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O cará é um tubérculo cujo nome científico é Dioscorea Alata. É um alimento que pode ser encontrado na maioria das feiras e mercados, geralmente nas barraca em que também se vende batata-inglesa e inhame.
A casca do cará não tem “pelos” e parece-se com a da mandioca, com a diferença que é marrom e mais arredondada. Quando o tubérculo é descascado, percebe-se nele uma textura escorregadia e levemente grudenta.
A parte interna do cará é carnuda e tem coloração branca-amarelada e, em algumas partes, arroxeada. Seu cheiro assemelha-se ao da canela, e seu sabor é levemente doce.
É importante destacar que os pigmentos de cor roxa do cará possuem uma substância chamada antocianina, que contém propriedades antioxidantes que eliminam radicais livres.
Saiba mais: O que são alimentos saudáveis
Tópicos deste artigo
Diferença entre cará e inhame
Muitas pessoas confundem o cará com o inhame, mas eles não são o mesmo alimento. Embora sejam da mesma família e muito ricos em carboidratos, os dois alimentos têm propriedades diferentes.
Veja as principais diferenças:
Cará
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O pé do cará é uma trepadeira de cipó e tem folhas menores. A planta pode ser usada para ornamentação. Esses tubérculos são gerados no solo, debaixo da terra.
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O cará tem muitas fibras, por isso melhora o trânsito intestinal, aumenta a saciedade, regula a absorção de açúcar no organismo e equilibra os níveis de colesterol.
Inhame
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O pé do inhame é menor, mas suas folhas são maiores, e sua raiz não cresce muito. A textura externa do vegetal é “rachada” e tem “pelos” na parte de que saem as folhas.
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O inhame possui mais potássio e concentração de vitaminas B6 e B9, que atuam na prevenção do mal de Alzheimer e no tratamento da leucemia e da dengue. O inhame também ajuda a controlar a pressão arterial. Caso queira saber mais sobre esse importante alimento, leia: Inhame.
Benefícios do cará
O cará é rico em carboidratos complexos, ou seja, possui baixo índice glicêmico, o que significa que a glicose vai sendo liberada aos poucos na corrente sanguínea.
Esse alimento possui bastante fibras, em especial a pectina, conferindo saciedade. Além disso, ele não apresenta gordura na sua composição, por isso é considerado pouco calórico.
Tido como muito nutritivo, o cará tem várias vitaminas e minerais. É rico em potássio, selênio, iodo, ácido fólico, vitamina C e vitaminas B6 e B12.
Ao descascá-lo, quanto mais arroxeado ele estiver, mais benefícios ele terá. Veja, a seguir, os principais deles:
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Ajuda na circulação sanguínea, evitando a formação de coágulos;
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Colabora no controle da pressão arterial;
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Ajuda a tornar a digestão mais lenta, evitando problemas de prisão de ventre ou constipação;
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É bactericida, ou seja, combate bactérias prejudiciais ao organismo;
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Controla os níveis de açúcar no sangue;
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Ajuda no retardamento do envelhecimento da pele, evitando o surgimento de rugas e manchas;
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Repõe hormônios, diminuindo os efeitos da menopausa, como náuseas e ondas de calor.
Saiba mais: Fibras alimentares – características e classificação
Como cozinhar o cará
O cará possui muitas fibras e, por isso, oferece mais saciedade nas refeições. O alimento serve para substituir o arroz, a batata ou a mandioca, por exemplo.
O tubérculo pode ser usado em diversas receitas. Ele pode ser feito fervido ou cozido, sozinho ou com outros alimentos, como a carne.
Também é possível usar o cará para fazer purês, farinhas, papinha para bebês etc. Algumas pessoas também o usam para fazer sobremesas, por causa do sabor e da textura.
Uma curiosidade é que pessoas com doença celíaca, ou seja, com intolerância ao glúten, podem comer cará à vontade, pois ele não possui essa proteína. Pessoas portadoras dessa doença, inclusive, podem substituir a farinha de trigo pela farinha de cará para prepararem suas receitas.
Crédito da foto
[1] Domínio público
Por Silvia Tancredi
Jornalista