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O Egito Antigo foi uma importante civilização da Antiguidade, desenvolvendo-se no nordeste do continente africano, às margens do Rio Nilo. O fenômeno das cheias do Nilo garantia a fertilidade do solo no Vale do Nilo, permitindo que os egípcios o cultivassem e tivessem uma das agriculturas mais prósperas da Antiguidade.
As terras eram governadas pelo faraó, considerado a encarnação dos deuses pelos egípcios. A sociedade era profundamente hierarquizada, e um dos hábitos mais tradicionais da sua cultura era a mumificação dos seus mortos. Tinham uma economia próspera e um conhecimento científico avançado.
Confira no nosso podcast: 10 curiosidades do Egito Antigo
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Egito Antigo
- 2 - Videoaula sobre Egito Antigo
- 3 - História do Egito Antigo
- 4 - Mapa do Egito Antigo
- 5 - Períodos do Egito Antigo
- 6 - Características do Egito Antigo
- 7 - Curiosidades sobre o Egito Antigo
- 8 - Exercícios sobre Egito Antigo
Resumo sobre Egito Antigo
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O Egito Antigo foi uma das civilizações mais sofisticadas da Antiguidade.
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Desenvolveu-se no nordeste do continente africano, estando às margens do Rio Nilo.
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Os egípcios se beneficiam do período de cheias do Nilo, que deixava as terras propícias para a agricultura.
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O poder era exercido pelo faraó, figura considerada uma divindade pelos egípcios.
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A sociedade egípcia era hierarquizada, com classes sociais muito bem definidas.
Videoaula sobre Egito Antigo
História do Egito Antigo
O Egito Antigo é uma das civilizações mais conhecidas da Antiguidade, tendo se desenvolvido no nordeste do continente africano, exatamente na região onde está atualmente o Egito moderno. A civilização egípcia se desenvolveu no Vale do Nilo, uma região banhada por um dos maiores rios do planeta, o Rio Nilo.
O Egito Antigo ficou conhecido pelo seu alto grau de sofisticação, desenvolvendo uma civilização que detinha enormes conhecimentos, e soube realizar grandes feitos, como a construção das pirâmides. Desenvolveram um complexo sistema de escrita, souberam explorar adequadamente os recursos oferecidos pela natureza e deixaram um enorme legado cultural.
O Egito ficou conhecido por sua enorme prosperidade, e muito dela se deveu ao Nilo, que fornecia as condições ideais para a sobrevivência humana em um lugar hostil, o Deserto do Saara. O Rio Nilo cruza o território egípcio de sul a norte, sendo conhecido pelo seu ciclo de cheias, que permitiam que as margens se transbordassem.
Com isso, as terras próximas às margens do rio eram alagadas e fertilizadas com o húmus, material orgânico encontrado no fundo dos rios. Quando as águas do rio recuavam, esse solo estava fertilizado e pronto para o cultivo agrícola. Além disso, os egípcios conseguiram construir canais de irrigação para transportar a água do rio para locais mais distantes.
Mapa do Egito Antigo
O mapa a seguir é uma representação do território do Egito Antigo durante o Novo Império:
Períodos do Egito Antigo
A presença humana no Egito remonta a milhares de anos atrás, mas o desenvolvimento humano naquela região fez com que os grupos humanos se agrupassem no Vale do Nilo, por conta dos recursos oferecidos pelo rio. Os diferentes povoados que se estabeleceram nessa região receberam o nome de nomos.
Durante o Período Pré-Dinástico, esses nomos sobreviviam da agricultura e do comércio, disputando entre si a hegemonia do vale. A tradição acerca da história egípcia conta que esses nomos se reuniram em dois grandes reinos, Baixo Egito e Alto Egito, unificados por Menés por volta de 3100 a.C.
Os historiadores, no entanto, apontam que não há evidências que sustentem essa unificação por parte de Menés. Eles acreditam que a unificação egípcia e a centralização do poder tenham sido um processo gradual e lento.
Com a unificação egípcia, os historiadores estabeleceram uma periodização padrão para os eventos da história egípcia. Assim se deu os seguintes períodos na história do Egito:
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Época Tinita (3100-2686 a.C.): quando se deu a transição até a consolidação do poder unificado no Egito.
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Antigo Império (2686-2160 a.C.): marcado por grande desenvolvimento econômico, sobretudo na agricultura, que registrou grande produtividade. As principais pirâmides egípcias foram construídas nesse período.
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Primeiro Período Intermediário (2160-2055 a.C.): marcado pelo enfraquecimento do poder central, havendo guerras civis e crises econômicas sucessivas.
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Médio Império (2055-1650 a.C.): marcado pela reconstrução do poder central e pela expansão territorial dos domínios egípcios, em especial para o sul na região habitada pelos cuxitas.
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Segundo Período Intermediário (1650-1550 a.C.): o novo enfraquecimento do poder central egípcio permitiu que os hicsos dominassem as terras do Egito.
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Novo Império (1550-1069 a.C.): fase iniciada com a expulsão dos hicsos e marcada como o momento de maior prosperidade do Egito. Os territórios egípcios foram alargados, estendendo-se da Síria até a Núbia.
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Terceiro Período Intermediário (1069-664 a.C.): marcado por mais uma ruptura no poder central e por divisões internas.
Depois disso, o território egípcio foi dominado por diferentes povos, como os assírios, os persas, os macedônios, os romanos, os bizantinos, até a conquista árabe, após o surgimento do islamismo.
Características do Egito Antigo
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Sociedade do Egito Antigo
A sociedade egípcia era profundamente hierarquizada, portanto, havia grupos sociais com papéis muito bem definidos. As chances de mobilidade social eram pequenas, e a sociedade era patriarcal, fazendo com que as chances de alguma influência social para as mulheres se resumissem àquelas que se dedicavam à religião ou pertenciam à nobreza egípcia.
O topo da sociedade egípcia era representado pelo faraó, o governante considerado a encarnação divina na Terra. As terras egípcias pertenciam a ele, e eram ele quem recebia os impostos cobrados da população. Abaixo do faraó, vinham os outros grupos que compunham a sociedade egípcia:
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Funcionários de Estado e sacerdotes: ocupavam posições semelhantes na hierarquização social, mas executavam papéis diferentes. Os funcionários de Estado cuidavam da administração do reino, enquanto os sacerdotes eram os responsáveis pelo culto aos deuses e pela administração dos templos.
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Comerciantes: dedicavam-se ao comércio, tanto interno quanto externo, vendendo e comprando mercadorias para outros povos.
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Militares: os comandantes do exército egípcio gozavam de prestígio e boa condição econômica.
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Artesãos: responsáveis pela confecção de móveis, roupas, joias e outros artigos do tipo. Os artesãos de luxo gozavam de melhores condições econômicas do que aqueles que produziam artigos comuns.
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Camponeses: trabalhavam no cultivo agrícola, devendo entregar parte significativa de sua produção como impostos. Também trabalhavam nas obras públicas, construindo templos e estradas, por exemplo.
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Escravos: estrangeiros capturados como prisioneiros de guerra. Faziam o trabalho mais pesado, como nas pedreiras. Caso queira saber mais sobre a sociedade egípcia, clique aqui.
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Governo do Egito Antigo
O Egito era governado pelo faraó, dono das terras, executor da justiça e comandante das tropas. Possuía uma série de burocratas que o auxiliavam no comando do reino, como o vizir, o segundo em comando nas terras egípcias. O poder do faraó era teocrático, porque ele era considerado um deus, e hereditário, porque era transmitido para os seus herdeiros.
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Cultura do Egito Antigo
Um dos hábitos mais tradicionais da cultura egípcia era a mumificação dos mortos. Nessa prática funerária, os egípcios realizavam um processo para garantir a preservação do corpo da pessoa que havia morrido, e o objetivo dessa prática era que ela pudesse gozar da vida após sua morte.
A prática era realizada por toda a sociedade egípcia, embora os ricos o fizessem de maneira mais sofisticada. Foi o costume da mumificação que fez com que centenas de corpos fossem encontrados por arqueólogos no Egito. A arte poderia ser usada para os ritos funerários, embora também tivesse um papel religioso e político.
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Economia do Egito Antigo
A economia egípcia era próspera, e grande parte de sua riqueza provinha da agricultura. A fertilidade do solo egípcio é explicada pelo fenômeno das cheias. A agricultura egípcia era uma das mais ricas da Antiguidade, sendo responsável pela produção de grandes quantidades de trigo, cevada, sorgo, além de frutas, legumes e leguminosas de diferentes tipos.
Além disso, a economia egípcia também sobrevivia da criação de animais, da mineração e do comércio. Os egípcios mantiveram relações comerciais com diferentes povos, como os cuxitas, fenícios, gregos e outros povos que habitavam locais como a Mesopotâmia, a Palestina, a Ásia Menor, entre outros.
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Ciência do Egito Antigo
Os egípcios detinham conhecimentos avançados em diversas áreas, como a matemática e a medicina. Produziam um vidro de alta qualidade que era comercializado para outros povos. Na medicina, produziam remédios para diversas doenças, além de procedimentos cirúrgicos.
Leia mais: Deuses do Egito Antigo — para os egípcios, seus deuses eram responsáveis pela harmonia do Universo
Curiosidades sobre o Egito Antigo
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A escrita egípcia era por meio de hieróglifos, isto é, desenhos que retratavam uma palavra.
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Os egípcios produziam o papiro, superfície usada como papel, com base em uma planta.
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Acreditavam que conhecimentos importantes da humanidade haviam sido trazidos pelo deus Osíris.
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Residir nas proximidades do Rio Nilo fazia com que algumas doenças, como a malária, fossem comuns.
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Hatshepsut foi uma das poucas mulheres a assumir o poder no Egito Antigo.
Exercícios sobre Egito Antigo
Questão 01
(Cespe/Cebraspe – adaptado) O faraó
a) estava identificado com diferentes deuses, possuindo origem divina e representando a própria divindade.
b) era uma entidade social mais que política no sentido da sua representação das comunidades aquáticas fundadoras da civilização egípcia.
c) morria como deus, deixando sua obra nas tumbas para lembrar o quanto contribuíra para o florescimento do Egito.
d) representou, no Egito Antigo, o mesmo que representaria o déspota esclarecido do Iluminismo europeu.
e) nenhuma das alternativas acima.
Resposta: Alternativa A
Questão 02
(Fundatec) “Quando te levantas, belo, no horizonte do céu, ó Aton vivo, aquele que deu início à
vida, (quando) brilhas no horizonte oriental, tu enches todas as terras com a tua perfeição. Tu és belo, grande, refulgente, elevado acima de todas as terras. Teus raios cingem as terras até o limite de tudo o que tu criaste. Em tua qualidade de Sol, tu atinges os seus confins e os submetes ao filho amado por ti”. (Disponível em: https://institutomundoantigo.com.br/egito/). Em seu governo, o Faraó Akhenaton realizou reformas religiosas, sendo responsável por implementar, no Egito, o:
a) Zoroastrismo
b) Dualismo
c) Monoteísmo
d) Politeísmo
e) Mitraísmo
Resposta: Alternativa C
Fontes
MARK, Joshua J. Ancient Egypt. Disponível em: https://www.worldhistory.org/egypt/
MARK, Joshua J. Ancient Egyptian Government. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Egyptian_Government/
MARK, Joshua J. Daily Life in Anciente Egypt. Disponível em: https://www.worldhistory.org/article/933/daily-life-in-ancient-egypt/