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Vitamina K

Vitamina K é relacionada à coagulação sanguínea e ao metabolismo ósseo. Ela é encontrada, principalmente, em vegetais folhosos e óleos.

Diferentes vegetais verdes folhosos que possuem a vitamina K.
A vitamina K é encontrada, principalmente, em vegetais folhosos e óleos e atua na coagulação.
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A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel conhecida, principalmente, pelo seu papel na coagulação sanguínea. É encontrada em maior quantidade em vegetais folhosos verde-escuros, como brócolis, espinafre e rúcula. A vitamina K pode ser encontrada nas formas de e filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3). Dessas formas, são naturais apenas a K1 e a K2. A vitamina K1 está presente, principalmente, em hortaliças e óleos vegetais. Já a vitamina K2 é sintetizada por bactérias presentes no intestino.

Confira nosso podcast: O papel das vitaminas para saúde humana

Tópicos deste artigo

Resumo sobre vitamina K

  • É uma vitamina lipossolúvel.

  • Pode ser encontrada nas formas de filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3).

  • Sua principal forma é a vitamina K1.

  • Podemos encontrá-la, sobretudo, em vegetais folhosos e óleos.

  • Sua forma K2 é produzida por bactérias no trato intestinal.

  • Está relacionada com a coagulação sanguínea e metabolismo ósseo.

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O que é vitamina K?

A vitamina K é lipossolúvel e pode ser encontrada em quatro formas: filoquinona (K1), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3). Entre essas formas, apenas a K1 e a K2 são naturais. A forma predominante é a vitamina K1, a qual pode ser encontrada, em maior quantidade, em hortaliças e óleos vegetais.

A chamada vitamina K2 é sintetizada por bactérias gram-positivas presentes no trato intestinal e está presente também em alimentos fermentados e produtos animais. A vitamina dK é formada durante a hidrogenação comercial de óleos vegetais. Já a vitamina K3 se trata de um composto sintético, ou seja, que não é observado na natureza.

A vitamina K é absorvida no intestino delgado e transportada através das vias linfáticas. As vitaminas K1 e K2 têm suas absorções dependentes de sais biliares e suco pancreático, diferentemente da K3. A vitamina K é catabolizada de maneira rápida e excretada pela bile, principalmente.

Funções da vitamina K

A função mais conhecida da vitamina K é, sem dúvida, seu papel na coagulação sanguínea. Em 1929, Henrik Dam observou, enquanto realizava um estudo com galinhas, hemorragia nos animais que apresentavam dieta livre de gordura.

No ano de 1935, ele percebeu que esse sintoma era aliviado quando era administrada uma substância solúvel em gordura, a qual ele chamou de vitamina K, sendo a letra K uma referência à palavra koagulation.

A vitamina K atua como cofator para a carboxilação do ácido glutâmico (Glu), transformando-o em ácido gamacarboxiglutâmico (Gla), um aminoácido presente em fatores de coagulação. Essa reação é, portanto, fundamental para o processo de coagulação sanguínea.

Além disso, o Gla é encontrado em diferentes órgãos do corpo, apresentando funções diversas, o que faz com que a vitamina K esteja também relacionada com outros processos além da coagulação do sangue, como o metabolismo ósseo.

Representação de um coágulo sanguíneo se formando dentro de um vaso sanguíneo.
Uma das principais funções da vitamina K é atuar na coagulação sanguínea, entretanto, ela também tem outras funções, como o metabolismo ósseo.

Recentemente, em abril de 2022, pesquisadores da Universidade AlMaarefa, na Arábia Saudita, apresentaram um trabalho, no encontro anual da Associação Americana de Anatomia, e sugeriram que a vitamina K pode ter efeito protetor contra o desenvolvimento de problemas neurodegenerativos, como o Alzheimer.

Os pesquisadores que fizeram esse trabalho relacionaram a suplementação da vitamina K com uma redução no comprometimento cognitivo, além de que melhora a memória espacial e capacidade de aprendizado e reduz a depressão e ansiedade. Os estudos foram conduzidos com camundongos, e mais pesquisas são necessárias para observar esse processo em humanos e as dosagens de vitamina necessárias para garantir essa proteção.

Saiba mais: Vitamina D — a vitamina relacionada ao metabolismo do cálcio e da formação óssea

Falta de vitamina K

A deficiência de vitamina K não se trata de uma condição comum em indivíduos adultos. Isso se deve ao fato de que ela está presente em grande quantidade de alimentos de origem vegetal e, além disso, também é sintetizada normalmente pela microflora intestinal normal.

Entretanto, essa deficiência pode ser observada em decorrência de alguns fatores, como:

  • baixa ingestão de vitamina associada ao uso de medicamentos;

  • nutrição parental total durante longos períodos;

  • problemas de absorção intestinal;

  • megadoses de vitamina A e vitamina E, as quais antagonizam a vitamina K.

Apesar de a deficiência não ser comum em adultos, os recém-nascidos são um grupo vulnerável a essa hipovitaminose, que pode levar ao desenvolvimento de doença hemorrágica do recém-nascido, a qual pode provocar sangramentos anormais. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido a alguns fatores, como:

  • transporte ineficiente da vitamina pela placenta da mãe;

  • esterilidade do intestino do recém-nascido;

  • baixo conteúdo de vitamina K no leite materno.

Alimentos que possuem vitamina K

A vitamina K pode ser encontrada em alimentos de origem vegetal e também em alimentos de origem animal. São considerados alimentos ricos em vitamina K os vegetais folhosos, como espinafre, rúcula, couve, acelga e brócolis.

Além disso, outra fonte importante de vitamina K são óleos, estando presente, por exemplo, no óleo de soja, oliva e canola. Frutas como abacate, uva, ameixa, figo e kiwi também apresentam quantidades consideráveis de vitamina K. De maneira geral, as carnes apresentam pouca quantidade dessa vitamina, sendo que o fígado pode apresentar quantidades maiores.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Vitamina K"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-k.htm. Acesso em 30 de dezembro de 2024.

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