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Os meios de transporte são os meios técnicos pelos quais é feito o deslocamento de pessoas, animais e mercadorias pelo espaço. Eles se aperfeiçoaram com o passar do tempo, seguindo o avanço tecnológico e as demandas da sociedade, sendo ainda fundamentais para a economia de um território. Os fluxos acontecem por meio das redes de transporte, que compõem os modais rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário ou dutoviário.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre transportes
- 2 - O que são meios de transporte?
- 3 - Tipos de meios de transporte
- 4 - Evolução dos meios de transporte
- 5 - Meios de transporte no Brasil
- 6 - Problemas que atingem os sistemas de transporte
Resumo sobre transportes
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Os meios de transporte são utilizados para os deslocamentos no espaço de pessoas, animais ou mercadorias.
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Eles se movimentam por meio das redes de transporte, os modais. Elas são de extrema importância para o desenvolvimento econômico de um país.
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Distinguem-se entre aéreos, terrestres e aquáticos.
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Os modais de transporte são: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário e dutoviário.
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A evolução dos meios de transporte se deu em conformidade com o aperfeiçoamento das técnicas, seguindo as demandas da sociedade e também do sistema econômico vigente.
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Os transportes mecanizados surgiram no Brasil a partir da segunda metade do século XX.
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Atualmente o principal modal de transporte utilizado aqui é o rodoviário, tanto para o escoamento de mercadorias quanto para o deslocamento de pessoas.
O que são meios de transporte?
Meios de transportes são os instrumentos técnicos (maquinários ou veículos) utilizados para os deslocamentos, de um ponto a outro, de pessoas, animais e mercadorias pelo espaço. Os diferentes meios de transporte hoje disponíveis se desenvolveram ao longo de milhares de anos, e foram se adaptando conforme as demandas da sociedade e do sistema econômico vigente.
Cada conjunto de meios de transporte se desloca por uma rede ou um sistema, chamado também de modal, cuja presença é de fundamental importância para o desenvolvimento produtivo e econômico de um território. Os modais de transporte se dividem em:
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rodoviário;
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ferroviário;
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aquaviário;
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aeroviário;
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dutoviário.
Para cada um dos modais, existe um conjunto de meios mais adequados para a execução dos transportes, e é isso que analisaremos no item a seguir.
Tipos de meios de transporte
Os meios de transporte se dividem entre aéreos, terrestres e aquáticos.
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Transporte aéreo
Chama-se de transporte aéreo toda a movimentação de passageiros e de cargas realizada através do ar. Existem atualmente muitos meios de transporte que realizam esse tipo de deslocamento, como: aviões, helicópteros, dirigíveis e balões.
O transporte aéreo é ideal para viagens de longa distância, uma vez que as realiza em menor tempo. Além disso, ele é adequado para o transporte de cargas de menor peso, mas de alto valor agregado. Entre as suas desvantagens, estão o custo elevado tanto para a manutenção e funcionamento das aeronaves quanto para o embarque em si, e também a utilização de combustíveis fósseis, que emitem gases poluidores da atmosfera, além da poluição sonora produzida.
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Transportes terrestres
Os transportes terrestres ocorrem por meio da terra, isto é, da superfície ou subsuperfície.
→ Transporte ferroviário
O transporte ferroviário é desempenhado por meio de redes de estradas ou linhas de ferro que chamamos de ferrovias. O principal meio de transporte é o trem. É importante notar ainda que o transporte metroviário, que tem como meio de transporte o metrô, é também é realizado sobre trilhos. Nesse caso, o movimento se dá através de sistemas elétricos.
É vantajoso para países com territórios extensos e ideal para se percorrer longas distâncias de maneira mais fluída. Os trens têm grande capacidade de passageiros e também de cargas volumosas, sobretudo aquelas de menor valor agregado, além de oferecerem maior segurança.
São muito utilizados em grandes centros urbanos e regiões metropolitanas para o deslocamento entre cidades, bem como nos países desenvolvidos e regiões onde o relevo é favorável à sua instalação. As principais desvantagens do transporte ferroviário são o elevado custo de instalação e o maior tempo gasto nos deslocamentos.
→ Transporte rodoviário
O transporte rodoviário é realizado através das estradas, ruas e rodovias, sendo elas pavimentadas (revestidas de asfalto) ou não. Trata-se do principal modal de transporte no Brasil e no mundo, sendo ainda o mais flexível deles. Diversos meios de transporte circulam por essas vias terrestres: carros, caminhões, ônibus, motocicletas e outros.
As estradas apresentam alta capilaridade, o que significa que elas podem conectar diversas localidades ao mesmo tempo. O transporte rodoviário permite a realização de vários pontos de paradas e o transporte de cargas fracionadas, além de não haver horários preestabelecidos para uso. Ele é vantajoso para curtas e médias distâncias, mas, entre suas desvantagens, estão o alto custo de manutenção das vias e também fretes caros, que tornam o translado bastante oneroso.
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Transporte dutoviário
O transporte dutoviário é aquele em que combustíveis e matérias-primas são deslocados através de tubulações ou dutos. Ele é classificado de acordo com o tipo de material que transporta (oleodutos, gasodutos, minerodutos e aquadutos) e pode ser instalado sobre a superfície, como na imagem de exemplo, ou em subsuperfície, tanto na terra quanto em meio aquático.
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Transporte hidroviário
É aquele realizado através das vias aquáticas, como rios, mares e lagos. Os meios de transporte utilizados nesses deslocamentos são as embarcações — navios, barcos, canoas, lanchas e até mesmo submarinos. Esse sistema é muito utilizado para transportes de cargas pesadas e volumosas, que vão desde veículos a produtos agropecuários, como a soja, especialmente para médias e longas distâncias.
Leia também: A estratégia brasileira de privilegiar as rodovias em detrimento das ferrovias
Evolução dos meios de transporte
A história dos meios de transportes remonta à domesticação de determinadas espécies de animais há milhares de anos, e elas, até hoje, são utilizadas pelas populações nos seus deslocamentos diários, como é o caso dos equinos e dos bovinos. Alguns milênios depois, por volta do ano 3500 a.C., surgiu um dos mais importantes instrumentos técnicos empregados nos meios de transporte, a roda. Inicialmente essa invenção foi de grande valia para as carroças puxadas por animais, tornando-as mais práticas e eficazes.
As estradas se tornaram cada vez mais densas na medida em que os povoamentos humanos e também os territórios iam se expandindo e novas rotas comerciais terrestres se estabeleciam. Tornaram-se notórias as estradas construídas pelo Império Romano, muitas das quais estão preservadas até hoje em diversas regiões do continente europeu.
O aperfeiçoamento técnico da sociedade e o advento de um novo sistema econômico motivaram o desenvolvimento de meios de transporte capazes de percorrer grandes distâncias, como foi o caso das embarcações que marcaram o período das Grandes Navegações nos séculos XV e XVI. Com a Primeira Revolução Industrial e o surgimento da máquia a vapor, houve um novo ponto de inflexão nos meios de transporte, com as primeiras ferrovias e o transporte de pessoas e matérias-primas sendo feito por trens.
Outros veículos movidos a vapor, como ônibus, já eram uma realidade durante o século XIX, mas foi o desenvolvimento dos motores à combustão, no contexto da Segunda Revolução Industrial, que transformou os meios de transporte e proporcionou o surgimento dos automóveis particulares, os carros, e mais tarde de caminhões e tratores. Atualmente já existem diversos projetos de veículos movidos a eletricidade e até mesmo à água, adaptando-se a um modelo de desenvolvimento mais sustentável.
Meios de transporte no Brasil
Os transportes mecanizados existem no Brasil desde, pelo menos, a segunda metade do século XIX, quando as primeiras estradas de ferro foram construídas na região Sudeste do país. Por muito tempo, o modal ferroviário foi predominante no território nacional, sendo fundamental para a interligação das regiões produtoras de café com os portos exportadores.
A partir da década de 1920, entretanto, esse cenário começou a sofrer alterações na medida em que houve um adensamento da rede de estradas concomitante à instalação das primeiras montadoras de automóveis no Brasil, o que substituiria o processo de importação desses bens. Destaca-se que nesse mesmo período tiveram início os voos com passageiros, e nos anos 1930 o primeiro aeroporto civil foi inaugurado.
O modal rodoviário se tornou o principal sistema de transportes do país 30 anos mais tarde, com a construção de um maior número de rodovias no interior do Brasil e a consolidação da presença de importantes montadoras, além do desenvolvimento de uma indústria automobilística nacional. Com isso, caíram consideravelmente os investimentos nas ferrovias. Com exceção de algumas linhas, as ferrovias atendem hoje ao escoamento de matérias-primas em algumas áreas do Brasil.
Apesar da presença de extensos rios no Brasil, as hidrovias são pouco utilizadas se comparadas às demais redes de transporte. Boa parte delas realiza o transporte de cargas, notadamente commodities, como é o caso das hidrovias Tietê–Paraná, que abrange as regiões Centro-Oeste e Sudeste, e Solimões–Amazonas, no Norte do país. Em algumas áreas isoladas, em que é difícil o acesso por estradas, elas são fundamentais para o deslocamento de pessoas.
Confira no nosso podcast: Desafios da mobilidade urbana no Brasil
Problemas que atingem os sistemas de transporte
Os problemas que atingem os sistemas de transporte são chamados de gargalos, uma vez que reduzem a fluidez do território, tornando-o menos dinâmico. Esses problemas apresentam origens diversas, envolvendo desde a negligência das autoridades ou entidades responsáveis pelas normas e pela infraestrutura física até o mau uso. Muitas vezes, os empecilhos ou no setor têm origem em áreas que afetam diretamente os transportes, como no setor de combustíveis com a flutuação de preços, apenas para citarmos um exemplo.
Dentre os problemas que podem atingir as redes de transporte, podemos citar:
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falta de investimentos;
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falta de fiscalização;
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precariedade das vias;
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ausência de manutenção ou manutenção realizada de forma inadequada;
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utilização de materiais inadequados na construção ou de baixa qualidade;
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alta no preço dos combustíveis, encarecendo o transporte;
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valores de frete elevados;
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utilização de modais inadequados;
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frotas de veículos muito antigas aliado à falta de manutenção.
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia