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As causas da diarreia podem ser variadas, indo desde problemas mais simples, como intoxicações alimentares provocadas por bactérias ou vírus, até casos mais graves, como alguns tipos de cânceres. Assim sendo, é fundamental procurar um médico para que o diagnóstico correto seja feito.
A diarreia se caracteriza como um quadro marcado por evacuações líquidas e com alta frequência, ocorrendo mais de três vezes ao dia. Apesar de ser um problema muitas vezes ignorado, trata-se de uma condição grave que pode até mesmo levar uma pessoa à morte.
Leia mais: Náusea e vômito — dois fenômenos que podem estar associados com intoxicação alimentar
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre causas da diarreia
- 2 - Principais causas da diarreia
- 3 - O que é diarreia?
- 4 - O que fazer em caso de diarreia?
- 5 - É possível se prevenir da diarreia?
Resumo sobre causas da diarreia
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As causas da diarreia são variadas.
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Bactérias, vírus, protozoários, nematódeos e platelmintos são agentes que podem provocar diarreia.
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Alergias e intolerâncias alimentares, determinados medicamentos e consumo de álcool são também causas da diarreia.
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A diarreia pode ser sintoma de problemas como síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, doença celíaca e câncer de intestino.
Principais causas da diarreia
A diarreia pode ter diferentes causas, sendo algumas delas:
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Bacterioses: a ingestão de alimentos ou água contaminada por algumas espécies de bactérias pode provocar diarreia. Dentre as bactérias que merecem destaque, podemos citar as do gênero Salmonella e a bactéria Escherichia coli.
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Viroses: alguns vírus podem provocar diarreia, sendo esse o caso do rotavírus e do norovírus. Vale destacar que o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, também pode desencadear o problema.
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Protozooses: dentre as espécies mais conhecidas de protozoários que causam diarreia, podemos citar a Giardia lamblia, que provoca a giardíase, e a Entamoeba histolytica, causadora da amebíase.
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Verminoses: alguns vermes podem provocar diarreia, sendo esse o caso do Ancylostoma duodenale, agente causador da ancilostomíase, e do Schistosoma mansoni, que provoca a esquistossomose.
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Uso de medicamento: alguns medicamentos, como alguns antibióticos, orlistate (usado em tratamento de sobrepeso ou obesidade) e antiácidos com magnésio, apresentam a diarreia como um de seus possíveis efeitos colaterais.
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Consumo excessivo de álcool: pode comprometer a flora intestinal e provocar diarreia.
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Efeitos colaterais da quimioterapia: a quimioterapia, em algumas pessoas, pode provocar efeitos colaterais indesejáveis, como a diarreia. Nessas situações, o médico indicará medicamentos para controlar o problema e recomendará uma dieta específica.
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Alergias alimentares: são uma reação do organismo a determinado alimento. Diferentemente da intolerância alimentar, na alergia há o envolvimento de mecanismos imunológicos. Alergias alimentares, além de provocar diarreia, podem causar sintomas como vômito, dores abdominais, manchas na pele, coceira e inchaço. Alguns alimentos que frequentemente provocam alergia são frutos do mar, leite e derivados, nozes e ovos.
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Intolerância alimentar: ocorre quando ingerimos algum alimento que nosso organismo apresenta dificuldade para digerir. O tipo mais comum é a intolerância à lactose, que é a incapacidade do indivíduo de digerir a lactose, um açúcar presente no leite e em seus derivados.
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Síndrome do intestino irritável: apresenta, até o momento, causa desconhecida. Provoca dor e distensão abdominal e mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação). De acordo com a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, “acredita-se que haja uma hipersensibilidade visceral, responsável pelos sintomas, que pode ser agravada pela ingestão de certos alimentos”. A Sociedade salienta ainda que o estresse, além da ingestão de alguns alimentos, pode estar relacionado com o problema.
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Doença de Crohn: doença crônica inflamatória que acomete, principalmente, o final do intestino delgado e o intestino grosso. Assim como a síndrome do intestino irritável, sua causa não está bem esclarecida. A doença pode provocar, além de diarreia, cólicas abdominais, perda de apetite e sangramento retal.
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Doença celíaca: apresenta uma atrofia da mucosa intestinal, a qual acontece devido a um processo inflamatório decorrente de uma resposta imunológica inadequada (doença autoimune). Essa resposta ocorre em indivíduos geneticamente predispostos quando eles apresentam contato com o glúten. O principal tratamento é retirar o glúten da dieta.
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Câncer de intestino: pode provocar sintomas como dores abdominais, sangue nas fezes, perda de peso sem causa aparente, alterações no formato das fezes e alteração do hábito intestinal, com a ocorrência de diarreia e prisão de ventre alternadamente.
Leia mais: Dicas para evitar intoxicação alimentar
O que é diarreia?
De acordo com o Ministério da Saúde, podemos definir a diarreia como um desarranjo do intestino, com aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas. Desse modo, podemos identificá-la analisando a frequência e consistência das nossas fezes.
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Frequência: na diarreia, aumenta-se a frequência de evacuações, que normalmente passam a ser mais de três vezes ao dia.
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Consistência: as fezes na diarreia apresentam-se malformadas, com maior quantidade de água e eletrólitos, portanto, mais líquidas.
Vale destacar que a diarreia pode vir acompanhada de outros sintomas a depender da causa do problema. Suor frio, cólicas, náuseas, vômito, sensação de esvaziamento incompleto do intestino e presença de sangue nas fezes são problemas que podem surgir acompanhando um quadro de diarreia.
A diarreia pode ser classificada em:
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Aguda: nela, o sintoma estende-se por, no máximo, 14 dias e pode ter diferentes causas, tais como infecções bacterianas e virais. Em geral, a diarreia aguda inicia-se subitamente e pode ser acompanhada de outros sintomas, como febre, vômitos e desidratação. Outros sintomas ainda podem surgir de acordo com o agente que está desencadeando o quadro. A Salmonella, por exemplo, pode provocar sangue nas fezes.
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Crônica: caracteriza-se por episódios que duram mais de 30 dias ou, ainda, por surtos recorrentes. As principais causas desse problema são doenças inflamatórias do intestino, algumas alergias alimentares e até mesmo câncer intestinal.
Caso queira saber mais sobre o tema deste tópico, leia nosso texto: Diarreia.
O que fazer em caso de diarreia?
A principal complicação da diarreia é a desidratação, sendo assim, o primeiro passo é hidratar-se, tomando sempre muita água, soro caseiro ou bebidas isotônicas. As bebidas isotônicas garantem que os sais minerais perdidos sejam repostos.
A alimentação deve seguir como de costume, entretanto, é interessante evitar alimentos gordurosos, frituras, leites e derivados, por exemplo. Além disso, prefira alimentos que controlem ou evitem a diarreia, como banana-prata ou banana-maçã, maçã sem casca, maracujá, suco de goiaba, caju ou limonada, cereais, legumes cozidos e carnes magras.
Muitas vezes, a diarreia cura-se sozinha, entretanto, em alguns casos, é necessária atenção redobrada. Ao perceber que a diarreia dura mais de três dias, por exemplo, é fundamental procurar um médico.
Também é importante verificar se há sangue ou muco nas fezes e se outros sintomas estão ocorrendo com o problema, como febre, cólicas e vômitos. Outro fator que requer atenção é se pessoa apresenta sintomas de desidratação, como diminuição da micção, sonolência e boca seca.
É possível se prevenir da diarreia?
Alguns tipos de diarreia podem ser prevenidos utilizando-se medidas bastante simples, tais como:
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Beber água filtrada ou fervida.
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Lavar sempre as mãos.
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Lavar bem os alimentos, principalmente aqueles consumidos in natura.
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Guardar bem os alimentos para evitar contaminações.
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Em caso de intolerância, evitar esse tipo de alimento.
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Evitar rios e lagos em que pode haver contaminação.