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Rosa dos ventos

A rosa dos ventos é um instrumento de navegação e orientação. Seu uso nos permite identificar a posição de um referencial e nos guiarmos com maior facilidade.

Representação da rosa dos ventos com indicação dos pontos cardeais e colaterais.
Representação da rosa dos ventos com indicação dos pontos cardeais e colaterais.
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A rosa dos ventos é uma figura que representa graficamente os principais pontos de orientação na superfície terrestre, trazendo a indicação dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Ela foi incorporada aos mapas e também à bússola, tornando-se assim um importante instrumento para a navegação, para indicar a posição de um objeto ou pessoa em relação a outro e também para nos deslocarmos no espaço.

Leia também: Mapa-múndi — a representação do globo terrestre em um plano

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a rosa dos ventos

  • A rosa dos ventos é a representação gráfica dos pontos de orientação na superfície terrestre.

  • Foi incorporada à bússola e é utilizada como um instrumento de navegação e localização.

  • Aparece também nos mapas como um de seus elementos.

  • É composta por quatro pontos cardeais (N, S, L, O), quatro pontos colaterais (NE, SE, NO, SO) e oito pontos subcolaterais (NNE, ENE, ESE, SSE, SSO, OSO, ONO, NNO).

O que é a rosa dos ventos?

A rosa dos ventos é a representação gráfica dos pontos de referência que são utilizados para a localização e orientação na superfície terrestre. Esses pontos de referência são chamados de pontos cardeais e eles aparecem representados em todas as figuras de rosas dos ventos. Em alguns casos, elas trazem também os pontos colaterais e subcolaterais, posições intermediárias que oferecem maior acurácia no momento de encontrarmos direções.

Chamada também de rosa náutica por ser até hoje amplamente utilizada em objetos destinados à navegação, acredita-se que a origem da rosa dos ventos esteja associada à Grécia Antiga, pois era justamente empregada com o objetivo de determinar a direção dos ventos.

Sua incorporação a cartas portulanas e mapas ocorreu na Idade Média, a partir do século XIV. À época já se identificavam 32 pontos de referência, os quais foram estabelecidos a partir da direção de diferentes ventos. Há relatos também de que a incorporação da rosa dos ventos às bússolas se deu nesse mesmo período, se tornando um objeto indispensável no período das Grandes Navegações do século XVI.

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Pontos cardeais

Os pontos cardeais são os principais pontos de referência representados nas rosas dos ventos. Eles são quatro:

  • Norte, representado pela letra N, que sempre aponta para cima. Chamado também de setentrional ou boreal.

  • Sul, representado pela letra S e a 180° do norte. É chamado também de meridional ou austral.

  • Leste, representado pela letra L ou E, do inglês east. Fica em uma posição intermediária entre norte e sul, posicionado à direita. Refere-se ao oriente.

  • Oeste, representado pela letra O ou W, do inglês west. Fica também em uma posição intermediária entre norte e sul mas a 180° de leste, portanto situado à esquerda na rosa dos ventos. Refere-se ao ocidente.

Pontos colaterais

Os pontos colaterais são pontos intermediários aos cardeais. Totalizam quatro pontos de referência, sendo eles:

  • Nordeste, representado pela sigla NE e situado entre o norte e o leste;

  • Sudeste, representado pela sigla SE (ou ES, em inglês) e situado entre o leste e o sul;

  • Noroeste, representado pela sigla NO (ou NW, em inglês) e situado entre o norte e o oeste;

  • Sudoeste, representado pela sigla SO (ou SW, em inglês) e situado entre o sul e o oeste.

Pontos subcolaterais

Os pontos subcolaterais são os pontos de referência localizados entre um ponto cardeal e um ponto colateral. Ao todo, há oito pontos subcolaterais, que estão listados mais abaixo.

Assim como os pontos colaterais, eles não aparecem representados em todas as rosas dos ventos, mas saber a sua posição é importante para a localização de pontos em um mapa ou mesmo para nos guiarmos com maior precisão na superfície terrestre.

  • Norte-nordeste (NNE), situado entre o norte e o nordeste;

  • Lés-nordeste (ENE), situado entre o nordeste e o leste;

  • Lés-sudeste (ESE), situado entre o leste e o sudeste;

  • Sul-sudeste (SSE), situado entre o sudeste e o sul;

  • Sul-sudoeste (SSO), situado entre o sul e o sudoeste;

  • Oés-sudoeste (OSO), situado entre o sudoeste e o oeste;

  • Oés-noroeste (ONO), situado entre o oeste e o noroeste;

  • Nor-noroeste (NNO), situado entre o noroeste e o norte.

Veja também: O que são coordenadas geográficas?

Rosa dos ventos e o Brasil

O estudo da rosa dos ventos e o conhecimento dos pontos de referência que ela representa, além de ser importante para nos guiarmos, permite-nos compreender melhor a sua correlação com a atual divisão regional do Brasil e o porquê de cada uma das regiões receber a denominação que possui.

A atual divisão regional do Brasil foi estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1970. Embora a sua delimitação tenha sido realizada com base em critérios sociais, econômicos, naturais e culturais, todas as regiões receberam nomes de acordo com a sua posição no ordenamento espacial brasileiro, fazendo referência a alguns dos pontos cardeais, como as regiões Norte e Sul, e colaterais, no caso das regiões Nordeste e Sudeste.

As unidades da federação do Centro-Oeste estão compreendidas em parte do centro e da região oeste do território. Além disso, o Distrito Federal abriga, em Planaltina, o ponto central do Brasil.

Orientação com a rosa dos ventos e a bússola

Rosa dos ventos dentro de bússola sobre mapa-múndi
A figura da rosa dos ventos foi incorporada às bússolas, facilitando assim a navegação e a orientação no espaço.

A bússola é um instrumento de navegação guiada pela agulha magnética, que aponta sempre para o norte. A introdução desse elemento e, portanto, a invenção da bússola como hoje a conhecemos foi realizada pelos chineses no século I da era atual. No entanto, a incorporação da rosa dos ventos na base desse instrumento é atribuída ao italiano Flávio Gioia no ano de 1302. Gioia colocou um cartão com o desenho da rosa dos ventos sob a agulha magnética, o que facilitou as navegações.

Todas as bússolas que conhecemos hoje possuem uma representação da rosa dos ventos, tornando-a um instrumento de grande importância para a leitura de mapas e identificação da posição referencial de objetos e pessoas na superfície, além de auxiliar nos deslocamentos. Apesar de a modernização tecnológica ter culminado no surgimento de métodos mais modernos de posicionamento, como os satélites e o GPS, a bússola permanece como um instrumento prático e de fácil acesso para nos guiarmos pela superfície do planeta.

Exercícios resolvido sobre rosa dos ventos

Questão 1

(PUC-Rio) Em uma situação aleatória, uma pessoa que viaja, de automóvel, de São Paulo para Brasília, de Brasília para Manaus, de Manaus para Belém do Pará e de Belém do Pará para Salvador, vai percorrer o trajeto, respectivamente, nas seguintes direções (com base nos pontos cardeais e colaterais, a seguir):

Rosa dos ventos com pontos colaterais
Disponível em: . Acesso em 30 jul. 2012.

a) norte; noroeste; sudeste; nordeste.

b) norte; noroeste; nordeste; sudeste.

c) noroeste; norte; sudeste; nordeste.

d) norte; sudeste; nordeste; sudoeste.

e) noroeste; sudeste; nordeste; sudeste.

Resolução:

Letra B

Brasília fica ao norte de São Paulo, portanto podemos descartar as opções C e E como resposta. De Brasília para Manaus, o condutor seguirá rumo a noroeste, o que nos deixa entre A e B. A cidade de Belém do Pará fica no litoral paraense, a nordeste de Manaus. Para seguir em direção a Salvador, o motorista descerá na direção sudeste de Belém até a capital baiana. A resposta é, portanto, a letra B. Ter ao lado um mapa do Brasil e a rosa dos ventos auxilia na resolução dessa questão.

Questão 2

No passado, a rosa dos ventos era utilizada para a identificação da direção em que os ventos sopravam e por isso ela recebeu esse nome. Hoje é um importante auxiliar nos deslocamentos pela superfície terrestre e na determinação das posições absolutas e relativas de um referencial, seja uma pessoa, um edifício, uma cidade ou até mesmo um país. A respeito dos aspectos e utilização dessa figura, indique a afirmação correta:

a) É composta pelos seguintes pontos subcolaterais: nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste.

b) Tornou-se obsoleta com o advento de novas tecnologias como o GPS.

c) Foi incorporada à bússola para facilitar as navegações e hoje faz parte desse instrumento.

d) Indica somente quatro direções: norte, sul, leste e oeste.

Resolução:

Letra C

No século XIV, a rosa dos ventos passou a integrar a estrutura das bússolas, o que ajudou na orientação durante as viagens de longa distância do período. Desde então, ela se tornou um dos elementos das bússolas, posicionada em sua base.

Fontes

MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Ática, 2004, 47ª edição, 3ª reimpressão.

MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. Ensino médio. São Paulo: Scipione, 2016, 3ª edição. 364p.

THOEN, Bill. Origins of the Compass Rose. GISNet, 2001. Disponível em: http://www.gisnet.com/notebook/comprose.php.

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Rosa dos ventos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/rosa-dos-ventos.htm. Acesso em 24 de abril de 2024.

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