β-glicose, há a formação da celulose:
Cada molécula de celulose é formada por 10 000 ou mais unidades de β-glicose
A celulose constitui a parede celular de todas as plantas, sendo um reforço externo das células vegetais. A ligação β faz com que esse polissacarídeo tenha uma estrutura bem rígida. Diferentemente do amido e do glicogênio que são polissacarídeos formados pela união de moléculas de α-glicose.
Por essa razão, os seres humanos não conseguem digerir a celulose ingerida. Alguns animais, como os ruminantes, o que inclui o veado e o boi, conseguem digerir a celulose porque possuem bactérias em seus tratos digestivos que produzem enzimas capazes de metabolizar esse polímero. O cupim também é capaz disso porque ele possui protozoários que produzem as enzimas que realizam esse trabalho.
No entanto, mesmo não conseguindo metabolizar a celulose, a ingestão dessas fibras, por meio de saladas de folhas verdes, por exemplo, é importante para a dieta diária do ser humano, porque a celulose serve de meio de desenvolvimento de bactérias benéficas e também ajuda no bom funcionamento do intestino e excreção das fezes, estimulando a produção de saliva e suco gástrico.
A planta que mais possui celulose é o algodoeiro (Gossypium sp.), com 98% em massa, sendo usado pela indústria na produção de tecidos e materiais de higiene pessoal e de estética, tais como rolos de algodão e cotonetes. A madeira possui 50% de celulose que é usada principalmente na produção de papel.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química