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A Astronomia é uma ciência natural multidisciplinar que busca observar e compreender os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre, bem como a estrutura dos corpos celestes: planetas, estrelas e outras estruturas cosmológicas, tais como cometas, galáxias, nebulosas e o próprio espaço em si. A palavra astronomia vem do grego Astron, que significa astro, e Nomos, que significa lei.
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Tópicos deste artigo
- 1 - História da Astronomia
- 2 - Breve linha do tempo da Astronomia
- 3 - Grandes áreas da Astronomia
- 4 - ??Dia Mundial da Astronomia
História da Astronomia
Muitas civilizações antigas interpretavam os astros como divindades e observaram o céu e estrelas. Com a identificação de padrões para predizer as estações do ano, bem como as melhores épocas para o plantio e colheita, o estudo dos astros possibilitou grandes avanços para a humanidade. Para entender um pouco melhor como foi o avanço da Astronomia ao longo dos séculos, faremos aqui uma linha do tempo simples, ressaltando apenas os fatos mais marcantes de cada período.
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Breve linha do tempo da Astronomia
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4000 a.C.: os povos da Mesopotâmia utilizavam os zigurates para realizar observações astronômicas;
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Em 2500 a.C.: a estrutura de pedras Stonehenge foi construída para marcar o início e o fim dos solstícios;
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1300 a.C.: os chineses iniciaram suas observações de eclipses, totalizando mais de 1700 observações ao longo de 2600 anos;
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Aproximadamente 560 a.C.: o filósofo grego Anaxímenes propôs que as estrelas estão fixas em um envoltório sólido que gira em torno da Terra. Vinte anos antes, seu mestre, Anaximandro, foi o primeiro filósofo a tentar explicar o movimento dos astros sem utilizar os artifícios da mitologia;
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550 a.C.: Pitágoras e seus estudantes descreveram o movimento dos astros como formas circulares. Além disso, para eles, as estrelas e planetas eram perfeitamente esféricos;
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350 a.C.: Aristóteles usou a sombra da Terra sobre a Lua, formada durante os eclipses, como argumento para justificar o formato esférico do planeta;
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280 a.C.: Aristarco calculou as dimensões relativas do Sol, Lua e Terra e também propôs o primeiro modelo heliocêntrico (com o Sol no centro);
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134 a.C.: o filósofo grego Hiparco descobriu o movimento de precessão da Terra e elaborou o primeiro catálogo com as posições e brilhos das estrelas visíveis a olho nu;
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140 d.C: Cláudio Ptolomeu desenvolveu seu modelo geocêntrico do Sistema Solar. Nesse modelo, as órbitas planetárias são círculos (chamados de epiciclos), que, por sua vez, movem-se em torno de outros círculos (chamados de deferentes);
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1054 d.C.: Astrônomos chineses observaram a “morte” de uma estrela. A supernova foi visível a olho nu durante o dia e deu lugar à Nebulosa do Caranguejo;
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1543 d.C.: Nicolau Copérnico teve seu livro “Da revolução das esferas celestes” publicado, lançando as bases do modelo heliocêntrico do Sistema Solar;
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1580 d.C.: O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe realizou as mais precisas observações astronômicas a olho nu já feitas e elaborou o próprio modelo geocêntrico do Sistema Solar;
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1600 d.C.: Galileu Galilei realizou experimentos de queda dos corpos e chegou muito próximo do conceito moderno de inércia, contrariando as ideias vigentes sobre o movimento dos astros. Na mesma época, Giordano Bruno afirmava existir outros planetas similares à Terra fora do Sistema Solar e orbitando outras estrelas. Foi julgado como herege pelo Tribunal da Inquisição e sentenciado à fogueira;
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1609 d.C.: Galileu foi o primeiro a utilizar os telescópios para observar o céu, com isso, conseguiu identificar quatro das maiores luas de Júpiter, provando que nem todos os astros orbitavam em volta da Terra. Observou também irregularidades na superfície da Lua;
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1610 d.C.: Johannes Kepler desenvolveu as três leis dos movimentos planetários (Lei das órbitas, Lei das áreas e Lei dos períodos) utilizando os dados astronômicos obtidos por Tycho Brahe;
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1666 d.C.: o físico inglês Robert Hooke mostrou que forças que apontam para o centro de uma curva formam trajetórias fechadas, assim como as órbitas dos planetas;
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1667 d.C.: Isaac Newton desenvolveu a Gravitação Universal, fornecendo argumentos matemáticos capazes de explicar as órbitas planetárias e prever novos eventos astronômicos;
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1718 d.C: Edmund Halley descobriu que as estrelas não são fixas, mas que se movem com velocidades muito grandes;
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1781 d.C.: William Herschel descobriu o planeta Urano e, tempos depois, conseguiu determinar a velocidade do Sol, bem como o formato achatado da Via Láctea;
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1842 d.C.: Christian Johann Doppler descreveu o efeito Doppler, que mede a variação na frequência da luz. Esse importante fenômeno mais tarde foi usado para calcular as velocidades de aproximação e afastamento de estrelas e galáxias;
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1859-1875 d.C.: James Clerk Maxwell descobriu que a distribuição de velocidades das partículas de um gás depende de sua temperatura. Em 1875, Lorde Kelvin e Hermann von Helmoltz realizaram uma estimativa da idade do Sol;
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1894-1900 d.C.: Wilhelm Wien e, depois, Max Planck forneceram importantes explicações sobre a absorção e emissão de luz pelo corpo negro ao relacionar o comprimento de onda da luz emitida pelas estrelas com a sua temperatura;
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1905-1916 d.C.: Albert Einstein descreveu o Efeito fotoelétrico e desenvolveu a teoria da gravitação universal;
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1916 d.C.: Karl Schwarzschild descreveu os buracos negros como pequenas regiões do espaço deformadas por uma grande massa;
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1929 d.C.: Edwin Hubble descobriu que o Universo está em constante expansão;
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1964 d.C.: Arno Penzias e Robert Wilson descobriram, por meio de radiotelescópios, a existência da radiação cósmica de fundo, uma das evidências do surgimento do Universo;
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1965 d.C.: Lançamento da sonda espacial Mariner 4, a primeira a conseguir tirar fotos da superfície de outro planeta. Ela conseguiu obter imagens da superfície de Marte;
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1969 d.C.: Neil Armstrong e Edwin Aldrin foram as primeiras pessoas a pisar na superfície da Lua;
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1973 d.C.: As sondas Voyager 1 e 2 chegaram a Júpiter e usaram sua grande aceleração gravitacional como impulso para explorar outros planetas fora do Sistema Solar;
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1990 d.C.: Lançamento do telescópio Hubble em órbita da Terra;
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1998 d.C.: Astrônomos japoneses descobriram que os neutrinos podem ter massa, sendo considerados fortes candidatos à matéria escura;
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2001 d.C.: Com o auxílio de um detector de neutrinos, localizado no Canadá, um grupo de cientistas conseguiu provar que essas pequenas partículas apresentam massa;
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2002 d.C.: Primeiras evidências da presença de gelo na superfície de Marte.
De fato, muito progresso científico foi feito ao longo dos séculos desde que o ser humano passou a observar o céu noturno. Profundas mudanças tecnológicas e sociais foram possíveis graças às grandes descobertas da Astronomia.
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Grandes áreas da Astronomia
A Astronomia é multidisciplinar e envolve Física, Química, Geologia, Meteorologia e até mesmo a Biologia. Sendo assim, destacamos aqui algumas das maiores divisões da Astronomia:
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Astrobiologia: estudo da evolução dos sistemas biológicos no universo, busca por evidências que possibilitem a existência de vida fora da Terra; etc.;
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Astrofísica: estudo das propriedades físicas dos corpos celestes, como densidade, temperatura, intensidade luminosa, etc.;
- Astronomia planetária: estudo dos sistemas planetários, com ênfase no Sistema Solar, reunindo Física nuclear, Geologia, Meteorologia etc.;
Dia Mundial da Astronomia
Comemora-se no Brasil, no dia 8 de abril, o Dia Mundial da Astronomia, que se difere do Dia Internacional da Astronomia, cuja data depende das fases da Lua. O Dia Mundial da Astronomia tem como principal interesse o estreitamento dos laços entre entusiastas e pesquisadores dessa grande área de pesquisa, bem como aumentar a visibilidade e a divulgação das pesquisas científicas. Em 2009, comemorou-se o Ano Internacional da Astronomia, 400 anos após as primeiras observações telescópicas de Galileu Galilei.
Por Rafael Helerbrock
Graduado em Física