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Poluição é uma palavra originada do latim, que significa manchar, poluir. São poluentes como substâncias, resíduos ou sons que estão em excesso no ambiente, causando desconforto, doenças, estresse, diminuição da qualidade de vida, do ar, das águas, ou seja, do ambiente em geral, além de provocar sérias ameaças de extinção para os seres vivos.
O crescimento da população e, consequentemente, das indústrias, das cidades e do consumo, os avanços científicos e tecnológicos, geram poluição. Poluição de rios, lagos, mares, poluição do ar, afetando o clima e aumentando o índice de doenças respiratórias, a poluição visual, com banners, faixas, outdoors, fotos e mensagens espalhadas em ônibus, nas ruas, sejam fixos ou ambulantes, estão nos principais pontos das cidades.
Os ouvidos, por serem também receptores das comunicações, são alvo de muita propaganda, além dos barulhos de carros, motos e ônibus, as conversas simultâneas, o telefone fixo e o celular. E, como os ouvidos são utilizados também para o lazer, como ouvir as músicas prediletas, as pessoas tentam fugir dos incômodos barulhos das cidades por meio de um ipod, celular ou aparelhos MP3, mas, na maioria das vezes, no maior volume possível, prejudicando muito a audição.
A poluição sonora vem aumentando a cada propaganda exagerada vista nas ruas, aquele comerciante, o ambulante, o feirante, na intenção de chamar a atenção para seus produtos, grita, fala alto, adquire objetos que provocam sons diferentes para atrair a curiosidade, principalmente das crianças. Os alto-falantes instalados em praças e comércios, sons automotivos, sons presentes em motos ou bicicletas, tudo isso afeta o meio ambiente, causando a poluição sonora. Acrescido a estes sons, dentro de casa, a televisão, o forno micro-ondas, a geladeira, o liquidificador, a batedeira são exemplos de eletrodomésticos que causam excesso de sons.
Esses barulhos são inconvenientes para a saúde e, dependendo do volume e da frequência com que são utilizados, podem causar danos irreversíveis aos nossos sentidos. A soma destes sons é que prejudicam ainda mais os organismos. Por isso, existem leis e normas para evitar altos níveis de ruídos em diferentes ambientes da cidade e também nas áreas de proteção ambiental (APA) a fim de minimizar o estresse causado nos animais por alguma visitação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o ouvido humano tem limite de 65 decibéis (dB) e após este valor o organismo sofre estresse. Ruídos acima de 85 dB aumentam o risco de comprometimento auditivo. É interessante saber que sons acima de 130 dB chegam a provocar dor. E para se ter um parâmetro, um secador de cabelo atinge 85 a 90 dB, enquanto a turbina de um avião é de aproximadamente 130 dB. Por isso, quem trabalha em aeroportos e também em locais com nível de ruído acima do permitido devem usar proteção auricular.
Os efeitos da poluição sonora no organismo são muitos e dependem do tempo de exposição, da intensidade sonora e da suscetibilidade de cada indivíduo. Pode ocorrer perda auditiva temporária ou permanente, zumbido, intolerância a sons, estresse, ansiedade, dores de cabeça, problemas circulatórios, tonturas, taquicardia, alterações do sono e apetite, liberação de hormônios, insônia. Por isso, é bom evitar ouvir sons muito altos, pois nossos ouvidos necessitam de repouso e descanso. É muito importante utilizar as tecnologias de controle de ruídos existentes, principalmente nas indústrias, utilizados para verificação, identificação, análise e controle dos ruídos. Evitar fazer barulhos desnecessários também é uma medida profilática.
Por Giorgia Lay-Ang
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola