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Pitaia ou pitaya, também conhecida como “fruta-do-dragão” ou “dragon fruit”, é uma fruta que vem ganhando espaço cada vez maior no mercado brasileiro. A palavra pitaia é originária do idioma taíno e significa fruta escamosa. O nome pitaia é dado a diferentes espécies, as quais se diferenciam, principalmente, pela cor da casca e polpa do fruto.
Os frutos apresentam sabor adocicado e propriedades benéficas à saúde humana. A aparência exótica do fruto, bem como seu sabor suave e características nutricionais são alguns dos fatores que fizeram o consumo do fruto aumentar nos últimos anos, apesar de ainda ser um crescimento considerado tímido.
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Caracterização botânica da pitaia
A pitaia é uma planta pertencente à família Cactacea. As espécies pertencentes a essa família originaram-se, possivelmente, na América do Norte, Central e do Sul. Várias espécies recebem a denominação popular de pitaia, as quais se diferenciam, por exemplo, pela coloração da casca e da polpa do seu fruto. Algumas das espécies mais cultivadas de pitaia são: Selenicereus undatus, Selenicereus costaricensis, Selenicereus setaceus e Selenicereus megalanthus.
A espécie Selenicereus undatus destaca-se por apresentar a casca vermelha e ter a polpa branca. A Selenicereus costaricensis, por sua vez, apresenta tanto a casca do fruto quanto a polpa na coloração vermelha. Já a espécie Selenicereus setaceus apresenta frutos com a casca vermelha e espinhos, e a polpa é branca. Por fim, a espécie Selenicereus megalanthus possui a casca amarela com espinhos e polpa branca. Dentre as espécies citadas, destaca-se a Selenicereus undatus, que é a mais cultivada no Brasil e em todo o mundo.
As pitaias podem ser descritas como plantas perenes e que apresentam hábito de liana (trepadeira). Podem crescer em copas de árvores, muros e até mesmo pedras. O caule é classificado morfologicamente como cladódio. As flores são grandes, brancas e aromáticas. Os frutos são globosos a subglobosos e, como visto anteriormente, podem apresentar diferentes colorações, sendo observados frutos amarelos ou vermelhos, os quais podem ser recobertos por brácteas ou espinhos. O fruto, que é do tipo baga, apresenta sabor adocicado e uma série de compostos benéficos à saúde.
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Utilização da pitaia
Os frutos da pitaia são a parte mais consumida da planta, apesar de outras partes também serem apreciadas, como cladódios e flores. Os frutos podem ser consumidos in natura ou serem utilizados na fabricação de outros produtos, como sorvetes, geleias, bebidas e doces.
Devido ao alto teor de pigmentos, os frutos de pitaia podem ser considerados uma alternativa ao uso de corantes artificiais. Além disso, ela também pode ser usada na alimentação animal, como forragem.
Não podemos nos esquecer também de citar que a pitaia apresenta grande importância como planta ornamental, devido, entre outros fatores, à beleza de suas flores. Por apresentar espinhos, é usada também como cerca viva. Devido à presença de compostos importantes, a pitaia também tem gerado interesse na indústria farmacêutica e de cosméticos.
Benefícios do consumo da pitaia
A ingestão de frutos de pitaia é benéfica à nossa saúde, uma vez que eles possuem uma série de compostos importantes. Estudos já relacionaram o consumo da fruta com a prevenção de vários problemas de saúde, como alguns tipos de câncer, diabetes, problemas estomacais, complicações cardiovasculares e problemas respiratórios. Essas propriedades estão relacionadas, principalmente, à presença de substâncias antioxidantes.
Além disso, a pitaia é rica em fósforo, cálcio e fibras. O consumo adequado de fibras reduz o risco de desenvolver hipertensão arterial, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, desordens gastrointestinais etc. Vale destacar também que as sementes de pitaia apresentam um óleo que funciona como laxante e que está relacionado com a diminuição dos níveis de colesterol total e LDL.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia