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Vegetação

A vegetação é o conjunto de plantas que recobre determinada área. Essas plantas dependem do tipo de clima, das características do solo e do relevo para se desenvolverem.

Vegetação florestal.
O conjunto de plantas que recobre determinada área é denominado vegetação.
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Vegetação é o conjunto de plantas que recobre o solo de determinada área, e o seu desenvolvimento depende das características desse solo, do relevo e do tipo de clima predominante. Assim, encontramos uma grande variedade de formações vegetais em todo o mundo e também no território brasileiro.

A vegetação é fundamental para uma série de processos na natureza, como os ciclos biogeoquímicos e a regulação climática. Além disso, sua presença é importante para a biodiversidade do planeta Terra, para os seres humanos e para a realização das atividades econômicas da sociedade, como a agricultura.

Leia também: Quais são as formas do relevo brasileiro?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre vegetação

  • Vegetação é o nome dado ao conjunto de plantas que recobre determinada área.

  • O desenvolvimento da vegetação depende, principalmente, do clima, do solo e do relevo.

  • Apresenta inúmeras funções, que vão desde a manutenção da biodiversidade e da integridade dos solos até a participação nos ciclos biogeoquímicos.

  • Os tipos de vegetação são: deserto, taiga, tundra, estepe, florestas (temperadas, tropicais, equatoriais, de monções e mediterrâneas), pradaria (ou campo), savana e vegetação complexa.

  • O Brasil possui uma grande variedade de formações vegetais. As vegetações características do país são: Floresta Amazônica, mata atlântica, mata de araucárias, mata dos cocais, cerrado, caatinga, pampas, pantanal e mangue.

  • A vegetação é fundamental para o equilíbrio do meio ambiente e a regulação climática, além de desempenhar papel importante para a sociedade.

  • A manutenção da vegetação nativa tem muitos benefícios para as atividades econômicas, em especial para a agricultura.

O que é vegetação?

A vegetação pode ser definida como o conjunto de plantas e vegetais que recobre determinada superfície, formando diferentes tipos de paisagem natural. O tipo de vegetação que caracteriza uma área depende de três fatores principais:

  • Tipo de clima, que determina a disponibilidade de umidade e radiação solar.

  • Tipo de solo, que tem relação com os nutrientes e a estrutura de sustentação da planta.

  • Relevo dos terrenos onde se desenvolvem, o que pode afetar os elementos anteriormente citados, como a profundidade dos solos, a lixiviação dos nutrientes do substrato etc.

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Para que serve a vegetação?

A vegetação tem diversas funções importantes para a manutenção da biodiversidade, para a manutenção dos solos e para a regulação dos processos e ciclos que acontecem no meio ambiente. Levando isso em consideração, podemos dizer que a vegetação serve para:

  • Proteger a estrutura do solo do impacto da água da chuva.

  • Garantir a estabilidade da estrutura do substrato em terrenos de elevada inclinação, evitando a ocorrência da erosão e dos deslizamentos.

  • Fornecer matéria orgânica para o solo e garantir sua recarga de nutrientes.

  • Regular as temperaturas locais e fornecer umidade para a atmosfera.

  • Fornecer oxigênio para a atmosfera, atuando na regulação do ciclo desse e de outros elementos (como o carbono e o nitrogênio).

  • Habitat para diversas espécies de animais.

  • Obtenção de recursos naturais pelos seres humanos.

  • Auxiliar na manutenção dos corpos hídricos.

Veja também: Florestas — o que são, como se formam e principais tipos

Quais são os tipos de vegetação?

  • Desertos: apresentam solos muito pobres em nutrientes e escassez de umidade, o que resulta em uma vegetação muito esparsa e quase inexistente. Em desertos quentes, é possível observar a presença de arbustos adaptados às condições climáticas adversas, bem como flores que crescem em meio a rochas e dunas. Nos desertos gelados, encontra-se vegetação rasteira, musgo e líquens em regiões protegidas do frio extremo.

Arbusto, vegetação típica do deserto.
Existem algumas espécies de arbustos e de flores que se desenvolvem nos desertos.
  • Estepes: são amplos campos de gramíneas e algumas espécies de plantas arbustivas que se desenvolvem em regiões de clima seco, mais comumente na transição entre os desertos e outros tipos de vegetação mais densa. Para saber mais sobre esse tipo de vegetação, clique aqui.

Paisagem com vegetação rasteira e seca de gramíneas.
Gramíneas predominantes na vegetação do tipo estepe.
  • Pradaria: é muitas vezes confundida com os estepes. Entretanto, essa vegetação é composta por plantas herbáceas e por gramíneas que podem chegar a até dois metros de altura (pradaria alta), e se desenvolvem em climas com maior disponibilidade de umidade, como no subtropical. As pradarias são chamadas também de campos. Ainda, no Brasil, esse tipo de vegetação recebe o nome de pampas. Para saber mais sobre pradarias, clique aqui.

Vegetação rasteira em campo de gramíneas.
As pradarias são campos de gramíneas em áreas de climas subtropical e temperado úmido.
  • Tundra: se desenvolve em áreas de elevada altitude (tundra alpina) ou em alta latitude (tundra ártica), e é formada essencialmente por plantas de pequeno porte, como gramíneas e arbustivas, e espécies rasteiras. Os solos em que essa vegetação se desenvolve são pobres em nutrientes, e passam a maior parte do tempo congelados. Para saber mais sobre esse tipo de vegetação, clique aqui.

Paisagem fria com montanhas e vegetação rasteira, típica da tundra.
A tundra se desenvolve em climas frios e solos congelados na maior parte do ano.
  • Taiga: localiza-se em áreas de clima frio, com invernos rigorosos e verões amenos, que se desenvolvem em média latitude. Apresenta árvores altas, predominantemente coníferas. Essas árvores dividem espaço com as plantas de menor porte, como arbustivas, gramíneas e espécies rasteiras. São conhecidas também como floresta boreal. Para saber mais sobre essa vegetação, clique aqui.

Paisagem com árvores coníferas, típicas da vegetação taiga.
Coníferas são observadas na vegetação da taiga, também característica de climas frios.
  • Savana: se desenvolve em áreas de clima tropical e clima semiárido, com estações alternadamente secas e chuvosas e altas temperaturas médias. A savana é formada por árvores decíduas (que perdem suas folhas na estação seca) de médio e pequeno porte, arbustos e gramíneas. As espécies lenhosas e arbustivas presentes nas savanas apresentam caule retorcido e adaptação ao clima seco e ao fogo. As raízes tendem a ser profundas e as folhas, mais estreitas. Para saber mais sobre esse tipo de vegetação, clique aqui.

Árvores baixas e retorcidas, típicas da vegetação savana.
Árvores de troncos tortuosos, adaptadas aos solos ácidos, ao calor e ao fogo, são encontradas nas savanas.
  • Floresta temperada: chamada também de floresta temperada decídua, é uma formação vegetal mais densa que ocorre em regiões de média latitude e de clima ameno. É formada por árvores de médio e grande porte, de folhas largas que se renovam ao longo do ano. Isso significa que as árvores das florestas temperadas perdem suas folhas no período seco, sendo caracterizadas como caducifólias ou semicaducifólias (o período de perda das folhas é mais curto).

Árvores de grande porte da vegetação da floreta temperada.
As árvores das florestas temperadas renovam suas folhas ao longo do ano.
  • Floresta mediterrânea: chamada também de vegetação mediterrânea, esse tipo de vegetação é formado por plantas arbustivas adaptadas a períodos quentes e secos, como são os verões do clima mediterrâneo. A floresta mediterrânea é formada pela cobertura de maquis (maior densidade de arbustos) ou garrigue (menor densidade de arbustos).

Os arbustos são predominantes na vegetação mediterrânea.
Os arbustos são predominantes na vegetação mediterrânea.
  • Floresta tropical: essa formação vegetal, classificada como floresta ombrófila densa, apresenta grande complexidade e é bastante heterogênea em termos de biodiversidade. Desenvolve-se em áreas que recebem muita iluminação solar durante o ano e que apresentam climas tropicais que podem ou não ter uma estação seca. As florestas tropicais apresentam dossel elevado e denso, derivado das árvores de grande porte e de folhas largas que estão presentes nesse tipo de vegetação. Além de árvores altas, encontra-se espécies de diversas estaturas que formam os diferentes estratos vegetais encontrados nesse tipo de floresta.

Vegetação densa de uma floresta tropical.
A floresta tropical se forma em áreas com elevada disponibilidade de umidade e altas temperaturas.
  • Floresta equatorial: pode ser descrita como um tipo de floresta tropical que acontece exclusivamente no clima equatorial, ou clima tropical úmido, que apresenta umidade do ar muito elevada e ausência de estação seca. As florestas equatoriais existentes do mundo, como a Amazônia e a Floresta do Congo, abrigam uma parcela significativa da biodiversidade do nosso planeta. Para saber mais sobre esse tipo de vegetação, clique aqui.

Curvas do rio Cononaco, cercado pela vegetação da Amazônia.
A Floresta Amazônica é o principal exemplo de floresta equatorial.
  • Floresta de monções: esse tipo de vegetação é bastante específico do clima tropical de monções, que ocorre no continente asiático. Pode ser descrita como um tipo de floresta tropical que apresenta árvores decíduas e perenes, em função do distinto regime pluviométrico desse clima, além de um dossel menos fechado do que nas florestas tropicais tradicionais, permitindo assim a maior passagem de luz para os estratos mais baixos.|1|

Chuva caindo sobre árvores típicas da vegetação floresta de monções.
A vegetação do clima de monções está adaptada ao regime pluviométrico distinto que caracteriza parte do continente asiático.
  • Vegetação complexa: recobre, comumente, áreas de clima tropical. A vegetação complexa é composta por diferentes tipos de espécies vegetais, que vão desde arbustivas a árvores de médio porte, algumas das quais podem apresentar adaptações ao tempo seco e ao calor extremo, ou, ainda, às condições úmidas das zonas costeiras. O pantanal brasileiro é um exemplo de vegetação complexa, porque apresenta elementos de mais de um tipo de formação vegetal. A vegetação litorânea, como o mangue, pode ser também inclusa nessa categoria.

Vista aérea de porções de água em meio à vegetação do Pantanal.
O pantanal é um tipo de vegetação complexa.

Quais são os tipos de vegetação do Brasil?

O Brasil é detentor de uma das maiores diversidades paisagísticas e biológicas do mundo. Nos seus mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial, a variedade de climas e de solos, além das diferentes formas de relevo, condiciona o desenvolvimento de florestas, savanas, pradarias e vegetação complexa. Confira, a seguir, quais são as principais formações vegetais brasileiras.

Vegetação de floresta

  • Floresta Amazônica: é considerada a maior floresta equatorial do mundo. A Amazônia recobre predominantemente a região Norte do país, e é caracterizada pela vegetação densa adaptada ao clima quente e bastante úmido, sendo ainda constituída por três estratos: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme.
  • Mata atlântica: é um tipo de floresta tropical que se estende pelo litoral leste do Brasil, ocorrendo sob clima tropical úmido. Abrange algumas das áreas de maior densidade populacional do país, razão pela qual registra elevado índice de degradação.
  • Mata de araucárias: é um tipo de floresta ombrófila que recobre áreas de clima subtropical, mais encontrada nos estados da região Sul do Brasil, com destaque para o Paraná. Essa formação recebe o nome de mata de araucárias pela presença do pinheiro-do-paraná ou araucária.
  • Mata dos cocais: é um tipo de floresta ombrófila que pode ser classificada como um ecótono, que nada mais é do que uma cobertura de transição entre diferentes tipos de vegetação. No caso da mata dos cocais, ela fica situada entre a Floresta Amazônica, a caatinga e o cerrado. Estende-se pelas regiões Norte e Nordeste do país.

Vegetação de savana

  • Cerrado: é descrito comumente como um tipo de savana brasileira, estando presente de forma predominante nas regiões de clima tropical alternadamente seco e chuvoso, como parte do Sudeste e em todo o Centro-Oeste do país.
  • Caatinga: pode ser descrita como um tipo de savana brasileira e como uma vegetação complexa, como vimos anteriormente. Diferentemente do cerrado, a caatinga está presente no clima semiárido, marcado por uma longa estação sem chuvas. Por essa razão, identifica-se nessa formação vegetal espécies xerófitas, adaptadas ao calor e à estiagem.

Pradaria

  • Pampas: a vegetação dos pampas está presente somente no estado do Rio Grande do Sul, sendo caracterizada por amplos campos de gramíneas de porte variado que recobrem as planícies dessa parcela do território brasileiro.

Vegetação complexa

  • Pantanal: recobre áreas de planície nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, próximo da Floresta Amazônica e do cerrado. O pantanal é formado por matas ciliares, arbustos, campos de gramíneas e plantas aquáticas que ficam nas planícies de inundação — áreas que ficam repletas de água durante a cheia dos rios.
  • Mangue: é um tipo de vegetação litorânea composta por plantas adaptadas tanto à água doce quanto à água salgada proveniente do mar. O mangue pode ser encontrado por todo o litoral brasileiro, desde a costa do Amapá, no Norte do país, até a região Sul, no estado de Santa Catarina.

Videoaula sobre tipos de vegetação do Brasil

Qual a importância da vegetação?

A vegetação que recobre uma área tem grande importância para o solo, para a regulação dos elementos e processos do meio ambiente e para os seres humanos.

A cobertura vegetal protege o solo da ação direta da água e dos raios solares, além de ser fundamental para a sustentação do substrato em uma vertente ou encosta inclinada. A remoção da vegetação de terrenos muito íngremes pode provocar deslizamentos de terra e queda de blocos de rocha e de solo. Com a deposição de folhas, galhos e outros materiais provenientes da vegetação, forma-se uma importante camada de material orgânico, chamada serrapilheira, que fornece nutrientes para o solo. Essa serrapilheira oferece, ainda, uma nova camada de proteção ao substrato.

O microclima (condições atmosféricas locais) é regulado pela presença ou ausência da vegetação, que fornece uma importante carga de umidade para o ar por meio do processo de transpiração e controla as temperaturas. Quando consideramos grandes formações, como as florestas tropicais, sua presença pode influenciar na distribuição de umidade em áreas mais amplas, além de auxiliar na recarga dos mananciais e na manutenção da qualidade da água.|3|

As funções biológicas das plantas tornam a vegetação de um lugar importante para ao devido funcionamento dos ciclos biogeoquímicos, como da água, do carbono e do oxigênio, que beneficiam a biodiversidade local e os seres humanos. Além disso, a vegetação serve como habitat para muitas espécies de animais e pode ser utilizada como recurso pela sociedade.

Saiba mais: Desmatamento da Amazônia — principais causas e consequências

Qual a relação entre vegetação, clima e solo?

A vegetação, o clima e o solo são aspectos e componentes da natureza que possuem relação direta, tendo em vista a dependência de um com relação ao outro. O processo de desenvolvimento dos solos, chamado de pedogênese, acontece conforme a velocidade e o tipo de intemperismo que incide sobre uma área, que depende diretamente dos elementos do clima.

Esses elementos climáticos, como a radiação solar, a umidade e a temperatura, influenciam no desenvolvimento das plantas. Nota-se, ainda, que a vegetação que se desenvolve em tipos específicos de clima e de solo fornece elementos para a atmosfera e renova os nutrientes do solo. Para saber mais sobre esse tópico, clique aqui.

Qual a relação entre vegetação e agricultura?

A demanda cada vez maior por matérias-primas de origem agrícola e, também, por alimentos faz com que novas áreas sejam abertas todos os dias para o desenvolvimento dessa atividade. Esse processo remove a cobertura vegetal original e impacta diretamente no equilíbrio do meio ambiente, o que tem sido observado em diversas áreas do mundo, notadamente nos biomas brasileiros como a Amazônia e o Cerrado. A retirada da vegetação nativa, entretanto, não implica benefícios para a agricultura.

Como vimos anteriormente, a vegetação é importante para a regulação do microclima e da umidade, para os corpos hídricos (aquíferos e rios) e para a manutenção nutricional e estrutural dos solos. Por essa razão, ela se torna uma aliada da atividade agrícola na garantia das condições ambientais adequadas para a produção, sendo importante para assegurar a produtividade das lavouras.

Notas

|1| IBGE. Atlas escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. 8. ed.

|2| IBGE. Atlas escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. 8. ed.

|3| PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO. Vegetação mantém qualidade da água e preserva solo. Governo do Estado de São Paulo, 16 ago. 2015. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/vegetacao-mantem-qualidade-da-agua-e-preserva-solo/

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Vegetação"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/vegetacao.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

As Pradarias estão associadas ao clima subtropical. No Brasil, essa vegetação recebe o nome de

A) Pantanal.

B) Pampa.

C) Cerrado.

D) Deserto.

E) Caatinga.

Exercício 2

Uma característica importante das vegetações de florestas temperadas é a

A) queda das folhas nos períodos mais frios do ano.

B) ausência de árvores de médio e grande porte.

C) presença de pequena biodiversidade de espécies.

D) formação de vastos campos de gramíneas.

E) resistência aos períodos de escassez de chuvas.