PUBLICIDADE
Alzheimer, também chamado de doença de Alzheimer e mal de Alzheimer, é uma doença que não apresenta cura e manifesta-se com alterações cognitivas, de memória e também distúrbios comportamentais, como depressão e alucinações. É uma doença degenerativa e acomete, principalmente, pessoas com idade mais elevada, afetando cerca de 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e 40% dos indivíduos com idade acima de 80. Quando ocorre em indivíduos com menos de 65 anos, é denominada doença de Alzheimer de início precoce, sendo esses casos raros e relacionados com fatores genéticos. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), no Brasil há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.
O nome dessa doença é uma homenagem a Alois Alzheimer, o primeiro médico a descrevê-la, no ano de 1906. Alois Alzheimer estudou o caso de uma mulher de 51 anos que apresentou perda progressiva da memória e outras alterações que afetavam, por exemplo, a linguagem e o comportamento. Após a morte da paciente, o médico analisou cuidadosamente seu cérebro e identificou algumas alterações, que atualmente são consideradas características marcantes da doença.
Leia também: Relação entre exercícios físicos e a memória
Tópicos deste artigo
- 1 - Causas do Alzheimer
- 2 - Sintomas do Alzheimer
- 3 - Fases do Alzheimer
- 4 - Diagnóstico do Alzheimer
- 5 - Tratamento do Alzheimer
Causas do Alzheimer
O Alzheimer é uma doença que não apresenta causa definida, entretanto, atualmente, são conhecidas alterações cerebrais que aparecem em um indivíduo acometido. Entre essas alterações, podemos citar o acúmulo de placas senis decorrentes do depósito da proteína β-amiloide e emaranhados neurofibrilares. Pode-se observar ainda a redução dos neurônios e das ligações entre essas células nervosas. Uma das áreas mais envolvidas no processo neurodegenerativo é o hipocampo, relacionado com a memória e o aprendizado.
São considerados fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer a idade e casos da doença na família. Estilo de vida pouco saudável e problemas como hipertensão, tabagismo, sedentarismo e diabetes são também considerados fatores de risco. Além disso, mulheres apresentam um risco aumentado para o desenvolvimento da doença.
Sintomas do Alzheimer
O Alzheimer é uma doença que apresenta geralmente início lento dos sintomas e uma piora progressiva. O sintoma inicial é a perda progressiva da memória recente. As memórias antigas são, inicialmente, preservadas, sendo também perdidas com o avanço da doença. Outros sintomas incluem:
-
dificuldade de atenção;
-
incapacidade de aprender informações novas;
-
problemas na comunicação verbal;
-
dificuldade de realizar cálculos e de utilizar objetos comuns.
O paciente pode apresentar-se ainda agressivo e desenvolver problemas como depressão, alucinações e hiperatividade. Todas essas alterações fazem com que o indivíduo tenha prejuízo em suas relações pessoais e na realização de atividades básicas. Com o avanço da doença, a pessoa pode apresentar dificuldade para andar, engolir alimentos, ficar em pé e controlar o esfíncter, passando a ficar dependente da ajuda de outros indivíduos.
Leia também: Doença de Parkinson — outro distúrbio neurológico
Fases do Alzheimer
Pode-se dividir a doença de Alzheimer em três fases.
-
Fase leve: é constantemente confundida com prejuízos comuns observados na velhice. Nessa fase o indivíduo apresenta dificuldade de encontrar as palavras, perda da memória recente, sinais de depressão, agressividade, desorientação no tempo e espaço e também desinteresse por atividades que antes realizava.
-
Fase moderada: o acometimento do indivíduo é maior e ele se torna incapaz de viver sozinho, uma vez que não consegue mais fazer seus alimentos, limpar a casa e cuidar da sua higiene pessoal. Apresenta dificuldade para se expressar, possui alterações no comportamento e pode ter alucinações. A memória se torna cada vez mais comprometida e o esquecimento de fatos importantes pode ser observado, bem como o esquecimento do nome de pessoas próximas.
-
Fase grave: a memória encontra-se altamente prejudicada, não reconhecendo pessoas próximas, como parentes e amigos, e locais que costumava frequentar. O indivíduo pode ter dificuldade para se alimentar, para permanecer em pé, locomover-se e entender o que ocorre em sua volta. Pode ocorrer incontinência fecal e urinária. O paciente pode ainda ficar acamado ou necessitar de cadeira de rodas. Nesse momento é fundamental um acompanhamento constante do indivíduo.
Diagnóstico do Alzheimer
Muitas pessoas só são diagnosticadas com Alzheimer após anos convivendo com os sintomas. Isso se deve ao fato de que muitos associam a perda da memória com a idade avançada, não procurando, portanto, ajuda especializada. A perda de memória, dificuldade para se comunicar e realizar as atividades do dia a dia e de raciocínio, perda de interesse pelas atividades que costumava fazer e alterações comportamentais são sinais de alerta que devem ser analisados por um especialista. Sendo assim, é fundamental que a família procure ajuda ao perceber alterações no indivíduo, pois este, muitas vezes, não é capaz de identificar o problema sozinho.
Para se diagnosticar um caso de Alzheimer, o médico analisa os sintomas apresentados. Alguns exames são realizados, tais como exames de sangue, tomografias e ressonância magnética do crânio. Esses exames são importantes para excluir outras doenças que possam causar sintomas parecidos. A avaliação das funções cognitivas pode também ser realizada. A confirmação definitiva só pode acontecer após a morte do indivíduo, com a análise do tecido cerebral.
Leia também: Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) — doença que causa a degeneração dos neurônios motores
Tratamento do Alzheimer
O Alzheimer não apresenta cura, mas o diagnóstico precoce pode ajudar no retardamento do avanço da doença, garantindo, desse modo, uma melhor qualidade de vida ao paciente. O tratamento pode ser dividido em dois grupos: farmacológico e não farmacológico.
O farmacológico relaciona-se ao uso de medicamentos, os quais serão indicados exclusivamente pelo médico, enquanto o não farmacológico envolve exercícios físicos, atividades que visam a potencializar as habilidades cognitivas do indivíduo, bem como ações que promovam o contato social, como a participação em programações culturais, lazer e comemorações de datas importantes. Em pacientes em estágios avançados da doença, o acompanhamento deve ser constante para evitar situações que exponham o indivíduo e outras pessoas à situação de risco.